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Inflação de janeiro a outubro é a maior desde 1996, diz IBGE

Em outubro, os brasileiros tiveram de gastar ainda mais para morar, comer e se locomover. O aumento desses custos acabou impactando a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou de 0,54% em setembro para 0,82% no mês seguinte, atingindo a maior alta para o período desde 2002.

Os recordes negativos também são vistos em outras bases de comparação. No ano, o IPCA acumula alta de 8,52%, a maior para o período de janeiro a outubro desde 1996, quando ficou em 8,70%. Em 12 meses, o indicador foi para 9,93% e é o mais elevado, considerando o período, desde 2003, quando chegou a 11,02%.

De setembro para outubro, o que mais influenciou a alta de preços no país foram os combustíveis. O aumento foi de 6,09% e representou quase 40% na composição do IPCA. resultado do índice.

No caso da gasolina, que teve seu reajuste de preços autorizado pela Petrobras no final de setembro, ficou, em média, 5,05% mais cara, puxada por São Paulo, onde os postos aplicaram um aumento acima de 6%. Quem costuma abastecer o carro com o etanol teve de desembolsar mais ainda. O preço do combustível subiu 12,29%. Apesar do avanço ter sido maior que o da gasolina, o etanol tem peso menor no cálculo da inflação.

“Com o aumento da gasolina, as pessoas tendem a procurar mais o etanol, então, tem uma pressão de demanda sobre o etanol. Além disso, há notícias de que a exportação do etanol tem aumentado, então tem uma demanda externa também sobre o combustível”, analisou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE.

Com o aumento dos preços dos combustíveis, o grupo de gastos com transporte, um dos pesquisados pelo IBGE, registrou a maior variação, de 1,72% em outubro, contra 0,71% em setembro. Ficaram mais caros ainda passagem aérea (4,01%), pneu (0,94%), ônibus intermunicipal (0,84%), conserto de automóvel (0,69%) e acessórios e peças (0,46%).

Fonte: G1