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Governo está ‘chocado’ e vai apurar erros do IBGE, afirma ministra

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou nesta sexta-feira (19) que o governo ficou “chocado” com os erros admitidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) e informou que serão criadas duas comissões – uma para avaliar a consistência da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (Pnad) e outra para encontrar as razões da falha e identifcar os eventuais responsáveis.

O IBGE anunciou na quinta (18) que a desigualdade de renda proveniente do trabalho aumentou, mas nesta sexta informou que diminuiu. O índice de desigualdade anunciado para 2013 era 0,498 – o número correto, segundo o instituto, é 0,495. O equívoco afetou diversos índices divulgados, como analfabetismo e o índice de Gini, que calcula o nível de desigualdade no país. O valor desse índice varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).

“O governo está chocado com esse erro cometido pelo IBGE. Como disse a presidente do IBGE, é um erro gravíssimo e em razão disso o governo decidiu constituir uma comissão de especialistas independentes para avaliar a consistência da Pnad e constituir uma comissão de sindicância para encontrar as razões do erro e, eventualmente, as responsabilidades funcionais do porquê isso aconteceu”, disse a ministra no início da noite em Brasília.

A ministra informou que não há prazo para a conclusão dos trabalhos e que as comissões serão compostas por representantes de quatro ministérios (Planejamento, Justiça, Casa Civil e Controladoria-Geral da União).

Questionada sobre como ficará a reputação do IBGE após a divulgação dos erros, Miriam Belchior afirmou que o governo tenta entender o que aconteceu e disse que não é possível antecipar juízo de valor sobre as responsabilidades.

“Eu lamento que isso tenha acontecido. Eu acho que houve uma falta de cuidado em um procedimento básico para quem faz estatística em qualquer lugar. Eu lamento muito que tenha acontecido porque isso prejudica uma pesquisa considerada muito importante para o desenvolvimento de políticas públicas e para avaliar os avanços que o Brasil tem vivido nos últimos anos”, afirmou.

Fonte: G1