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Ex-diretor da Petrobras rebate declaração de Graça Foster

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, disse hoje (16), que a compra da refinaria de Pasadena (EUA) “estava perfeitamente enquadrada dentro do planejamento estratégico da estatal e na agregação de valor ao nosso petróleo”. Segundo ele, a expansão do refino para o exterior está previsto no plano da empresa que, na época, não tinha como expandir refinarias no país mas registrava crescimento da produção, em função, principalmente, dos resultados da Bacia de Campos – que era de petróleo pesado e de menor preço de comercialização.

Ao explicar o negócio fechado em 2006 para deputados, em audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle, Desenvolvimento Econômico e Relações Exteriores, Cerveró lembrou ainda que a escolha pelo território norte-americano também foi analisada pela empresa. “O mercado americano é consumidor voraz energético. Dos 80 bilhões de barris [de petróleo] consumidos no mundo [diariamente], 25% são consumidos pelos Estados Unidos”, disse.

“A partir de 2001 as margens de refino dos EUA explodiram, caracterizando os anos dourados de refino americano”, completou Cerveró, que foi convidado para explicar o relatório que elaborou sobre a compra da refinaria de Pasadena, quando comandava a área internacional da empresa.

O ex-diretor da estatal foi apontado pela presidenta Dilma Rousseff, como o responsável pelo erro que a levou a aprovar o negócio com o grupo belga Astra Oil. Uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que a compra da refinaria teve o aval da presidenta, que na época era ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

No documento, Cerveró teria omitido qualquer referência a duas cláusulas importantes que integravam o contrato: a Cláusula Marlim e a Cláusula de Put Option. A Put Option obriga uma das partes da sociedade a comprar a outra, em caso de desacordo entre os sócios. Após desentendimentos sobre investimentos com a belga Astra Oil, sócia no negócio, a estatal brasileira teve que ficar com toda a refinaria. Já a Cláusula Marlim prevê a garantia à sócia da Petrobras de um lucro de 6,9% ao ano, mesmo que as condições de mercado sejam adversas.

De acordo com o governo, o Conselho de Administração da estatal só tomou conhecimento da existência das cláusulas em março de 2008, quando foi consultado sobre a compra da outra metade das ações da refinaria. O negócio está sendo investigado pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público.

Ontem (15), no Senado, a presidenta da Petrobras, Graça Foster, lembrou que a falha no relatório de Cerveró, foi apresentada em 2006 e o diretor foi então remanejado para o Conselho de Administração da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que atua no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis. Ele ocupou o cargo até o mês passado, quando foi afastado da estatal.

Durante a audiência, deputados voltaram a reivindicar a vinda de Graça Foster e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para que também respondam questões sobre os negócios da estatal. Os dois foram convidados a comparecer à Câmara na próxima quarta-feira (23) mas, segundo parlamentares de oposição, ainda não confirmaram presença.

Fonte: Agência Brasil

2 comentários sobre “Ex-diretor da Petrobras rebate declaração de Graça Foster

  1. Machado Freire

    Não vou ficar lamentando -tardiamente e de forma lenta e gradual, porque nunca e jamais votei e/ou votarei em Dilma.

    Modéstia à parte, a minha visão política não permite jamais que eu contribua para a formação de oligarquias, em qualquer nivel, seja no plano municipal, estadual ou federal.

    Muitos dos que tentam criticar Dilma votaram nela e podem até ter tirado proveito do governo dela, o que não ocorre comigo.

    O meu voto – não interessa o resultado do pleito, foi dado a Marina Silva, da mesma forma que votei em Alvinho Patriota para prefeito de Salgueiro.

    Não costumo fazer jogo duplo nem esconder o jogo em política.

    Aliás, não devo favor a nenhum político. Tenho meu relacionamento pessoal e até como amigo , com muito políticos, principalmente com os da minha geração e aqueles que estiveram comigo combatendo a ditadura.

    Esse pessoal que hoje é metido a socialista não comunga do meu palanque e pode pegar o beco. Nunca irão receber meu apoio. São oportunistas e muito sabidos em defesa do seu quinhão: são eles por eles, sempre sugando o povo, aqueles que dependem de uma coisa qualquer para sobreviver.

    Estes são até humilhados e tratados como “qualquer um”.

    Tem muitos comedores de hóstias que guardam ódio e rancor no coração.
    São muito bonzinhos da boca pra fora, e só enxergam os seus grupelhos.

    Se tirarem o poder dessa gente….

    Eles vêm do tempo do Felipe Coelho, que distribuia emprego como água em carro pipa no tempo da seca.Era o bau do voto comprado.

    Os votos dos lascados eram trocados por empregos para os mais próximos.

    Eles fizeram história e hoje bajulam os que estão no topo do poder – seja Lula, Eduardo ou Dilma, para continuarem mamando.

    O caráter dessa gente é abstrato, embora queira se passar por decentes e ainda exigem respeito. Respeitar o que ? Qual é a moral ? Se compra na feira ou no mercado que tem azulejos pintados ?

    Aliás, temos que considerar que o tempo dessa gente já passou.

    E vai passar muito mais.

    Continuem votando em Dilma, ela é boazinha. Distribui até a Bolsa Família (miserável), que rende voto.

  2. Emanuel

    Apesar de tanta desinformação desencontrada, dá para para termos mais certeza que os aloprados estão afundando o maior patrimônio dos brasileiros.

    Tentam tirar a responsabilidade da incauta presidAnta mas a cada dia que passa a situação dela só se complica. Graça Foster só confirmou que a amiga Dirma foi responsável por mau negócio da refinaria Pasadena. Aliás, tomar decisão com base em resuminho executivo incompleto (como aquele escrito por Cerveró, que não advertia sobre perigosas cláusulas) é coisa de amador ou de preguiçoso – que só atua nos Conselhos de Administração de estatais para embolsar o polpudo “jeton”.

    Graça expôs ainda mais Dilma e ferrou completamente com o ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, afilhado de Lula. A guerra interna entre os grupos de Dilma e Lula vai se acirrar.

    Está aí o resultado de colocar numa presidência alguém que conseguiu levar a falência uma loja de R$1,99.

    Pra finalizar:
    https://www.youtube.com/watch?v=4OEsBSQbL68