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Estado Islâmico diz que ataques em Paris foram os primeiros de uma série

A polícia francesa encontrou o passaporte de um refugiado sírio ao lado do corpo de um dos terroristas. O grupo Estado Islâmico afirmou que os ataques desta sexta-feira (13) foram os primeiros de uma tempestade que está só começando.

“Um ataque à capital da prostituição e do vício”. Foi assim que o Estado Islâmico explicou a escolha minuciosa dos alvos em Paris. Em um comunicado divulgado na manhã deste sábado (14), o grupo terrorista ameaçou todos os países que seguirem o caminho da França.

“O cheiro de morte vai permanecer enquanto continuarem os bombardeios contra muçulmanos no califado”, disse o texto. 

Há dois meses, a França se uniu aos Estados Unidos nos bombardeios contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Na sexta-feira (13), logo depois dos atentados, o presidente francês François Hollande anunciou o estado de emergência e o fechamento das fronteiras.

Neste sábado (14), Hollande prometeu ser implacável na luta contra os terroristas. “Foi um ato de guerra. Preparado no exterior, mas com suporte dentro da própria França”, disse Hollande.

A França é um dos países europeus que mais têm jovens atraídos pelos jidahistas. Mais de 1,5 mil franceses teriam relação com grupos radicais, especialmente com o Estado Islâmico.

Autoridades já sabem que um dos terroristas do Bataclan era um francês, conhecido pela polícia por ter laços com extremistas islâmicos. Ele foi reconhecido pelas impressões digitais.

Um passaporte egípcio e outro sírio foram encontrados perto dos corpos dos homens-bomba que estavam do lado de fora do estádio.

As autoridades gregas explicaram, no fim do dia, que o homem com o passaporte sírio foi registrado na Ilha de Leros, em outubro, como refugiado.

O serviço de inteligência francês esperava um ataque terrorista para breve. Em pelo menos cinco investigações este ano, as pessoas interrogadas teriam falado sobre um plano de ataque em salas de espetáculo.

Os atentados de sexta-feira (13) foram realizados um mês depois da entrada em vigor da chamada Lei de Informação, que deu mais recursos para a polícia interrogar pessoas ligadas a grupos terroristas.

As investigações agora buscam conexões em países vizinhos. Um homem preso na semana passada na Alemanha com explosivos e armamentos pesados pode ser uma peça-chave. O ministro do Interior disse que o GPS do carro dele tinha como destino um endereço em Paris.

Fonte: Jornal Nacional