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Dilma diz que ajuste é passageiro, mas reconhece que momento ‘é tenso’

A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta sexta-feira, 20, que o ajuste fiscal do governo é “passageiro”, mas reconheceu que o momento atual é tenso. “Nós temos vividos nos últimos dias e no último mês um momento bastante tenso no Brasil”, afirmou, em discurso na 12ª Abertura da Colheita do Arroz Ecológico, em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre (RS). A presidente disse com “a mais absoluta sinceridade” que o governo nos últimos 6 anos tomou todas medidas para que crise não atingisse população.

Dilma afirmou que neste período o governo aumentou os subsídios, reduziu os juros e diminuiu o custo da energia no Brasil, mas que como “qualquer família” quando se passa por uma crise é preciso ajustar. “Não estamos pedindo para ninguém assumir toda a responsabilidade. Não temos como continuar absorvendo tudo, mas algumas coisas nós continuamos assumindo”, afirmou, ressaltando que o governo manterá a desoneração da cesta básica.

Repetindo que o momento de dificuldade “é passageiro e conjuntural”, a presidente afirmou que o Brasil é um país complexo e que as dificuldades só poderão ser superadas “se estivermos juntos”. “Tem gente que aposta no quanto pior melhor. E não dá para apostar contra o País”, afirmou.

Citando as reservas brasileiras de US$ 370 bilhões, Dilma afirmou que esse colchão de recursos reduz os impactos negativos dos movimentos do mercado internacional. “Por isso que eu falo: somos um país equilibrado no fundamental, na base, no cerne, no coração”, disse. “O desequilíbrio é momentâneo.”

Dilma disse que o governo não está fazendo ajuste por gostar de ajustar, mais porque o Brasil precisa continuar crescendo, que ajustar “é dar vida” e que o mais forte no convencimento das pessoas “é a realidade”. “É importante aprovar ajustes. Aprovando ajuste saímos disso no curto prazo”, disse.

Fonte: Estadão Conteúdo