Em depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Armas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (4), o delegado Cláudio Vieira, titular da Dfae (Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos da Polícia Civil), admitiu o desvio de armas que estavam acauteladas no setor.
Segundo ele, armas que estavam guardadas no depósito da Dfae foram apreendidas nas ruas e retornaram para o depósito sem que fosse descoberto como saíram. Para o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (PSOL), isso é um indício de que há corrupção.
“É a prova cabal de que nós temos problemas internos. Há um processo claro de corrupção interna”, frisou Freixo
Vieira afirmou que, atualmente, há 150 mil armas acauteladas pela Dfae e cerca de 4 mil toneladas de munições. Para ele, é possível ocorrer uma redução drástica deste arsenal se as armas não associadas a casos de homicídios ou sem dono sejam destruídas em um prazo de cinco anos.
“Temos 150 mil armas dentro da Dfae num lugar absurdo, inadequado, sem a vigilância necessária, já tivemos casos de desvio. Algo precisa ser feito. Imagina se 70% dessas 150 mil armas pudessem ser destruídas? Isso facilitaria o controle, ganharíamos todos”, disse Freixo.
Fonte: Último Segundo