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Defesas de réus ironizam Moro e dizem que juiz não é imparcial

As defesas de três réus da mesma ação que envolve Cláudia Cruz, mulher do deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Operação Lava Jato, criticaram diretamente o juiz Sergio Moro nas alegações finais no processo em que os quatro são acusados por envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras.

O comportamento da defesa dos três réus foi oposto à estratégia dos advogado de Cláudia, que preferiu fazer avaliações mais técnicas a respeito do processo. A ação está pronta para receber uma sentença por parte de Moro, mas não há uma data específica para que isso aconteça.

Junto com Cláudia, que responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, também são réus nesta ação:

  • Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da área internacional Petrobras: corrupção passiva
  • João Augusto Rezende Henriques, operador do PMDB no esquema, segundo o MPF: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
  • Idalécio Oliveira, empresário português proprietário da CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl): corrupção ativa e lavagem de dinheiro

Neste processo, a força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) na Lava Jato denunciou os quatro por ligação com a aquisição dos campos de exploração de petróleo em Benin, na África, e a lavagem de dinheiro desses ativos.

O prazo para as alegações finais havia se encerrado na última sexta-feira (12), mas a defesa de Cláudia foi a única a apresentá-las dentro do prazo. Os defensores dos outros três réus só fizeram suas últimas observações na ação na segunda-feira (15).

Fonte: UOL