Três anos depois da retirada das tropas americanas, aviões dos Estados Unidos voltaram a bombardear o Iraque. Os ataques agora são contra a Milícia Islâmica que tenta derrubar o governo iraquiano.
A operação militar americana começou nesta sexta-feira (8) com pelo menos dois ataques aéreos. Caças FA-18 e aviões não-tripulados despejaram bombas perto da cidade de Erbil, a capital da região autônoma do Curdistão, no norte do Iraque.
Segundo o Pentágono, as bombas atingiram unidades de artilharia e comboios militares do grupo extremista Estado Islâmico. Nos últimos meses, os radicais tomaram várias cidades da região habitada pelos curdos – e avançam rumo à capital do Iraque. Também controlam partes da Síria, que vive uma guerra civil há três anos.
Um dos objetivos do bombardeio é evitar o genocídio de minorias perseguidas pelos extremistas, como os yazidis. Expulsas de casa, 40 mil pessoas estão cercadas numa montanha. Nesta quinta-feira (7), elas receberam água e comida lançadas de aviões americanos.
Milhares de cristãos buscaram refúgio em igrejas e prédios abandonados. Os radicais, considerados mais perigosos do que os terroristas da Al-Qaeda, ameaçam matar quem não se converter ao islã.
O primeiro ataque aconteceu nove horas depois do pronunciamento em que o presidente Barack Obama autorizou novas intervenções no Iraque. Obama, que foi eleito com a promessa de trazer de volta para casa os militares americanos, disse que não quer uma nova guerra no Iraque.
“Não vamos enviar soldados para lutar em terra”, disse Obama.
O porta-voz da Casa Branca afirmou que o fim dos ataques vai depender da situação da segurança no Iraque.
Fonte: Jornal Nacional
