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Avião da Rússia cai no Egito e não deixa sobreviventes

Um grupo ligado aos terroristas do Estado Islâmico afirmou que derrubou o avião de uma companhia aérea russa, que caiu neste sábado (31) na Península do Sinai, no Egito. Todas as 224 pessoas a bordo morreram.

O avião caiu numa região tão remota que as primeiras imagens foram feitas por autoridades egípcias. E mostram os destroços espalhados pelo deserto.

No Aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, na Rússia, parentes receberam a notícia terrível, e choraram. O voo 9268 decolou de um paraíso.

O balneário de Sharm el-Sheik tem um dos mares mais bonitos do Oriente Médio. E mesmo com todas as tensões no Egito, mesmo com a morte de 12 turistas mexicanos no mês passado, ainda era um dos destinos mais procurados pelos turistas russos.

Na tragédia, fora os sete tripulantes, eram todos turistas. Entre eles, 17 crianças.

O avião da empresa russa Metrojet decolou às 5h58, hora local, pouco antes das 2h pelo horário de Brasília. O destino era São Petersburgo, mas 23 minutos depois, o avião sumiu do radar. As autoridades egípcias disseram que ele se dividiu em dois; que uma parte ficou em chamas e a outra bateu nas montanhas.

Segundo um site de monitoramento de voos na internet, pouco antes de desaparecer dos radares, o avião descia a uma velocidade de 30 metros por segundo.

A tragédia do Sinai se torna ainda mais dramática quando se considera a possibilidade de não ter sido um acidente. E é preciso olhar para o que está acontecendo em uma região complicada. O avião caiu numa área do Egito onde nem os militares egípcios se sentem em segurança por causa da presença fortíssima de grupos terroristas ligados ao Estado Islâmico.

O avião e todos os mortos eram da Rússia. E – completando o cenário – há um mês, a Rússia vem atacando o Estado Islâmico na Síria. A queda do avião teria sido então uma resposta dos terroristas aos ataques da Rússia?

Autoridades egípcias logo disseram que não, que o avião caiu por causa de uma falha técnica. Mas, pouco depois do acidente, os terroristas começaram a cantar vitória na internet.

A mensagem divulgada pelo Estado Islâmico diz que eles “conseguiram derrubar um avião russo sobre o Sinai”, e que “graças a Deus, todos eles morreram.”

O ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, levantou dúvidas sobre a afirmação dos terroristas. Disse que as informações não podem ser consideradas precisas.

O presidente russo Vladimir Putin não especulou: criou uma comissão pra fazer uma investigação própria sobre as causas do acidente. Recebeu permissão do Egito. E logo em seguida despachou pra lá um avião com investigadores e equipes de resgate.

A companhia aérea Metrojet afirmou que não identifica indícios de erro humano. Disse que o piloto tinha 12 mil horas de voo e que o Airbus A-321 voava há 18 anos.

As autoridades egípcias dizem que já localizaram as duas caixas pretas do avião. Entre os 120 corpos encontrados até agora – havia alguns que ainda estavam presos pelo cinto.

Fonte: Jornal Nacional