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Atirador comprou arma raspada de colega de firma por R$ 1.200, diz polícia

vendedorO segurança preso por suspeita de vender o revólver calibre 38 usado no massacre de Realengo, no último dia 7, recebeu R$ 1.200 pela arma, cerca de 60 munições e mais os carregadores usados por Wellington Menezes de Oliveira, na escola Tasso da Silveira.

Manoel de Freitas Louvise, de 57 anos, foi denunciado pelo Ministério Público por venda ilegal de arma e acessórios. A denúncia foi aceita pela Justiça e o acusado teve a prisão preventiva decretada. Ele foi preso em casa, no bairro Jardim Ulisses, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por agentes da Divisão de Homicídios, na manhã desta quinta-feira (14).

Segundo a polícia, a arma, a munição e os carregadores foram vendidos em setembro do ano passado. O segurança trabalhava na mesma empresa de Wellington e foi lá que, segundo Manoel, o atirador começou a aliciar o segurança para vender a arma.

De acordo com o Delegado Felipe Ettore, a polícia chegou até o segurança graças a um exame de metalografia, feito no ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), que verificou a numeração mesmo estando raspada.

– A arma estava registrada em nome dele. Ele não tinha porte, mas podia ter a arma em casa. Agora foi denunciado duas vezes pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo e pode pegar de quatro a oito anos de prisão.

O segurança confessou o crime. De acordo com ele, Wellington disse que precisava da arma para defesa pessoal, uma vez que iria se mudar para Sepetiba, na zona oeste, e moraria sozinho.

Como estava precisando de dinheiro para reformar um carro, Louvise aceitou fazer negócio, mas pediu que o atirador raspasse a numeração que identificava a procedência do revólver. Ele tinha a arma desde 1978.

– Eu estava precisando de dinheiro para reformar um carro, por isso vendi. Não matei ninguém. Se eu soubesse que ele iria fazer isso, eu mesmo tinha entregado ele à polícia.

Fonte: R7