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Aquecimento global movimenta empresas

globalEnquanto os políticos lutam para reduzir o risco de aquecimento global, as corporações se preparam para as mudanças no clima. Algumas companhias estão criando produtos que ajudem o mundo a se adaptar às temperaturas e aos níveis do mar mais altos, um mercado com potencial para movimentar US$ 135 bilhões por ano até 2030. Outras almejam minimizar o impacto do aquecimento global em suas operações. “As mudanças climáticas representam uma ameaça direta aos nossos negócios”, diz Jim Hanna, diretor de impacto ambiental da Starbucks. Para garantir a disponibilidade contínua dos grãos de café, sua companhia começou a recompensar agricultores que adotam medidas de prevenção à erosão do solo. “A adaptação está se tornando parte de nossa estratégia.”As companhias são motivadas em parte pelo fracasso dos esforços internacionais para a redução das emissões dos gases que criam o efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global. As discussões do ano passado em Copenhague resultaram em poucos progressos e os membros dos governos de mais de 190 países que se reuniram em Cancún, no México, este mês, também não saíram com um acordo firme para reduzir o crescimento das emissões.

“É preciso mais atenção à adaptação”, diz Andrew Steer, diretor do Banco Mundial encarregado da área relacionada às mudanças climáticas. “Não estou dizendo que a adaptação é melhor que a atenuação. Não é. Mas infelizmente é improvável que consigamos impedir um aumento das temperaturas.”

Os danos provocados por desastres relacionados ao clima estão aumentando. As perdas com tempestades e enchentes cobertas por seguros cresceram mais de cinco vezes, para US$ 27 bilhões ao ano, nas últimas quatro décadas, segundo a Swiss Re. Até 2030 o mundo poderá estar gastando US$ 135 bilhões por ano com proteção contra enchentes, prédios que podem suportar furacões e plantações resistentes à seca, acrescenta a Swiss Re, citando dados da Organização das Nações Unidas (ONU). “Cedo ou tarde, todas as empresas terão de proteger suas operações dos caprichos do clima”, disse em setembro Christiana Figueres, secretária da ONU para o clima.

A Levi Strauss, dona da marca de jeans Levi’s, diz estar preocupada com os aumentos dos preços do algodão que serão provocados pelas temperaturas mais altas e o aumento do nível do mar. A fabricante está mapeando suas operações e cadeia de fornecimento para descobrir onde a escassez de água poderá provocar danos.

A General Electric(GE) está trabalhando com o Goldman Sachsno mapeamento de riscos para os investidores relacionados à água. E também vê o banco de dados como uma ferramenta para identificar áreas onde as mudanças climáticas significam escassez de água, segundo Jeff Fulgham, diretor da GE Water. Ele acredita que a receita da GE com negócios de reciclagem de água para uso em usinas geradoras de energia, agricultura e produção industrial crescerá mais de 10% ao ano até 2016.

A Dupont acredita que a demanda por produtos agrícolas resistentes à seca vai ampliar suas operações agrícolas, com as quais obtém uma receita de US$ 8,2 bilhões. “As oportunidades surgem do uso da ciência para ajudar a melhorar a produtividade dos agricultores e eles terão que fazer isso para enfrentar as mudanças climáticas”, diz James C. Borel, vice-presidente da Dupont encarregado das operações com sementes.

Da redação do blog de Alvinho Patriota

Fonte: interjornal