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Após ser solto, Picciani pede licença não remunerada da Alerj

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), divulgou nota neste domingo para comunicar que vai tirar licença do mandato.

Picciani, o ex-presidente da Alerj Paulo Melo e o líder do governo na Casa, Edson Albertassi, ambos também do PMDB, tiveram a prisão decretada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), mas a ordem foi revogada pelos deputados estaduais na sexta-feira.

Os três deixaram a Cadeia Pública José Frederico Marques, a mesma onde está preso o ex-governador Sérgio Cabral, menos de duas horas depois da votação na Assembleia. Na prisão, o presidente da Alerj conversou com Cabral.

Por 39 votos a favor e 19 contra, o plenário da Alerj sustou a decisão do TRF-2. Picciani teve votos de PT, PSDB, PSOL e de acusado de assassinato. O placar, no entanto, foi mais apertado do que o esperado. Os três deputados deixaram o presídio em Benfica sem que tribunal tivesse sido notificado pela Alerj.

O prazo máximo para a licença contínua é de 120 dias. Na nota, Picciani afirma que vai tirar licença não remunerada a partir da próxima terça-feira e só deverá retornar à Alerj em fevereiro de 2018, após o recesso. Ele informa que a razão imediata para o pedido “é o fato de querer se dedicar à sua defesa e à do filho”.

Felipe Picciani foi preso na terça-feira durante a deflagração da Operação Cadeia Velha, que investiga o pagamento de propina de empresários de ônibus a políticos, incluindo Picciani, Paulo Melo e Albertassi. O nome de operação explica a origem do prédio da Alerj, o Palácio Tiradentes, local que abrigou criminosos, prostitutas e escravos que se rebelavam contra as leis da Coroa.

A operação foi antecipada após a polêmica da indicação de Edson Albertassi ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Após a ação, o deputado desistiu de ir para o tribunal.

Fonte: O Globo