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Apenas 11% das vagas do programa Mais Médicos foram preenchidas

Menos de duas mil vagas foram preenchidas na primeira etapa de seleção do programa Mais Médicos. Eram previstas 15 mil – e a polícia está investigando problemas na inscrição.

Os médicos brasileiros selecionados no primeiro mês de inscrição no programa vão trabalhar em regiões onde há extrema pobreza e nas periferias de grandes cidades, no atendimento básico de saúde para a população.

Já foram selecionados 1.753 profissionais para 626 municípios. Os estados que receberão mais médicos são Bahia (161), Minas Gerais (159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande do Sul (107) e Amazonas (73).

Mas esse número representa apenas 11% da demanda por médicos. Mais de 13,7 mil postos permanecem ociosos.

O número insuficiente de profissionais selecionados gerou uma troca de acusações entre oMinistério da Saúde e o Conselho Federal de Medicina, que tem feito críticas ao programa Mais Médicos.

O conselho afirma que o sistema de inscrição no programa usa uma base de dados incompatível com o cadastro do conselho. E que, por isso, muitos médicos tiveram os números de registro profissional considerados inválidos.

“Houve equívocos na formatação do formulário, de maneira a dificultar a validação dos dados fornecidos. Então, essas dificuldades técnicas, essas opções técnicas, geraram dificuldades e apresentaram um grande número de CRMs inválidos.”, apontou Carlos Vital, vice-presidente do CFM.

O Ministério da Saúde nega que haja problemas técnicos na inscrição. Afirma que usou o cadastro atualizado do conselho e suspeita de sabotagem.

“Só para vocês terem ideia, 90 % dos CRMs inválidos que foram preenchidos, o número que tava colocado como CRM iválido era zero, zero, traço, traço. Não eram, não era uma confusão de números. 90 %”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A Polícia Federal está investigando se houve fraude na inscrição do programa Mais Médicos. Haverá uma segunda etapa de inscrição a partir do dia 15 de agosto, para médicos brasileiros. As vagas que não forem preenchidas por brasileiros, serão oferecidas a profissionais estrangeiros. Todos os médicos selecionados devem começar a trabalhar em setembro.

Fonte: Jornal Nacional