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Ao justificar prisão de Pezão, Dodge diz que esquema criminoso no Rio de Janeiro ‘não cessou’

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta quinta-feira (29) que havia “infrações criminosas muito graves” ocorrendo no Rio de Janeiro ao justificar a prisão do governador do estado, Luiz Fernando Pezão (MDB). O vice-governador, Francisco Dornelles, assumirá o governo interinamente.

Pezão foi preso por volta das 6h no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do estado. Além do governador, outras oito pessoas foram presas na operação batizada de Boca de Lobo, entre elas os secretários de Obras, Iran Peixoto Júnior, e de Governo, Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, e o sobrinho do governador, Marcelo Santos Amorim.

Dodge explicou que embora as investigações sejam realizadas há algum tempo, as prisões foram necessárias porque crimes como o de organização criminosa e lavagem de dinheiro ainda estão em curso.

“Um dos crimes em curso é o de organização criminosa, continua atuando e especialmente à lavagem de dinheiro. A lavagem é o crime que se pratica após a corrupção e que consiste em ocultar onde o dinheiro está. Pelas informações, continua a ser feito”, disse a procuradora.

A procuradora-geral da República afirmou que o crime de lavagem de dinheiro é “igualmente grave” porque, “se o dinheiro desviado pela corrupção continua na posse de quem desviou, o patrimônio publico terá dificuldade em ser recomposto”.

Dodge ressaltou que “o esquema criminoso” que atua no Rio de Janeiro se instalou “em diversas unidades públicas do estado”. Ela disse ainda que “muitos já estão condenados e presos, mas percebeu-se que este esquema criminoso ainda não cessou”.

Fonte: G1