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Agenda de Temer é do PSDB, que ensaia abandonar governo para salvar imagem

O desembarque do PSDB do governo Temer, que o partido vem ensaiando durante boa parte de 2017, segundo os cálculos do tucanato, é uma tentativa de evitar a contaminação definitiva da legenda por um governo absolutamente impopular e mergulhado em denúncias de corrupção. O problema é que o PSDB já pode ter se comprometido seriamente.

Para o governo, obviamente, a saída dos tucanos, se confirmada, não é uma boa notícia, embora o Planalto venha tentando minimizar o fato. No sábado (2), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se encontrou com Temer em Limeira, interior paulista. O presidente disse que a saída dos tucanos “será uma coisa cortês e elegante, como do meu estilo e do governador”.

“Mas o governo fica mais enfraquecido. Embora o PSDB continue apoiando e fornecendo agenda, alguns de seus integrantes vão se sentir à vontade para analisar se vão ter vantagem ou desvantagem em votar com o governo. No caso da Previdência, se votar a favor, não ganha nada no mercado e se queima perante o eleitorado”, avalia o analista político Antônio Augusto Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Na opinião Cândido Grzybowski, assessor especial do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), para um grupo com ambição de poder, como o PSDB, começa a ser problemática a defesa da reforma da Previdência em véspera de eleição. “Eles apoiam o que é considerado ‘bom para o país’. Isso dá a linha do discurso que vão adotar. Só que, no caso da Previdência, vai ser difícil dizer que vai ser bom para o país.”

Fonte: Rede Brasil Atual