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A Década dos Desertos

deserto_tresFortaleza sedia, entre 16 e 20 de agosto, a Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid + 18), que reúne especialistas e gestores públicos de todo o Planeta para discutir a relação do ser humano com os recursos naturais e propor medidas para a convivência com as adversidades climáticas, que tendem a afetar ainda mais essas regiões. O “+18” refere-se à primeira conferência, também realizada na Cidade.Apesar dos cenários que vêm sendo desenhados pelos estudos divulgados pelo Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), na abertura da Segunda Conferência, o tom dos discursos é de esperança. Com os 45% de índice de desmatamento da Caatinga, principal bioma do semiárido brasileiro, as autoridades presentes à solenidade reconhecem que não adianta apenas colocar metas no papel.

Discursos à parte, o baixo nível de comprometimento dos políticos regionais é visível, já que apenas o governador anfitrião, Cid Gomes (PSB), comparece. Os ministros previstos (Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Ciência e Tecnologia) mandam seus secretários-executivos.

Rio + 20

Uma das esperanças de continuidade das discussões e da transformação destas em ações mitigadoras dos efeitos das mudanças climáticas nas regiões semiáridas é o fato de que a agenda de discussões da Icid+18 será levada à Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, a ser realizada na capital carioca, em 2012, duas décadas após a Rio 92.

“Que a agenda contemple fortemente as ações de sustentabilidade das regiões secas do Planeta e isso possa corrigir as distorções e descasos com as regiões que possuem mais pobres no País”, resume Antonio Rocha Magalhães, diretor da Icid+18.

Para Luc Gnacdja, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – que lança, na ocasião, a Década Sobre Desertos e Combate à Desertificação -, a expectativa é de que a Icid+18 mude o paradigma de como as questões referentes ao Semiárido são tratadas. “Se colocarmos cálculos e matemática em ação, a partir de hoje, haverá uma reversão (no problema da desertificação)”, afirma, ainda na abertura. 45% é o índice de desmatamento da Caatinga, principal bioma do semiárido brasileiro, o que leva as autoridades a reconhecer que não basta colocar metas no papel. A Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas reúne especialistas e gestores públicos de todo o Planeta.

O objetivo é discutir a relação do ser humano com os recursos naturais e propor medidas para a convivência com as adversidades climáticas.

Da redação do blog de Alvinho Patriota

Fonte: interjornal