Membros da REDE Sustentabilidade de Pernambuco apoiam expulsão de Lóssio da legenda

Integrantes da REDE Sustentabilidade em Pernambuco divulgaram um manifesto nessa terça-feira, 25, apoiando a decisão da Executiva Nacional do partido de expulsar dos seus quadros o ex-prefeito de Petrolina Júlio Lóssio. Durante a campanha do Governo de Pernambuco, Lóssio recebeu adesão de candidatos-militantes de Bolsonaro (PSL) e foi acusado de infidelidade partidária, já que a legenda tem Marina Silva como candidata a presidência da República.

Assinada por dirigentes, parlamentares, militantes, candidatas e candidatos da REDE, a nota trata Lóssio como ex-candidato ao Governo do Estado, acusando-o de falta de compromisso com o partido. “Ficou patente a falta de compromisso do agora ex-candidato com o nosso partido, chegando ao absurdo de fazer alianças políticas e eleitorais com candidatos de legendas com as quais a REDE não está coligada, e que, em Pernambuco, são os principais líderes do projeto político de Bolsonaro, que representa uma grave ameaça de retrocesso democrático ao nosso país”, diz a nota.

Para os signatários do texto, as atitudes de Júlio, expressadas em sucessivos atos políticos, entrevistas, postagens em redes sociais e em amplo material publicitário, além de representar uma deslealdade ao projeto político da REDE e às suas candidaturas, desrespeita a legislação eleitoral e as normas partidárias. “Essas práticas da velha política foram respondidas com firmeza pela direção da REDE e, longe de arrefecer nossos ânimos, nos impulsiona a trabalhar com mais garra e afinco para eleger Marina Silva presidente da república”, destaca o comunicado, que termina enaltecendo a figura de Marina.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Procuradoria é contra embargos de Aécio na ação de R$ 2 mi de Joesley

A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra argumentos da defesa do senador Aécio Neves (PSDB/MG) e de sua irmã, Andrea Neves, no processo que respondem no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo suposto crime de corrupção passiva.

Segundo denúncia recebida pelos ministros da Primeira Turma da Corte, em abril, Aécio e Andrea e outros dois investigados teriam solicitado e recebido R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista da JBS/J&F. No mesmo processo, o senador responde por tentativa de obstrução de Justiça. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.

No documento, o vice-procurador-geral da República, no exercício do cargo de procurador-geral, Luciano Mariz Maia, sustenta que os réus pretendem rediscutir questões já analisadas pelo Suprema Corte como a alegação de que, em relação ao crime de corrupção passiva não foi demonstrada a prática de ato de ofício inserido na esfera de atribuições de Aécio.

“Conforme expresso nos votos dos ministros, a conduta praticada por Aécio Neves demonstra que ele colocou sua função pública de senador à disposição de Joesley, o que perfaz o tipo da corrupção passiva, tal qual previsto pelo legislador brasileiro” assinala a Procuradoria.

Nas alegações, a defesa de Andrea questiona que o acórdão sobre o recebimento da denúncia não analisou a validade das informações oriundas de prévia orientação dos colaboradores por parte de Marcelo Miller, que seria procurador da República à época dos fatos.

Segundo Mariz Maia, “os ministros analisaram exaustivamente a questão e foram unânimes em concluir que o auxílio prestado por Marcelo Miller no acordo de colaboração premiada celebrado entre os executivos da empresa J&F e a PGR não possui o condão de invalidar as provas dele decorrentes”.

A Procuradoria assinala que “o parecer desconstrói o argumento de que há omissão no acórdão quanto ao pedido feito por Andrea Neves ao empresário em troca de vantagem ilícita”.

Na manifestação, o Ministério Público Federal aponta que os ministros também foram unânimes ao entender que “existem indícios suficientes de autoria e prova de materialidade de que a irmã e o senador empreenderam esforços para viabilizar o esquema”.

Fonte: Estadão

Em discurso na ONU, Temer critica unilateralismo e intolerância

Ao discursar hoje (25) na abertura da 73ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Michel Temer críticou o “isolacionismo”, a “intolerância” e o “unilateralismo”. Segundo ele, essas questões podem comprometer o “aprimoramento da ordem internacional”, que há décadas vem sendo consolidada. O debate geral deste ano tem como tema central Tornar a ONU Relevante para Todas as Pessoas: Liderança Mundial e Responsabilidades Partilhadas para Sociedades Pacíficas, Equitativas e Sustentáveis.

“Quantos oradores já não vieram a esta tribuna advogar o aprimoramento da ordem internacional que edificamos ao longo de décadas? Muitos foram esses oradores. Eu mesmo me incluo entre eles. E, creio, tínhamos razão. Ainda temos razão, e as palavras que pronunciamos continuam atuais. Mas, se queremos aprimorar nossa ordem coletiva, hoje se impõe ainda outra tarefa: a de defender a própria integridade dessa ordem. Ordem que, por imperfeita que seja, tem servido às causas maiores da humanidade”, disse o presidente no início do discurso.

Temer ainda destacou o papel do Brasil na questão migratória na América do Sul. “Estamos em meio a onda migratória de grandes proporções. Estima-se em mais de um milhão os venezuelanos que já deixaram seu país em busca de condições dignas de vida. O Brasil tem recebido todos os que chegam a nosso território. São dezenas de milhares de venezuelanos a quem procuramos dar toda a assistência. Com a colaboração do Alto Comissariado para Refugiados, construímos abrigos para ampará-los da melhor maneira.”

Nesse contexto, Temer ressaltou a capacidade brasileira de integração. “À primeira dessas tendências, o isolacionismo, o Brasil responde com mais abertura, mais integração. O Brasil sabe que nosso desenvolvimento comum depende de mais fluxos internacionais de comércio e investimentos. Depende de mais contato com novas ideias e com novas tecnologias. É na abertura ao outro, e não na introspecção e no isolamento, que construiremos uma prosperidade efetivamente compartilhada.”

O presidente lembrou que Brasil e Mercosul têm aprofundado cada vez mais seus mecanismos de integração, inclusive por meio da derrubada de barreiras comerciais. “Impulsionamos a aproximação com os países da Aliança do Pacífico, buscando uma América Latina cada vez mais unida, como, aliás, determina nossa Constituição. E revitalizamos ou iniciamos negociações comerciais com parceiros de todas as regiões: União Europeia, Associação Europeia de Livre Comércio, Canadá, Coreia do Sul, Singapura, Líbano, Marrocos, Tunísia.”

Ainda durante o discurso, Temer classificou de “produtiva” a participação brasileira em foros de cooperação. Entre eles, o G20, o Brics, e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa – espaços onde, segundo ele, têm se obtido “resultados concretos, com impacto direto para o dia a dia”.

“O isolamento pode até dar uma falsa sensação de segurança. O protecionismo pode até soar sedutor. Mas é com abertura e integração que alcançamos a concórdia, o crescimento, o progresso. Também, ao desafio da intolerância, o Brasil tem respondido de forma decidida: com diálogo e solidariedade. São o diálogo e a solidariedade que nos inspiram, a cada momento, a honrar a Declaração Universal dos Direitos Humanos”, disse o presidente ao reafirmar ser “imperativo” tornar realidade o que está previsto nesse documento.

Fonte: Agência Brasil

Administradora do grupo “Mulheres Contra Bolsonaro” é agredida no Rio

Umas das organizadoras do grupo “Mulheres Contra Bolsonaro”, Maria (sobrenome retirado por motivos de segurança), foi agredida por três homens armados em um táxi no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (24). No Rio, ela coordena a campanha do candidato a deputado estadual pelo PSOL, Sérgio Ricardo Verde, que detalhou incidente em sua página do Facebook, dizendo que, além da agressão física, os homens também levaram o celular dela.

Segundo o candidato, Maria foi atendida no Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador e, em seguida, foi levada para a 37ª Delegacia de Polícia na Estrada do Galeão, onde registrou Boletim de Ocorrência (B.O.).

O PSOL, partido do qual Maria é filiada, repudiou a agressão e disse que o incidente não irá intimidar as mulheres, que “farão do dia 29 um marco histórico contra o machismo e a intolerância”, referindo-se ao ato de protesto contra o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), marcado para sábado.

A motivação da agressão ainda está sendo investigada pela polícia.

Fonte: EXAME

Ex-mulher relatou ao Itamaraty ameaça de morte por Bolsonaro, diz jornal

Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, teria informado ao Itamaraty em 2011 que foi ameaçada de morte por Bolsonaro e por isso, em 2009, deixou o Brasil rumo à Noruega com o filho do casal, Jair Renan, então com 11 anos. A informação foi publicada nesta terça-feira 25 pelo jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso a um telegrama arquivado no órgão. À época, o casal brigava na Justiça do Rio de Janeiro pela guarda da criança.

“A senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos ‘por ter sido ameaçada de morte’ pelo pai do menor [Jair Bolsonaro]. Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país”, diz o telegrama escrito pelo então embaixador do Brasil na Noruega, Carlos Henrique Cardim, e enviado a Brasília pela Embaixada Brasileira em Oslo, capital norueguesa.

Ana Cristina Valle é candidata a deputada federal pelo Podemos no Rio de Janeiro. Ela usa o nome de Cristina Bolsonaro e apoia a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência.

O jornal diz que Cardim reconheceu o documento e afirmou que fez o relato com base em informações prestadas pelo vice-cônsul brasileiro no país europeu. A Folha publicou no final de semana que Bolsonaro acionou o Itamaraty em 2011 para que localizasse Ana Cristina após sua viagem com o menor, que não teria sido autorizada pelo deputado. A prática fugiria à norma do Itamaraty de não interferir em assuntos pessoais de brasileiros no exterior.

Carlos Cardim disse ao jornal que conversou com Jair Bolsonaro à época e, depois, ouviu o relato do vice-cônsul, que havia falado por telefone com a ex-mulher do deputado.

“Foi explicada a ela a legislação do Brasil, da Noruega. E aí ela mencionou para o vice-cônsul que estava pensando em pedir asilo. E que teria dito ao vice-cônsul que sofreu uma ameaça de morte do deputado Bolsonaro. E o vice-cônsul me transmitiu isso”, afirmou Cardim à reportagem da Folha.

Fonte: VEJA

Ciro Gomes passa mal e dá entrada no Hospital Sírio-Libanês

O candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, deu entrada na tarde desta terça-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sentir um desconforto na região da bexiga. Segundo integrantes da campanha, o candidato foi submetido a um exame de tomografia com contraste e permaneceu no hospital por mais algumas horas.

Nesta quarta-feira, o candidato do PDT deve participar do debate presidencial que será promovido pelo jornal “Folha de S.Paulo”, pelo “SBT” e pelo “UOL”. Mais cedo, depois de ver ampliada de oito para 11 pontos percentuais sua desvantagem em relação ao petista Fernando Haddad, que está em segundo lugar, na última pesquisa Ibope, o candidato disse apostar nos três debates de TV que estão marcados até o dia da votação, e no alto índice de mulheres indecisas para ir ao segundo turno da eleição.

O candidato do PDT tem tentado se apresentar como uma alternativa à polarização entre Bolsonaro e Haddad. O ato político de Ciro na Praça do Relógio, em Duque de Caxias, no entanto, foi esvaziado. Havia cerca de 20 militantes o esperando no local e a presença do candidato não atraiu um grande número de pessoas.

Fonte: O Globo