Enfermeiro alemão é suspeito de matar ao menos 90 pessoas

Alemanha – A polícia alemã estabeleceu nesta segunda-feira que o enfermeiro alemão Niels Högel pode ter matado ao menos 90 pessoas, talvez o dobro. Högel é um assassino em série e um caso “excepcional” na história contemporânea.

Depois de “134 exumações e centenas de testemunhos, podemos provar ao menos 90 assassinatos e um número próximo que não podemos provar”, declarou à imprensa o chefe da investigação, Arne Schmidt.

“Este número (de mortos) é excepcional, único, na história da República Federal da Alemanha”, acrescentou, anunciando que a comissão de investigação especial “Kardio” responsável pelo caso havia concluído seu trabalho.

“O que descobrimos é assustador. Ultrapassa tudo o que poderíamos imaginar”, insistiu o chefe da Polícia de Oldenburgo (norte), Johann Kühme.

Niels Högel teria matado a maioria dos pacientes com a administração de overdoses de medicamentos no período de recuperação. Os investigadores admitem que a lista de vítimas nunca poderá ser estabelecida com certeza.

Não tinha “preferências” de idade, ou sexo, mas “optava pelos pacientes que se encontravam em estado crítico”, indicou Schmidt.

Högel foi condenado em 26 de fevereiro de 2015 à prisão perpétua pela morte de dois pacientes e por quatro tentativas de assassinato que levaram à morte dos pacientes. Além desses seis casos, os investigadores indicaram que descobriram outros 48, elevando para 90 (contando outros determinados anteriormente) o total de mortes imputadas a Högel.

Em junho de 2016, durante um balanço anterior, os investigadores estabeleceram sua responsabilidade em 33 mortes.

A investigação foi reaberta em 2014, quando o enfermeiro confessou 50 assassinatos, em conversa com um colega de prisão, e outros 30 assassinatos e cerca de outras 60 tentativas, a um psiquiatra.

Fonte: AFP

Furação Harvey deixa 10 mortos e 30 mil desalojados no Texas

Dez pessoas morreram e 30 mil ficaram desalojadas no estado americano do Texas na passagem do furacão Harvey, no fim de semana. Houston, a quarta maior metrópole americana, está debaixo d’água.

Parece que um rio passou a cortar a cidade e os bairros passaram a ser ligados por canais; 5.500 pessoas tiveram que deixar as suas casas em uma cidade que, como tantas outras, não foi feita para tanta chuva.

O governo então pediu ajuda. Quem tivesse um barco, que partisse para o resgate. E um vaivém de todo tipo de coisa que boia passou a circular nessa “nova” Houston, enquanto os helicópteros da Guarda Costeira sobrevoavam e também tiravam gente da enchente. Muitos moradores foram levados para o centro de convenções da cidade, que virou abrigo.

Quando o furacão Harvey chegou na costa do Texas, na madrugada de sábado (26), ele era de categoria 4 em uma escala que vai até 5. Depois virou uma tempestade tropical.

Agora, os meteorologistas dizem que o centro da tempestade está sobre o Golfo do México, mas vai voltar a atingir a costa nos próximos dias, trazendo ainda mais chuva.

O prefeito de Houston alertou que dois reservatórios de água tiveram que ser abertos, o que deve agravar ainda mais a inundação.

O presidente Donald Trump deve ir para o Texas nesta terça-feira (29), mas já liberou recursos de emergência. Esse dinheiro deve ser usado para reconstruir casas e salvar pequenos negócios.

Nos últimos anos, Houston cresceu muito e o chão recebeu muito mais cimento. A água não tem para onde escoar. No processo de desenvolvimento, ninguém lembrou que ali é rota de furacão e que as chuvas vão vir, uma hora ou outra.

A impermeabilização do solo é uma consequência do crescimento sem planejamento em áreas urbanas do mundo todo. A gente vê o impacto das chuvas nas nossas grandes cidades. A resposta da natureza se traduz em cifras que, talvez assim, consigamos entender: a estimativa é que Harvey possa deixar um prejuízo de mais de US$ 20 bilhões.

Fonte: Jornal Nacional

Simulação de fortuna recuperada pela Lava-Jato chama atenção para filme no PR

Dois jovens conversam na Avenida XV de Novembro esquina com a Rua Voluntários da Pátria, em Curitiba (PR), base da Operação Lava-Jato. Os amigos se perguntam se o que está diante deles é de verdade: uma pilha de dinheiro, com mais de quatro metros de altura. Mais precisamente R$ 4 bilhões em notas de R$ 100, uma simulação da quantia resgatada pela força-tarefa durante os três últimos anos da operação.

“Bastante dinheiro recuperado”, diz um deles, o vendedor Pedro José dos Santos Neto, de 21 anos.

A pilha de dinheiro é cenográfica e foi montada no local para chamar atenção sobre o valor já recuperado pela Lava-Jato. Durante a tarde desta segunda-feira, 28, dezenas de curiosos fotografaram a “dinheirama”.

Já para o corretor Jaime Santos, de 58 anos, é a “demonstração da roubalheira”. Ele diz que acompanha a Lava-Jato “todo os dias”. “É a primeira vez que a gente vê colarinho branco sendo preso”, afirma.

O técnico em enfermagem Ueuidimar Schmidt, de 43 anos, se disse “chocado” com a quantidade de dinheiro. “Emoção muito grande de ver que (o dinheiro) foi recuperado”, afirmou. “Tomara que continuem.”

Nas telas

A pilha cenográfica faz parte das ações do filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”, que conta a história da Lava Jato desde seu início, até março de 2016, e estreia em 7 de setembro.

Rodado em parte em Curitiba, o filme fez sua primeira pré-estreia na cidade nesta segunda-feira, com presença de Antonio Calloni, Flávia Alessandra, Bruce Gomlevsky, Rainer Cadete, o diretor Marcelo Antunez e o produtor Tomislav Blazic.

Inspirado no livro homônimo de autoria de Carlos Graieb e Ana Maria Santos, o thriller monta o passo a passo da investigação e os esforços para desvendar o esquema de lavagem de dinheiro e desvios para pagamento de propina para executivos de uma estatal petróleo, empreiteiras, partidos políticos e parlamentares.

O elenco conta ainda com Marcelo Serrado, João Baldasserini, Ary Fontoura, entre outros. Com roteiro de Gustavo Lipsztein e Thomas Stavros, o longa tem distribuição da Downtown Filmes/Paris Filmes.

Fonte: Agência Estado

MPF pede suspensão dos efeitos do decreto que extingue Reserva Nacional do Cobre

O Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) ajuizou ação civil pública em que pede à Justiça Federal a concessão de tutela de urgência para suspender os efeitos do decreto presidencial que extinguiu, na última quarta-feira (23), a Reserva Nacional do Cobre e seus Associados (Renca).

Desde a publicação do decreto, a medida tem sido criticada nas redes sociais e por organizações ambientalistas, que temem que a abertura para a mineração coloque em risco as sete unidades de conservação (UCs) que existem naquele território, incluindo as terras indígenas Rio Paru D’Este e Waiãpi.

Em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira (25), o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, diferenciou a reserva mineral, que era protegida pelo decreto de 1984 que criou a Renca, das áreas protegidas que existem no território. Ele afirmou que a extinção da Renca não afeta as unidades preservadas e objetiva promover o combate atividades de minério ilegais na área.

Área de proteção ambiental qualificada

Para o MPF, apesar de a Renca ter sido instituída para proteger o patrimônio mineral, “é inconteste que também criou uma área de proteção ambiental qualificada”. Diante disso, a extinção “ameaça a diversidade biológica, o ambiente natural, a integridade das unidades de conservação federal e estadual e o modo de vida dos povos indígenas e da população tradicional daquela região, tendo em vista os grandes impactos socioambientais decorrentes das atividades minerárias”, sendo considerada um “ecocídio” (extermínio deliberado de um ecossistema regional ou comunidade), dada a escala da possível destruição do ecossistema amazônico. Na ação, consta que o ecocídio é considerado pelo Tribunal Penal Internacional como crime contra a humanidade.

Fonte: Agência Brasil