Fachin pede parecer de Janot sobre pedido de impeachment de Gilmar Mendes

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu no dia 26 de abril a opinião da Procuradoria-Geral da República (PGR) numa ação que tem por objetivo dar início ao processo de impeachment de Gilmar Mendes, seu colega de tribunal. Trata-se de providência rotineira em processos no STF, onde é comum pedir o parecer do Ministério Público. Em 7 de fevereiro deste ano, Fachin chegou a negar o pedido, mas os autores da ação recorreram.

No ano passado, o então presidente da Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), arquivou o pedido de impeachment contra Gilmar feita por um grupo de juristas, que incluía o ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles. Eles recorreram então ao STF. Para os autores da ação, Renan não poderia ter tomado a decisão sem consultar antes a Mesa Diretora do Senado. O atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deverá dar sua opinião no caso, já teve várias rusgas com Gilmar.

Após a apresentação do recurso, a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou contra o pedido dos juristas. O órgão, atuando em nome do Senado, entendeu que a decisão de Renan foi fundamentada. Também rechaçou o argumento de que o arquivamento deveria ser anulado por parcialidade. Os autores da ação alegaram que Renan foi influenciado pelo fato de Gilmar ter votado pela rejeição de uma denúncia apresentada contra ele no STF.

Na decisão tomada em fevereiro, Fachin explicou que o caso não deve ser analisado pelo STF, por se tratar de um processo restrito ao Congresso Nacional. Na avaliação do ministro, o recurso deveria ter sido apresentado ao próprio Senado.

“Com efeito, não cabe ao Poder Judiciário, sobretudo em sede de mandado de segurança, controlar se as razões apresentadas pela autoridade senatorial processante (para arquivar uma denúncia) estão corretas ou não; isso seria contestável, a depender de regra interna da Casa, apenas em recurso, dentro da própria Casa Legislativa, mas não por outro Poder”, escreveu o ministro na época.

Os autores da ação argumentaram perante o STF que o pedido de impeachment não poderia ser arquivado pelos motivos apresentados por Renan – entre eles, a falta de provas mínimas, já que a peça teria sido calcada apenas em reportagens jornalísticas. Na ação, os autores afirmaram que havia também outros elementos de prova no pedido feito ao Senado.

No pedido de impeachment, os juristas afirmaram que Gilmar tem ofendido a Constituição, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional e o Código de Ética da Magistratura ao conceder frequentes entrevistas nas quais antecipa seus votos e discute o mérito de questões sob julgamento do STF. Além disso, eles acusam o ministro de atuar de maneira desrespeitosa também durante julgamentos e utilizar o cargo a favor dos interesses do grupo político que supostamente defende.

Fonte: O Globo

Fotógrafa do Exército dos EUA registra a própria morte em explosão

A fotógrafa do Exército Hilda Clayton registrou o momento da própria morte, há quase quatro anos, durante um disparo acidental de um morteiro no Afeganistão. A imagem foi divulgada nesta semana pelo Exército dos Estados Unidos.

Hilda, 22 anos, fez a foto em 2 de julho de 2013, durante um exercício de treinamento com bombas de verdade na província afegã de Langhman. Natural de Augusta, na Geórgia, ela fazia parte da 55th Signal Company, sediada em Fort Meade, Maryland. 

A explosão deixou ainda quatro soldados afegãos mortos – um deles era um fotojornalista com quem Hilda estava treinando. 

A fotografia foi divulgada na revista “Military Review”, que destaca que a morte de Hilda simboliza como as mulheres do Exército estão cada vez mais expostas a situações de perigo tanto nos treinamentos quanto nos combates, assim como os homens.

Fonte: Correio 24 Horas

Comissão aprova parecer da reforma da Previdência

Após oito horas de discussão, a Comissão Especial da reforma da Previdência aprovou o relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA) por 23 votos a favor e 14 contra.

A reunião para votar o parecer começou por volta de 11 horas com a leitura do relatório pelo deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). A reunião foi suspensa por volta das 13h30 e retomada no final da tarde com os debates e a votação do texto.

Mudanças na composição do colegiado

Foram feitas algumas mudanças na composição do colegiado acertadas ontem. O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) foi substituído pelo líder do partido, deputado Ricardo Tripoli (SP).

Tripoli disse que Barbosa pediu para negociar mais dois pontos da reforma e, como não haveria mais tempo para fazer isso na comissão, ele pediu para ser substituído.

O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) foi substituído pelo deputado Carlos Melles (DEM-MG). E o deputado Mandetta (DEM-MS), que era suplente, foi substituído pelo deputado Paulo Azi (DEM-BA).

Mais exceções na reforma da Previdência

O deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), relator da reforma da Previdência (PEC 287/16), decidiu incluir os policiais legislativos nas regras especiais para policiais, conforme informação confirmada por sua assessoria. A discussão do texto foi encerrada nesta terça-feira.

Pelo texto, os policiais civis federais têm direito a aposentadoria com 55 anos logo após a promulgação da reforma, mas esta idade poderá ser modificada para cima em lei posterior. O tempo de contribuição será de 30 anos para o homem e 25 anos para a mulher; e há a exigência de 20 anos de atividade policial.

Neste ponto, também haverá mudança porque o relator atendeu pedido das policiais por diferenciação e então as mulheres policiais vão ter que comprovar 15 anos de atividade policial. No texto original do governo, os policiais eram igualados aos demais trabalhadores.

Vale lembrar que os policiais civis estaduais terão regras diferenciadas caso seja aprovada reforma local 180 dias após a promulgação da emenda.

Depois de incluir exceção para agentes penitenciários na manhã de ontem, o relator voltou atrás e decidiu retirar de seu parecer a inclusão da categoria entre os servidores com acesso especial à aposentadoria.

Fonte: EXAME

Com tornozeleira, Dirceu deixa cadeia em Curitiba e será monitorado em Brasília

dirceu003_140001-300x207O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) deixou o Complexo Médico Penal, na região metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira, por volta das 16h, um dia após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou a libertação. O carro em que ele estava foi escoltado por outros quatro veículos da PF até a sede da Justiça Federal no Paraná, onde ele  colocou tornozeleira.

Manifestantes pró e contra a libertação de Dirceu aguardavam a saída do ex-ministro desde a manhã desta quarta em frente ao complexo penal. Houve até mesmo um princípio de confusão entre eles por volta das 12h30. Ao chegar à Justiça, cerca de 50 manifestantes tomaram cada um dos lados da av. Anita Garibaldi para protestar, munidos de apitos e bandeiras. Portões da Justiça Federal estão fechados. Tem uma a dezena de Agentes da Polícia Federal impedindo que as pessoas entrem no prédio. 

Por volta das 17h15, já usando uma tornozeleira eletrônica, o ex-ministro deixou o prédio da Justiça Federal. Em entrevista concedida cerca de uma hora antes, o advogado de Dirceu, Roberto Podval, não explicou como Dirceu deve seguir para Brasília – o local de destino de Dirceu era Vinhedo, no interior de São Paulo, mas deve ser substituído. A pedido do advogado de Dirceu, o endereço do ex-ministro não será revelado, para evitar “tumulto”.

Fonte: UOL