Manchetes dos jornais de 28/03/2016

O Globo
Grupo de Temer diz ter 80% dos votos para romper com Dilma

O Dia
Apontada como traficante, jovem morre em troca de tiros com a PM

Extra
Brasileira morta na Espanha não consumia drogas, diz amiga

Folha de São Paulo
Dilma construiu uma tragédia com apoio da sociedade, diz Delfim

O Estado de São Paulo
Discurso de aliados de Dilma põe paz em risco, diz ex-ministro do STF

Correio Braziliense
Dilma diz que aguenta pressão e vê alternativas para evitar impeachment

Valor Econômico
Moro decide nesta 2ª se envia ao STF planilhas da Odebrecht com nomes de políticos

Estado de Minas
Gilmar Mendes denuncia ‘sistema de corrupção generalizada’ no Brasil

Jornal do Commercio
Talibã assume atentado suicida que deixou 65 cristãos mortos no Paquistão

Diário do Nordeste
Assaltantes levam 58 armas de empresa de segurança em Fortaleza

Zero Hora
Advogados protestam contra novo pedido de impeachment

Brasil Econômico
Governo destina 39,2% da receita ao pagamento de servidores públicos

A Tarde
Morador de rua é morto com golpes de faca em bairro de Salvador

Correio da Bahia
PM é baleado durante tiroteio em festa de Safadão na Capital

Após retomar Palmira, Síria diz que Estado Islâmico está perto do colapso

Após retomar o controle total sobre a histórica cidade de Palmira, neste domingo (27), o Exército da Síria afirmou que a vitória marca o início do colapso do grupo Estado Islâmico, que concentra suas bases na região norte do país. 

Em comunicado lido na televisão síria, o exército disse que a recaptura de Palmira do grupo terrorista também mostra que as forças do governo sírio e seus aliados eram as únicas capazes de derrotar o terrorismo na Síria.

O comando militar também afirmou que o exército e seus aliados, apoiados pelas forças aéreas sírias e russas, continuarão sua campanha contra o Estado Islâmico, contra a frente Al-Nusra e “outros grupos terroristas” que agem na região.

O governo descreveu todas as facções armadas que lutam contra o presidente Bashar al-Assad, que tem o apoio russo mas não o norte-americano, como grupos terroristas.

Patrimônio Mundial da Humanidade e considerado um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo, Palmira teve boa parte de seus monumentos destruídos no período em que ficou sob domínio do Estado Islâmico – que, além de destruir relíquias com explosivos, vendeu muitas delas no mercado negro –, desde maio do ano passado.

Imagens de satélite divulgadas pela Organização das Nações Unidas em setembro confirmaram, por exemplo, que o famoso templo de Bel, foi destruído por militantes do EI. Segundo a Unesco (braço da ONU para educação e cultura), o santuário, um das mais importantes construções religiosas do século 1 a.C. no Oriente Médio, foi reduzido a escombros.

Fonte: Reuters

Dilma analisa alternativas para evitar impeachment

Sob intenso cerco político, Dilma Rousseff deixou impressionados os ministros com quem conversou nesta semana. Não sem motivo: com uma frieza a toda prova, ela expôs planos de governo para os próximos dias, meses e até para 2018. “Podem ficar tranquilos porque eu aguento bem a pressão. Sou resistente”, disse a presidente, ainda gripada, em uma das reuniões com a equipe.

Sem tempo, Dilma trocou a leitura frenética de livros pela análise minuciosa de mapas de votação na Câmara, onde uma comissão com 65 deputados vai definir o destino do impeachment. Ampliou o escopo, mirando em mais do que os 171 votos necessários para barrar o processo no plenário, e exibiu habilidade em decorar o Estado de cada parlamentar a ser fisgado.

A ordem é abrir o cofre, atender os aliados fiéis, desalojar os “traidores” e dividir o PMDB, que na terça-feira deve oficializar o divórcio do governo. Na estratégia do “tudo ou nada”, Dilma partiu para o varejo das negociações políticas, virou uma espécie de “ouvidora” dos insatisfeitos, coisa que sempre abominou, e montou um gabinete de crise permanente.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a nomeação suspensa como ministro da Casa Civil e aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal para saber se poderá assumir o cargo, atua de longe na coordenação geral dos trabalhos, sem pisar no Palácio do Planalto.

A batalha de comunicação do governo é agora direcionada para “vender” a imagem de Dilma como mulher “guerreira”, que lutou contra a ditadura e hoje enfrenta um “novo modelo de golpe”. Todos os dias, Dilma recebe no Planalto ou mesmo na residência do Alvorada líderes e dirigentes de partidos aliados, além de ministros do PMDB. Pede apoio e promete mudanças.

Deputados do PP e do PR informaram a ela que será difícil manter o aval ao governo se o PMDB desembarcar e alertaram sobre um possível efeito dominó em outros partidos.

“Foi um aviso de que o gato subiu no telhado. A ficha dela caiu, mas, por incrível que pareça, não se abateu”, contou um dos deputados que estiveram com a presidente. “Parece que, se morrer, vai morrer lutando”.

Numa contraofensiva arriscada, o governo decidiu, na quinta-feira, desafiar o vice Michel Temer – que comanda o PMDB e é chamado por petistas de “chefe da facção” -, exonerando o presidente da Funasa, Antônio Henrique de Carvalho Pires, homem de sua confiança.

Nos bastidores, auxiliares de Dilma afirmam que tudo será feito para enfrentar a “conspiração” do grupo de Temer e contemplar com cargos quem pode ajudar a derrubar o impeachment na Câmara. É uma disputa voto a voto, no mais fiel estilo do “toma lá, dá cá”.

Tática semelhante foi usada em dezembro, quando Dilma dispensou o vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, indicado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como retaliação à atitude do deputado de aceitar o pedido de impeachment.

Em conversas reservadas, Dilma mostra inconformismo com o fato de Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de corrupção na Petrobras, conduzir o processo que pode levar a seu afastamento. “Eu não cometi nenhum crime para justificar a interrupção do meu mandato. Brigarei até o fim”, diz ela, enquanto a Operação Lava Jato avança sobre o governo.

No PT há quem pregue até mesmo que, em caso de impeachment, Dilma recorra à Organização dos Estados Americanos (OEA). Nesse combate, há ainda táticas de guerrilha que circulam na internet, com ameaças de fim de programas sociais, como o Bolsa Família, se a presidente cair.

Foi após a campanha da reeleição, em 2014, que Dilma terminou de ler a biografia do ex-presidente Getúlio Vargas, escrita pelo jornalista Lira Neto. Não por acaso, outro dia voltou a dar uma espiada no terceiro volume, segundo relato de um ministro. “Tudo a seu tempo”, costumava dizer Getúlio, quando era pressionado.

Fonte: Estadão

O STF não regulamentaria um golpe, diz presidente da OAB, sobre impeachment

Para o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil é “inaceitável” classificar os pedidos de impedimento movidos contra a presidente Dilma Rousseff como golpe. “Não é argumento válido, até porque o STF regulamentou o processo de impeachment. Se o Supremo tem uma decisão que regulamenta, não podemos dizer que seja um golpe. Não imagino que o Supremo regulamentasse um golpe”, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo neste domingo (27/3).

O advogado especializado em Direito Empresarial ressalta que o impeachment está previsto na legislação e já foi usado em outros governos. “Quando a sociedade acompanhou o pedido de impeachment em relação aos ex-presidentes Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e ao próprio Lula, não ouvimos isso. Lá atrás não era e agora é? O que mudou?”

Lamachia argumenta que vivemos um momento diferente e que é impossível comparar o período de instabilidade política e acirramento social e institucional com 1964 (Ditadura Militar) ou a 1954 (suicídio de Getúlio Vargas). “Quando se busca questionar a própria lisura de um processo de impeachment, está se desconhecendo a Constituição. […] Não existe a mínima possibilidade de ter retrocesso, temos instituições consolidadas, nossa democracia é forte e saberá ultrapassar este momento.”

Fonte: Consultor Jurídico

Moro manda soltar nove suspeitos presos na 26ª fase da Lava Jato

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR), mandou soltar neste sábado (26) nove investigados presos na 26ª fase da Operação Lava Jato, que foi chamada pela PF (Polícia Federal) de Xepa.

Todos haviam sido presos temporariamente na última terça-feira (22). A operação foi um desdobramento da 23ª fase da Lava Jato, chamada de “Acarajé”, e tinha como foco a empreiteira Odebrecht.

Os nove suspeitos que serão liberados são: Alvaro José Galliez Novis; Antônio Claudio Albernaz Cordeiro; Antônio Pessoa de Souza Couto; Isaias Ubiraci Chaves Santos; João Alberto Lovera; Paul Elie Altit; Roberto Prisco Paraíso Ramos; Rodrigo Costa Melo; e Sergio Luiz Neves.

Fonte: R7

Grampo revela ‘fragilidade total’ de proteção a dados no Planalto, diz especialista

As gravações de conversas telefônicas da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostram que a segurança da informação da principal instituição do Brasil varia entre “frágil” e “inexistente”.

Para Silvio Meira, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, é “inconcebível” que a líder de um dos maiores países do mundo “fale com um telefone que não sabe de quem é nem a quê esse aparelho está submetido”.

“A fragilidade é total. Você tem uma situação em que o presidente da República corre o risco de ser gravado por alguém vigiado pela Polícia Federal numa das maiores investigações criminais da história do Brasil e onde claramente existia um potencial gigantesco dessa conversa ser gravada”, disse Meira à BBC Brasil.

As conversas de Dilma captadas pela PF integram uma série de interceptações telefônicas de Lula, incluídas no inquérito da Operação Lava Jato.

A Justiça Federal do Paraná divulgou os áudios e as transcrições na semana passada. No diálogo mais polêmico, Dilma diz a Lula que enviará seu “termo de posse” como novo ministro da Casa Civil, para uso “em caso de necessidade”. Investigadores interpretaram o diálogo como tentativa da presidente de evitar eventual prisão do antecessor.

Para Meira, o Brasil deveria se espelhar nos EUA, onde todas as conversas de interesse do Estado mantidas pelo presidente são seguras (criptografadas). Os diálogos não são gravados, segundo o especialista, mas a Casa Branca produz transcrições informais.

“O presidente americano fala em comunicações seguras, como o primeiro-ministro da Inglaterra, França e Alemanha, mas não tem o direito de falar o que quiser sozinho. Ele não pode, por exemplo, ligar para outro e combinar um ataque nuclear, há todo um protocolo de comunicações de Estado, um grau de sofisticação alto”, afirma.

Fonte: BBC