MP denuncia sete executivos por cartel nos trens de SP

O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo Especial de Delitos Econômicos (GEDEC), denunciou à Justiça oito executivos de duas empresas acusadas de participar do cartel que fraudou a concorrência em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo. Na oitava denúncia contra o cartel dos trens paulistas, o promotor Marcelo Batlouni Mendroni acusa cinco executivos da Alstom e dois da Construcciones Y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF).

As denúncias apresentadas por Mendroni à Justiça paulista dizem respeito à licitação de 1,8 bilhão de reais da CPTM para contratação da parceria público-privada (PPP) que teria a concessão para operar e manter uma frota de 288 trens na Linha 8 – Diamante da CPTM. A partir de 2009, na gestão do ex-governador José Serra (PSDB), o contrato valeria por 20 anos. Além das duas multinacionais, Mendroni citou evidências de que executivos da Siemens, Bombardier, Tejofran, Mitsui e MGE também participaram do cartel, mas não são alvos da denúncia por falta de provas.

Segundo a peça assinada pelo promotor do GEDEC, os denunciados se valiam de acordos entre si para “dividir o objeto do contrato e, portanto, o mercado e o preço final superfaturado, direcionando a licitação para saber previamente qual empresa seria a vencedora, o que fazia com que as outras empresas que participavam do cartel ofertassem suas propostas a preços superiores ou simplesmente não participassem da concorrência na referida licitação”. No caso da Linha 8, Marcelo Mendroni ressalta que “apesar das negociações criminosas, ao final somente a CAF participou e ‘venceu’ a concorrência”.

Entre os executivos da Alstom denunciados por crimes conta a ordem econômica e a administração pública estão Cesar Ponce de Leon, ex-diretor da multinacional no Brasil, e Antonio Oporto del Olmo, ex-presidente da Alstom Transportes da Espanha, além de Isidro Ramon Quinonero, Luiz Fernando Ferrari e Wagner Tadeu Ribeiro. Os alvos do MP na CAF são Agenor Marinho Contente Filho, ex-diretor da multinacional, e Guzmán Martin Diaz, diretor da CAF na América Latina.

Fonte: VEJA

Morre no Recife, aos 41 anos, ex-atacante Leonardo, ídolo do Sport

De forma mais do que precoce, o Sport Club do Recife perdeu um de seus maiores ídolos. Com apenas 41 anos, o ex-atacante Leonardo, que brilhou no clube na década de 90 e no começo dos anos 2000, faleceu nesta terça-feira, às 15h15, no Recife – ele estava internado desde o dia 3 de fevereiro no Hospital da Restauração. Natural de Picos, no Piauí, foi na capital pernambucana onde ele mais brilhou e construiu toda a sua vida. Leonardo saiu para se aventurar no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em São Paulo, por exemplo, mas sempre retornava para onde era mais feliz: a Ilha do Retiro.

De acordo com a médica do Hospital da Restauração, Fátima Buarque, que tem acompanhado Leonardo desde o início de sua internação, a morte do ex-atacante foi por falência múltipla dos órgãos em decorrência de uma doença chamada neurocisticercose, que se dá pela ingestão de carne de porco mal cozida.

– Ele faleceu agora. Teve falência múltipla dos órgãos e não teve condições nem de fazer a hemodiálise hoje por conta do seu estado – disse ela.

O estado de saúde de Leonardo sempre foi tratado com muito sigilo pela família, por amigos e por funcionários do Sport, que sempre o acompanharam desde o início da doença. Ele chegou a ser internado em outubro do ano passado, mas o caso não teve conhecimento da imprensa. No início de fevereiro, quando voltou ao hospital, os médicos sempre se mostraram muito cuidadosos ao falar sobre o estado do ex-jogador.

Fonte: CenárioMT

Casos confirmados de microcefalia sobem para 641 e 4.222 são investigados

O Ministério da Saúde confirmou 641 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, de acordo com novo boletim divulgado hoje (1º) pela pasta. Outras 1.046 notificações foram descartadas, mas o ministério e os estados investigam ainda 4.222 casos suspeitos em todo o país.

Os números subiram desde a última divulgação na semana passada, no dia 23. Até então, os casos confirmados de microcefalia eram 583.

Do total de casos de microcefalia confirmados, 82 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus Zika. Na semana passada, eram 67. O Ministério da Saúde ressalta, no entanto, que esse dado não representa, adequadamente, todos os casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de microcefalia.

Ainda de acordo com a divulgação, os 1.046 casos descartados apresentaram exames normais ou apresentaram microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infecciosas.

Fonte: Agência Brasil

Polícia prendeu executivo com base em dados inexistentes, diz WhatsApp

A assessoria de imprensa do WhatsApp, serviço ligado ao Facebook, informou por meio de nota que a Polícia Federal prendeu o executivo argentino Diego Jorge Dzodan, vice-presidente do Facebook para a América Latina, “com base em dados que não existem”. “Não podemos fornecer informações que não temos”, diz.

O WhatsApp diz ainda que as duas empresas trabalham de forma independente, então a prisão de um executivo do Facebook não se justifica.

Dzodan foi preso na manhã desta terça-feira (1º) em São Paulo e levado ao Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, após a rede social descumprir decisão judicial de compartilhar informações trocadas no WhatsApp por suspeitos de tráfico de droga. O Facebook é dono do WhatsApp desde o começo de 2014.

“O WhatsApp não pode fornecer informações que não tem. Nós cooperamos com toda nossa capacidade neste caso, e enquanto respeitamos o trabalho importante da aplicação da lei, nós discordamos fortemente desta decisão”, diz a nota.

“O WhatsApp não armazena as mensagens dos usuários. Nós apenas mantemos as mensagens até que elas sejam entregues. A partir da entrega, elas existem apenas nos dispositivos dos usuários que as receberam. Além disso, estamos estendendo um forte sistema de criptografia de ponta a ponta, o que significa que as mensagens dos usuários são protegidas dos criminosos virtuais. Ninguém – nem o WhatsApp ou qualquer outra pessoa –  pode interceptar ou comprometer as mensagens das pessoas”, afirma a empresa.

Já o Facebook afirmou em nota, por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil, que está desapontado com a prisão do vice-presidente da empresa na América Latina, o executivo argentino Diego Jorge Dzodan. Ele foi detido nesta terça-feira (1º) em São Paulo a pedido da Justiça de Sergipe após a rede social descumprir decisão judicial de compartilhar informações trocadas no WhatsApp por suspeitos de tráfico de droga. O Facebook é dono do WhatsApp desde o começo de 2014.

“Estamos desapontados com a medida extrema e desproporcional de ter um executivo do Facebook escoltado até a delegacia devido a um caso envolvendo o WhatsApp, que opera separadamente do Facebook. O Facebook sempre esteve e sempre estará disponível para responder às questões que as autoridades brasileiras possam ter”, diz a nota da empresa.

O executivo foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, no início da tarde, depois de prestar depoimento na Polícia Federal. Advogados já entraram na Justiça com um pedido de habeas corpus.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, na sede da PF em São Paulo, Dzodan respondeu a perguntas encaminhadas pela Justiça de Sergipe, conhecida como carta precatória, e logo foi encaminhado ao CDP Pinheiros.

Fonte: G1

Empresa pagou dívida da campanha de 2010 de Dilma, dizem delatores

Executivos ligados ao grupo Andrade Gutierrez afirmaram, no processo de delação premiada, que fizeram um pagamento ilícito para quitar uma dívida de campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010.

Os executivos da Andrade Gutierrez prestaram depoimento na Procuradoria Geral da República, na semana passada. Eles foram ouvidos por procuradores do grupo de trabalho da Lava Jato em Brasília, porque as acusações feitas por eles nos acordos de delação premiada envolvem políticos com foro privilegiado.

A TV Globo confirmou que os ex-executivos Flavio Barra, Antônio Campello, o executivo Flávio Lúcio Magalhães e o presidente afastado da Andrade Gutierrez, Otávio de Azevedo, disseram que a construtora pagou, ilegalmente, uma dívida de campanha da presidente Dilma Rousseff, do PT, em 2010.

A empreiteira simulou contratos com a Agência digital Pepper Interativa, que trabalhou na campanha de Dilma. O valor do pagamento por fora chegou a R$ 6 milhões.

O dinheiro foi repassado a pedido de Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha de 2010 e que foi ministro da Indústria e do Comércio no primeiro mandato de Dilma.

Os investigadores da Lava Jato descobriram a ligação dos pagamentos da Andrade Gutierrez à Pepper Interativa durante buscas feitas em uma outra operação, a Acrônimo.

Ela investiga um possível esquema de lavagem de dinheiro e de desvio de recursos públicos para financiar campanhas eleitorais, envolvendo justamente a Pepper e Fernando Pimentel, hoje governador de Minas Gerais.

As informações colhidas pela Acrônimo foram confirmadas nas delações dos executivos da Andrade Gutierrez como prova dos pagamentos ilegais.

Pagamentos suspeitos para a campanha presidencial de 2010 já foram citados na delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O que os investigadores querem saber é se dinheiro desviado da Petrobras foi usado como doação legal de campanha.

A Procuradoria Geral da República já tinha concluído anteriormente que a presidente não será investigada em denúncias envolvendo a campanha de 2010 porque são fatos que ocorreram antes de Dilma assumir o primeiro mandato, em 2011. O Supremo Tribunal Federal, então, arquivou o caso.

Fonte: Jornal Nacional