Após fechar quase 100 mil lojas no ano passado, varejo vê cenário adverso para 2016

O apelo à criatividade, às promoções e ao corte de custos tem sido o mantra dos comerciantes brasileiros neste início de ano, mas nada deve salvar o varejo de uma nova retração nas vendas em 2016. Desemprego crescente, elevado endividamento das famílias e crédito caro persistem e habitam os piores pesadelos de empresários, que no ano passado já assistiram ao maior tombo nas vendas desde 2001 e fecharam quase 100 mil lojas. O baque foi tão grande que o comércio acabou perdendo espaço para outras atividades na economia.

Como nada mudou na passagem do ano, o encolhimento deve continuar. Neste mês, a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que os comerciantes reclamam cada vez mais da demanda insuficiente e dos custos com mão de obra, o que pode incentivar demissões nos próximos meses. O próprio indicador de emprego previsto caiu 3,3 pontos, para o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2010.

— Isso é um sinal de que o ritmo de redução de pessoal ocupado no setor deve aumentar nos próximos meses — explica Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera a demissão de aproximadamente 245 mil trabalhadores formais neste ano — o comércio já fechou quase 181 mil vagas em 2015. Mas o problema não deve se limitar a demissões. Sem clientela suficiente, quase 100 mil lojas deixaram de existir no ano passado.

— A tendência de fechamento deve continuar. O comércio continua com o pé na lama — afirma o economista da CNC Fabio Bentes.

Sem uma via de escape, o varejo depende do consumo doméstico. Só que os brasileiros seguem pessimistas diante do aumento do desemprego e da queda na renda e, na tentativa de equilibrar o orçamento doméstico, acabam freando os gastos. Muitos inclusive têm recorrido à poupança para conseguir manter as contas em dia.

— Há menos pessoas trabalhando e muitas pessoas ganhando menos. Isso impacta — diz o economista Thiago Biscuola, da RC Consultores.

No ano passado, as vendas no varejo restrito encolheram 4,3%, o pior resultado desde o início da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2001. No segmento ampliado, que inclui veículos e material de construção, o tombo foi ainda maior, de 8,6%. Como resultado, o Produto Interno Bruto (PIB) do comércio deve ter encolhido 8% no ano passado, o pior resultado desde o início das Contas Nacionais em 1948, estima a CNC.

A forte queda no PIB do comércio em 2015 abortou o processo de crescimento do peso da atividade na economia brasileira, um caminho encarado como natural pelos economistas. No ano passado, 10,5% da renda gerada no país veio do comércio, contra 11,1% em 2014, segundo estimativas do Monitor do PIB, produzido pela FGV.

Fonte: Estadão

Zico critica eleição da Fifa com ‘resultado esperado’: ‘Caiu no colo do Infantino’

Zico, que não teve apoio para lançar sua candidatura à presidência da Fifa, comentou a vitória de Gianni Infantino na eleição da entidade máxima do futebol. Segundo o Galinho, o resultado do pleito já era o esperado, porque o suíço só herdou o posto que era do francês Michel Platini, que era o favorito, mas não pode concorrer por conta de uma suspensão.

– Já era esperado que a Europa ia prevalecer. O Platini era o grande favorito e a Fifa caiu no colo do Infantino. As pessoas não votam no nome da pessoa, porque não conhecem o trabalho dele, o que fez no futebol, para escolher ele. Ele era o candidato da UEFA, passou a ser o candidato no posto do Platini, que era o grande favorito – disse Zico, que participou de um jogo beneficente em Manaus, ao GloboEsporte.com.

No entanto, o Galinho de Quintino desejou sorte a Infantino. O ex-jogador pediu que o novo presidente da Fifa cumpra suas promessas de mudanças na entidade.

– É um jovem, tem uma confiança muito grande do mundo do futebol, de quem votou nele, e eu torço para que dê certo. Para que ele possa voltar a dar credibilidade à Fifa, fazer com que a entidade seja democrática e transparente. Que aqueles do meio do futebol, não só jogadores e treinadores, mas médicos, dirigentes, preparadores físicos e terapeutas, participem das decisões do conselho da Fifa, e que não fique restrito a um grupo, esse que votou nele, porque esse grupo está comprometido com a UEFA, com as confederações e é isso que tem que acabar – cobrou o Galinho.

Fonte: Lance

Crise faz brasileiro deixar de pagar contas de luz, água e telefone

O efeito dominó do aumento do desemprego e da inflação apareceu no calote do pagamento de serviços básicos, como as contas de luz, água e de serviços de comunicação. A costureira Angela Rosa Alcon Velasques, de 56 anos, natural de La Paz, na Bolívia, e que há dez anos vive no Brasil, por exemplo, deixou de pagar a conta de luz porque perdeu o emprego. “Estou devendo seis meses de luz, mais de R$ 1,6 mil”, contou Angela, que tem quatro filhos. “Devo também o telefone fixo, que foi cortado.”

Angela usava uma máquina de costura elétrica para trabalhar em casa e ficou inadimplente na conta de energia e no telefone porque perdeu o trabalho. “Costurava para um patrão brasileiro. Ele me demitiu, não tenho mais costura.”

A saída encontrada por Angela foi deixar o imóvel alugado. Agora ela tenta uma renegociação da pendência com a Eletropaulo. “Mudei para um barraco”, disse a costureira, que gastava R$ 1,1 mil de aluguel. Pela nova moradia, não vai pagar nada. Enquanto a situação não melhorar, a costureira planeja fazer bicos e usar as poucas reservas que tem para viver.

A auxiliar administrativa Adriana Carla Mendonça, de 40 anos, casada e com cinco filhos, é outra consumidora que ficou inadimplente nos serviços básicos. No seu caso o motivo do calote não foi desemprego, mas o aperto no orçamento em razão do aumento da inflação.

“Tenho três contas de luz atrasadas que somam um pouco mais de R$ 1 mil”, disse. Com uma renda familiar de cerca de R$ 4 mil, Adriana chegou a ter a luz cortada por falta de pagamento. Segundo ela, o valor da conta deu um salto.

“Eu pagava R$ 150 e subiu para R$ 500.” No ano passado, a energia elétrica aumentou cerca 50%. Adriana pagou a taxa de R$ 45 para religar a luz e agora tenta um parcelamento em seis vezes da dívida pendente com a concessionária de energia. “Não sei se vou conseguir pagar, mas sem luz não dá para ficar.”

Tanto Angela quanto Adriana engrossam as estatísticas do calote das contas básicas que desde o ano passado não para de crescer. Em janeiro deste ano, o grande destaque dos índices de inadimplência apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) foram justamente as contas de serviços básicos que são prestados.

“Não é só banco e loja que estão deixando de ter o seu dinheiro de volta”, afirmou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Em janeiro, o número de contas inadimplentes de água e luz aumentou 17,01% na região Sul e 13,03% no Centro-Oeste em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto a inadimplência média (que inclui também pendências com comércio, bancos e serviços de comunicação) cresceu cerca de 6% no mesmo período.

Já nas regiões Norte e Nordeste, os maiores avanços do calote em janeiro na comparação anual foram registrados em serviços de comunicação. No Norte, foi de 9,89%, ante uma inadimplência média de 6,53% no período, e, no Nordeste, de 12,39%, enquanto o calote médio da região aumentou 8,43%. A região Sudeste está fora das estatísticas de inadimplência por causa das mudanças na lei de negativação vigente no Estado de São Paulo, o que pode distorcer a base de comparação.

“A inadimplência tem se colocado na vida dos brasileiros de forma tão abrangente que até as contas mais essenciais estão deixando de ser pagas”, observou Marcela. Ela ponderou, no entanto, que as pendências com bancos respondem pela maior parte das dívidas em atraso, entre 30% e 40%, dependendo da região. Mas o avanço do calote em contas básicas é, na opinião da economista, um sinal de alerta sobre a extensão e a gravidade da crise.

Sem revelar os números, Luis Carlos Bento, presidente da Intervalor, empresa de cobrança que tem boa parte da carteira nos segmento de telefonia e TV por assinatura, confirmou que houve aumento expressivo na inadimplência. Segundo ele, o principal motivo alegado pelo consumidor é o desemprego. “A grande preocupação das empresas é não perder o cliente que ficou inadimplente, por isso elas estão mais flexíveis na renegociação”, disse. “Essa crise está na população, as outras estavam no mercado financeiro.”

Fonte: Estadão Conteúdo

Advogados de Dilma consideram decisão de Gilmar Mendes inconstitucional

A defesa da campanha da presidenta Dilma Rousseff considerou nesta sexta-feira (26) inconstitucional a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou a investigação de supostas irregularidades nos pagamentos a sete empresas que, em 2014, prestaram serviços à campanha eleitoral da presidenta.

Em nota, a coordenação jurídica da campanha de Dilmainforma que vai recorrer da decisão por entender que há ofensa aos princípios constitucionais da coisa julgada, do contraditório, da ampla defesa e da imparcialidade. A defesa também ressaltou que as contas da presidenta foram aprovadas por unanimidade pelo TSE em dezembro de 2014.

Mendes é relator da prestação de contas da presidenta. Ao deferir o pedido do PSDB, o ministro entendeu que a decisão pode ser revista se eventuais ilícitos forem verificados. 

Outras ações

A presidenta Dilma e o vice-presidente Michel Temer são alvo de quatro ações na Justiça Eleitoral, protocoladas pelo PSDB. Em uma delas, o partido pede a cassação do mandato de Dilma e Temer, por supostas ilegalidades no recebimento de recursos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato na campanha presidencial.

Na semana passada, em defesa enviada ao processo, os advogados da coligação de Dilma afirmam que todos os recursos usados na campanha foram declarados e acusam o PSDB de usar a Justiça Eleitoral politicamente.

A defesa de Temer alegou que doações declaradas de empresas com capacidade para contribuir não são caixa 2. Os advogados do vice-presidente lembram que o PSDB recebeu doações das mesmas empresas.

Fonte: Jornal do Brasil

Atentado do Estado Islâmico mata ao menos 33 pessoas em mercado, em Bagdá

O número de mortes provocadas por um duplo atentado que ocorreu neste domingo (28) em Bagdá, no Iraque, já reivindicado pelo grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico, subiu para 33, segundo fontes oficiais citadas pela agência noticiosa AFP.

Duas explosões ocorreram perto de um mercado no bairro de Sadr, no norte da capital iraquiana, onde 33 pessoas morreram e 79 pessoas ficaram feridas, segundo fontes policiais e médicas citadas pela AFP.

O grupo extremista assumiu a autoria do atentado no bairro de maioria xiita, em Sadr, acrescentando que dois homens-bomba explodiram no local, de acordo com a agência Amaq, ligada aos jihadistas.

De acordo com a AFP, o Estado Islâmico também atacou uma posição militar na zona oeste de Bagdá, onde, ao longo do dia, morreram pelo menos oito pessoas.

O último ataque ocorreu pouco depois em um bairro de Dora, na periferia sul da capital. Uma quarta bomba explodiu e matou pelo menos quatro pessoas.

Horas depois, a milícia extremista do Estado Islâmico assumiu a responsabilidade para a dupla explosão no mercado de Sadr City, afirmando, conforme a Amaq, que pelo menos 100 pessoas morreram.

A onda de ataques na região da capital tem crescido nos últimos tempos, especialmente desde que o Exército e seus aliados internacionais lançaram ofensivas fortes no Norte e Oeste do país para recuperar o controle das cidades, vilas e áreas rurais controladas pelo Estado Islâmico.

Fonte: Agência Brasil