Obama e Putin devem cooperar para o cessar-fogo na Síria

O presidente russo, Vladimir Putin, e o norte-americano, Barack Obama, concordaram em intensificar a cooperação entre as agências de inteligência e segurança dos dois países para permitir a implementação do acordo de cessar-fogo na Síria, informou ontem (14) a agência de notícias russa Interfax.

Obama e Putin conversaram por telefone sobre o acordo assinado no último dia 12 pelo International Syria Support Group (ISSG), na Alemanha. O tratado prevê o início de um cessar-fogo dentro de sete dias, como o primeiro passo para o fim da guerra civil na Síria, iniciada em 2011, na Primavera Árabe, para derrubar o regime do ditador Bashar al-Assad.

Apesar da assinatura do acordo, no fim de semana alguns representantes de países europeus demonstraram ceticismo em relação ao papel da Rússia, acusada pelo Ocidente de atacar civis e rebeldes com o consentimento de Damasco, para fortalecer o regime de Assad. Os envolvidos na assinatura do acordo fizeram apelos para que Moscou suspenda seus bombardeios para que o cessar-fogo vigore.

O acordo foi assinado por 17 países do ISSG, em Munique. Além do fim das hostilidades, prevê o acesso imediato de ajuda humanitária em zonas abaladas pelos confrontos na Síria. O texto, no entanto, não recai sobre as operações contra grupos terroristas, como o Estado Islâmico, e limita-se às tensões entre o governo e os rebeldes. Para a alta representante de política externa da União Europeia, a italiana Federica Mogherini, não existe “uma solução puramente militar” para a crise síria, que já provocou a morte de 11,5% da população e o êxodo de 50%.

Fonte: Agência Brasil

Manchetes dos jornais de 15/02/2016

O Globo
Pesquisadores acham vírus zika em cérebro de bebês

O Dia
Acusado de matar namorada no motel é preso no velório

Extra
Turbina pega fogo antes de avião decolar no aeroporto de Brasília

Folha de São Paulo
Sergio Moro sugere ao TSE que ouça delatores da Lava Jato

O Estado de São Paulo
Baixo preço do petróleo no mercado agrava crise econômica da Petrobrás

Correio Braziliense
Educação dos filhos consome até 40% da renda familiar

Valor Econômico
Recursos para combate de dengue e zika estão preservados, afirma Barbosa

Estado de Minas
Fabricante de larvicida rebate suspeita de que produto cause microcefalia

Jornal do Commercio
Na Câmara dos Deputados tem gente ganhando até R$ 185 mil por mês

Diário do Nordeste
Cristovam Buarque troca PDT pelo PPS e pode concorrer à presidência

Zero Hora
Filho de brasileiro entra na disputa pela presidência dos Estados Unidos

Brasil Econômico
Brasileiros com bens a partir de US$ 100 mil no exterior precisarão fazer declaração

A Tarde
Dois adolescentes são mortos a tiros quando iam à praia em Salvador

Correio da Bahia
Graer faz buscas por espanhol que sumiu na Chapada

Tribuna da Bahia
Comerciante morre em assalto a loja e criminoso é morto a tiros em Feira de Santana

Congresso terá semana com pauta movimentada

Depois de uma abertura morna do ano legislativo, o Congresso segue com as atividades nesta semana, agora com pautas que vão movimentar o embate político e econômico. Entre os temas que voltam à mesa, estão medidas de ajuste fiscal, análise das contas do governo Dilma Rousseff, fim da CPI do BNDES e ações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Delcídio Amaral (PT-MS).

O Conselho de Ética da Câmara vai retomar as discussões sobre o Processo contra Cunha. O parlamentar é acusado de mentir aos membros da CPI da Petrobras, ao afirmar que não possuía contas em seu nome no exterior. No Conselho de Ética do Senado, por sua vez, as discussões vão envolver o senador Delcídio Amaral (PT-MS). O ex-líder do governo, preso pela Operação Lava Jato, tem até quinta-feira (18) para encaminhar sua defesa ao colegiado.

Na comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso, os parlamentares pretendem avançar na análise das contas da presidente Dilma Rousseff em 2014. No ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a reprovação das contas, usando, entre os argumentos, a ilegalidade das chamadas “pedaladas fiscais”, atrasos em repasses do Tesouro a bancos públicos e ao FGTS.

A questão é base de argumento para o pedido de impeachment da petista. Apesar da recomendação, o relator Acir Gurgacz (PDT-RO) apresentou parecer pela aprovação com ressalvas das contas e recebeu críticas da oposição. De acordo com membros da comissão, o relatório final deve ser votado até o início de março.

No plenário da Câmara, os deputados devem votar duas medidas provisórias que trancam a pauta. Uma delas reabriu prazos para times de futebol parcelarem dívidas, além de permitir que a loteria instantânea, chamada “raspadinha”, explore comercialmente eventos de apelo popular. A segunda MP integra o pacote de ajuste fiscal e trata da reforma administrativa. A medida reduziu o número de ministérios de 30 para 31.

Os deputados também devem votar o projeto de lei que regulamenta o teto de remuneração do serviço público. O texto prevê a criação de um sistema para controle do teto salarial, hoje em R$ 33,7 mil. Reportagem do Estado mostrou que, caso o limite fosse cumprido, a economia as cofres públicos chegaria a quase R$ 10 bilhões por ano.

A CPI do BNDES, que investiga possíveis irregularidades em operações de crédito do banco de fomento, deve ter trabalhos concluídos nesta semana. A votação do relatório final está prevista para terça-feira (16), mas há possibilidade de um adiamento, caso haja um pedido de vista. Se isso ocorrer, a conclusão fica para quinta-feira (18), prazo final para o fim dos trabalhos.

Fonte: Estadão

Cientistas chineses criam “sol artificial” na Terra

O experimento foi breve, não chegou nem a dois minutos, mas os 102 segundos que durou foram suficientes para transformar uma equipe de cientistas chineses nos autores do “Sol artificial” mais longo que já existiu na Terra.

Apesar de o “astro” criado ter sido efêmero, representou um grande avanço na longa corrida para tornar realidade um dos maiores desafios científicos do século XXI: imitar as estrelas e conseguir que a fusão nuclear seja uma fonte de energia viável.

O Instituto de Ciência Física da cidade chinesa de Hefei, no leste do país, realizou no dia 28 de janeiro esse experimento, embora a Academia de Ciências da China tenha demorado vários dias para divulgar a façanha através de um comunicado.

Utilizando o reator de fusão termonuclear EAST (sigla em inglês de Tokamak Superconductor Experimental Advanced), os pesquisadores elevaram a temperatura do hidrogênio para 50 milhões de graus celsius, triplicando a do núcleo do Sol.

Após esse aumento térmico, o hidrogênio passou de gás a plasma, o quarto estado da matéria (junto a sólido, líquido e gasoso), no qual as partículas se movimentam a tal velocidade e se chocam com tanta força que os elétrons se separam dos núcleos dos átomos formando um conjunto ionizado.

A novidade do experimento chinês, no entanto, não está nessa alta temperatura, mas no tempo que conseguiram mantê-la, já que em dezembro uma equipe do Instituto Max Planck da Alemanha conseguir atingir 80 milhões de graus em um teste similar.

Enquanto os cientistas alemães, e antes deles outros europeus, japoneses e americanos, consideraram um sucesso chegar ao pico térmico em uma fração de segundo, os chineses o fizeram durante por um minuto e 42 segundos.

Ao controlá-lo por tanto tempo demonstra uma evolução técnica que os aproxima do que a maioria dos especialistas veem ainda muito longe: a chegada de reatores nucleares de fusão capazes de imitar o processo que acontece no Sol de forma natural.

A fusão é uma reação química que consiste na união de dois átomos para formar um maior liberando uma enorme quantidade de energia no processo, mais inclusive que na fissão que se realiza nas usinas nucleares, onde se quebram átomos grandes em partículas menores.

Conseguir uma fusão nuclear estável e controlada é, por seu potencial como fonte de energia limpa e obtida de um recurso quase inesgotável, uma das grandes ambições da comunidade científica internacional.

Estados Unidos, União Europeia, China, Rússia, Japão, Índia e Coreia do Sul formaram uma aliança incomum para explorar a viabilidade da fusão de hidrogênio para a geração de energia no projeto ITER (Reator Internacional Termonuclear Experimental), que está sendo construído no sul da França.

Fonte: Agência EFE

Colômbia: um país em pânico por causa do zika

Com mais de 30 mil infectados, a Colômbia é, ao lado do Brasil, um dos países mais atingidos pelo surto do vírus zika.

Ao contrário do vizinho, não é a microcefalia ─ tipo de má-formação cerebral em fetos – que preocupa o governo, mas o aumento significativo no número de casos da rara síndrome de Guillain-Barré.

Cientistas se mantêm cautelosos e evitam fazer uma associação direta entre o vírus e a síndrome que pode causar paralisia grave, mas nas regiões mais atingidas o pânico é real e está aumentando.

Fabian Medina, de 22 anos, é uma das vítimas da doença. Ele deveria estar no auge da vitalidade, mas parece um homem de 90 anos de idade. Medina está se recuperando da paralisia depois de passar duas semanas em uma unidade de terapia intensiva.

Se Medina não estivesse respirando com a ajuda de aparelhos, provavelmente estaria morto. Quando perguntado se tem filhos, ele levanta um dedo com muita dificuldade. Então, com um gesto circular, descreve a barriga da mulher, grávida, e cai em prantos.

A mulher de Medina, Karen, está grávida de três meses e teve zika. Os sintomas foram leves, mas as consequências ainda são desconhecidas.

“Meu medo é que nas notícias (sobre a doença) eles falam que o bebê pode ficar deformado. Estou muito assustada e rezo para que nada de mal aconteça com ele”, disse.

Karen se preocupa com a possibilidade de microcefalia. Os casos no Brasil se multiplicaram desde o início do surto: até o dia 30 de janeiro, foram notificados, segundo o Ministério da Saúde, 4.783 casos suspeitos de microcefalia, má-formação que prejudica o desenvolvimento do cérebro do bebê.

Desse total, 404 casos de microcefalia foram confirmados ─ 17 têm ligação confirmada com o vírus zika. Os outros ainda estão sendo investigados.

Fonte: BBC Brasil