Na última segunda feira (23) por volta das 21h, tomamos conhecimento que estava havendo uma rebelião no Presídio de Salgueiro, comentando-se inclusive que alguns presos tinham fugido, deixando em alerta a população da área vizinha.
Acionamos equipe da Rádio Vida FM para se inteirar da situação, no entanto foi nosso repórter informado que nada estava acontecendo.
Na manhã seguinte surge a notícia de que um detento tinha sido assassinado, o que levou novamente a ida daquele repórter ao Presídio, tendo sido informado que de fato um preso se “suicidara”. Questionado sobre o silêncio da noite anterior, a pessoa disse: “é porque somente agora cedo se verificou a situação…”.
Num desencontro de informações, o diretor do Presídio ainda na manhã da terça feira concedeu entrevista a uma emissora de rádio local, onde confirmou que a ocorrência de fato teria acontecido no início da noite da segunda feira e que os envolvidos passaram praticamente a noite toda na Delegacia prestando informações.
Assevera o senhor diretor que um dos presos amanhecera enforcado como se fosse suicídio, declaração que foi repetida na televisão.
Ora, como se deixar na mesma cela pessoas que tiveram entrevero? E o Estado que, embora no direito de privar de liberdade temporária os presos, tem o dever de protegê-los, no entanto, o que faz, joga-os numa arena para vencer quem for mais o forte.
Como a verdade sempre aparece, a Polícia Científica logo atesta que o presidiário realmente foi assassinado. E daí? Fica por isso mesmo? Para voltar a acontecer fatos idênticos a qualquer momento e em quaisquer presídios? Com a palavra as autoridades, a OAB, a instituições de direitos humanos, ou seja, que não haja omissão em apurar os fatos e punir os responsáveis.
Alvinho Patriota é Advogado há mais de 30 anos, graduado pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Foi Vereador no Município de Salgueiro por cinco mandatos consecutivos, de 1992 a 2012.
