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Notificação da Justiça a supermercados gera mal estar na equipe de Guedes

“Que coisa maluca”. Foi assim que reagiu um membro do governo sobre a decisão do Ministério da Justiça pedir explicações para os supermercadistas, em até cinco dias, sobre o aumento do preço dos itens da cesta básica.

A notificação aos empresários foi feita na quarta-feira (9) pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão subordinado a pasta do ministro André Mendonça.

De acordo com auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, não houve uma conversa preliminar com a pasta antes da medida tomada pela Senacon. A avaliação feita por alguns membros da Economia é de que ação de Mendonça pode “gerar ruídos desnecessários”, como o risco de intervenção.

Auxiliares de Guedes lembram ainda que há legislações do consumidor que exigem que os órgãos de controle estejam atentos para evitar práticas abusivas. E afirmam que a medida de pedir esclarecimentos talvez não precisasse ser feita neste momento.

Na avaliação de uma fonte, a notificação é “totalmente inútil” do ponto de vista prático. “Foi como se o Ministério da Justiça escrevesse para os supermercados: ‘me explica a lei da oferta e procura’. Seria mais fácil ter ligado para o Ministério da Economia”, disse.

Um secretário da equipe de Guedes reclamou da medida internamente e afirmou que a notificação pode sinalizar de que o governo teria a intenção de interferir nos preços.

Na noite desta quinta-feira (10), a assessoria de imprensa do Ministério da Economia informou que a Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade enviou um ofício ao ministério da Justiça com “solicitação de informações referente ao monitoramento de preços de produtos básicos.”.

Fonte: UOL