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Nota do Brasil no ranking da corrupção mundial nunca foi tão ruim

A Transparência Internacional divulgou nesta quarta-feira (21) o Índice de Percepção da Corrupção. O IPC é o indicador de corrupção mais utilizado no mundo, e o Brasil nunca recebeu uma nota tão baixa.

“Você acha que a corrupção diminuiu ou aumentou no Brasil?”, pergunta o repórter.

“Triplicou. Ficou triplicada”.

“Só tem aumentado a corrupção no Brasil”.

Essa sensação que a gente vê nas ruas foi medida em números: o IPC é um índice que registra como as pessoas percebem a corrupção no setor público.

Especialistas e executivos de empresas ouvidos por entidades mundiais analisam aspectos como propina, desvio de recursos públicos, burocracia e a capacidade dos governos de conter a corrupção. Isso tudo forma um ranking.

O Brasil nunca tinha piorado tanto: despencou 17 posições – 96º lugar entre 180 países.

A nota do Brasil caiu de 40 para 37 e qualquer nota abaixo de 50 mostra que o país está falhando na luta contra esse crime.

O Brasil ficou atrás de países como Arábia Saudita, Burkina Faso, Sri Lanka, Ruanda e Timor-Leste, e está empatado com Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e Zâmbia.

A Transparência Internacional diz que essa queda no ranking significa que a luta contra a corrupção no Brasil está perdendo terreno, pode estar em risco. Que apesar de operações como a Lava Jato, em 2017 não foram aprovadas alternativas para atacar de forma efetiva as causas da corrupção, como as dez medidas propostas pelo Ministério Público Federal.

“Faltou essencialmente uma resposta à altura do problema, uma resposta sistêmica a um problema que é sistêmico. É um problema antigo, enraizado. Que não é só do Brasil, e que nós podemos vencer, como tantas outras nações venceram”, afirma o presidente da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão. 

Para tentar ajudar nessa luta, a Transparência Internacional e a Fundação Getúlio Vargas prepararam um grande plano de combate à corrupção – mais de 80 propostas – o maior já preparado no mundo; agora, elas vão ficar em consulta pública para receber sugestões.

Fonte: Jornal Nacional