O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou neste sábado (12) que os testes da chamada “vacina de Oxford” contra a Covid-19 serão retomados porque não foi encontrada relação de causa e efeito entre a vacina e os sintomas adversos de uma voluntária.
A testagem da vacina britânica foi suspensa em todo o mundo na última terça (8), depois que uma voluntária enfrentou efeitos adversos graves. Neste sábado, o laboratório AstroZeneca anunciou a retomada geral dos testes, mas não detalhou as conclusões sobre o caso.
“O que é muito importante é que o comitê independente verificou que não há nexo causal, não foi constatado nexo causal”, declarou Barra Torres em entrevista à GloboNews.
“Então, essa informação, sem entrar em detalhes, é importante e foi ela realmente que permitiu que os estudos prosseguissem com a maior segurança. Porque não foi constatada nenhuma causalidade entre o que ocorreu e a testagem da vacina”, prosseguiu.
A Anvisa recebeu informações oficiais do governo britânico e do laboratório sobre o caso da voluntária neste sábado. Horas depois, a agência anunciou que aprovava a retomada dos testes no Brasil.
Na nota oficial divulgada, o laboratório AstraZeneca afirmou apenas que “o Comitê Independente internacional do estudo concluiu suas investigações e recomendou a retomada da vacinação nos estudos”.
A empresa não detalhou as conclusões do comitê, e nem fez referência à voluntária que teria enfrentado reações adversas graves.
Na última semana, o jornal “The New York Times” informou que a paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal. O presidente da Anvisa citou a mesma síndrome na entrevista à GloboNews.
Fonte: Bem Estar