Cerca de 200 pessoas estão desde às 7h desta sexta-feira (05) em frente à Caixa Econômica Federal de Salgueiro. O grupo reivindica a entrega das 878 casas construídas no Residencial Santo Antônio por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Muitos desses cidadãos estão desesperados porque sofrem com aluguéis atrasados, com ordem de despejo, sem ter para onde ir. Desde 2015 essas famílias deveriam estar morando no novo bairro de Salgueiro.
Em conversa com a reportagem do Blog Alvinho Patriota, a dona de casa Jussara Débora relatou a situação precária em que se encontra, aguardando a tão sonhada casa própria. “Estou com minha água cortada, porque não tenho condição de pagar nem o aluguel, quanto mais a água. Meus armários estão secos e tenho crianças pequenas passando necessidades. Não tenho mais condições de esperar”, disse.
Desempregado há dois anos, Marcos Fernando da Costa está vivenciando uma situação ainda pior. Ele disse que está com quatro meses de aluguel atrasados e foi despejado nesta sexta-feira (05) da residência no Planalto. “O dono da casa pediu as chaves hoje, nós estamos com nossas coisas no meio da rua. Tenho filhos, inclusive um deficiente. Não temos nada para comer e não temos o que fazer”, lamentou.
Nenhum representante da Caixa Econômica saiu para falar com os manifestantes, mas uma comissão foi recebida dentro da agência e foram informados que a Construtora Rocha assumiu recentemente os serviços de saneamento e vai agilizar os trabalhos. A instituição deu prazo até o próximo dia 30 para entregar as residências aos mutuários.
A manifestante Edvânia de Souza afirma que não acredita mais em prazos informados pelos órgãos envolvidos na construção das casas. “Eles disseram que iriam entregar no dia 15, não entregaram. Prometeram entregar dia 23 de dezembro, não entregaram. Até agora não entregaram e agora marcaram outra data. Vamos ver o que vão dizer, porque a gente não aguenta mais esperar”, reclamou.
Da redação do Blog Alvinho Patriota por Chico Gomes
A exploração política desse problema, está sendo maior que a necessidade da população que vive por esse dilema, a falta de compromisso das autoridades está deixando os sorteados sem alternativas e sem confiar em mais ninguém, devido a falta de uma data certa para entrarem em suas casas.
Não sei pq essa demora,e pq eles já estão ganhos na vida e não pensa nos pobres
Até q ponto vamos chegar.