Por Machado Freire
Os números apontam para uma coisa que deve ser bem refletida pelo pessoal que vai gerir (tomara) os destinos do país a partir de janeiro de 2019: o Nordeste mostrou que está do outro lado. Claro que eles conseguiram maioria nas urnas dos estados que contam com a mesma geopolítica do resto do país.
Dá até para lembrar aquela canção que diz mais ou menos assim: “imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente”. Ou deixa como está, para ver como é que fica….
O 28 de outubro mostrou isso, apesar de Ciro Gomes ter amarelado, “matando” a esperança dos nordestinos que têm a obrigação de “examinar” com muito carinho a decepção que ele nos causou, apesar dele ter todo o direito de “fazer ou deixar de fazer alguma coisa”.
Então, gostaria de imaginar que o Nordeste faz parte deste “Brasil dividido” e passa a ser uma força política com um viés de oposição ao governo que será posto a partir de janeiro próximo.
Também é interessante avaliar que o grupo vitorioso tem muito interesse de “sugerir” uma tendência religiosa (atrasada) e tudo fazer para colocá-la na pauta do dia como ideologia política, deixando de considerar o que está inserido na Constituição Cidadã do Dr. Ulisses Guimarães: “O Brasil é um pais laico”.
Colocar uma religião (ou igrejas) como uma coisa muito importante na cabeça de milhões de pessoas que votam e pagam impostos não é uma ‘mistura ” a ser recomendada.
Que essa discussão entre na pauta do dia junto com questões vitais para a o pais inteiro voltar a respirar aliviado, considerando que o importante mesmo é que a democracia tenha continuidade e seja respeitada .na forma da lei.
Temos quase quinze milhões de desempregados, um monte de obras abandonadas e uma juventude que precisa de emprego e uma educação de boa qualidade, não deixando de lembrar que a saúde precisa ser melhorada e a violência que é estratosférica e cresce todos os dias, tem que ser tratada com inteligência, até porque não é possível desarticular o crime organizado recitando alguns versículos da Bíblia Sagrada, mesmo considerando que a reza também serve para acalmar os nervos com uma certa leveza para a alma.
Outro item muito interessante para o “Brasil que queremos”, mesmo com o País dividido, é que continuemos contando com uma imprensa livre e nossa população mantenha-se bem informada, o suficiente para acreditar que lutarmos sempre contra o nefasto “fantasmas do medo” que a ditadura costuma impor, seja ela de esquerda, ou de direita: civil ou militar. “Afasta de mim este cálice, ó Pai “….
O verde e amarelo deve continuar sendo as cores do nosso pais, sem que elas sejam propriedade de uma tendência política e religiosa. Elas não são propriedade nem moeda de troca de ninguém.
O Brasil não tem dono; tem gente capaz de contribuir para o desenvolvimento e a felicidade geral da Nação!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo!
Viva a DEMOCRACIA!