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Vídeo de escrivã despida derruba corregedora da Polícia Civil de SP

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O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, destituiu nesta quinta-feira de seu cargo a corregedora-geral da Polícia Civil, Maria Inês Trefiglio Valente.

Reportagem publicada hoje na Folha revela que a divulgação do vídeo que mostra delegados da Corregedoria tirando à força a calça e a calcinha de uma escrivã durante uma revista abriu uma crise na instituição.

Segundo o texto, durante a reunião semanal do Conselho da Polícia Civil, na manhã de ontem (23), a corregedora-geral, que apoiou a ação dos quatro delegados que investigaram a escrivã, foi pressionada publicamente a deixar o cargo por 5 dos 23 delegados da cúpula da instituição.

A crise interna na Polícia Civil foi impulsionada porque a divulgação da gravação da operação policial foi destaque em todo o país. Os envolvidos foram afastados. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, após a divulgação das imagens, que o vazamento do vídeo na internet era “grave”.

De acordo com a SSP, Valente será transferida para a Delegacia Geral de Polícia Adjunta. O delegado Delio Marcos Montresor, que já trabalhava na área de processos admistrativos da Corregedoria, ocupará o cargo de corregedor-geral interinamente.

Os delegados suspeitos de abuso de autoridade foram afastados da Corregedoria pelos secretário Ferreira PInto na segunda-feira (21).

O CASO  

O caso aconteceu em junho de 2009. Ao longo dos 12 minutos do vídeo, a escrivã diz que os delegados poderiam revistá-la, mas que só retiraria a roupa para policiais femininas. Mas nenhuma investigadora da corregedoria foi até o local para acompanhar a operação.

Ao final, o delegado Eduardo Filho, uma policial militar e uma guarda civil algemam a escrivã, retiram a roupa dela e encontram quatro notas de R$ 50. A escrivã foi presa em flagrante e, após responder a processo interno, acabou sendo demitida pela Polícia Civil. No mês seguinte, seus advogados recorreram da decisão.

Fonte: Folha Online

5 comentários sobre “Vídeo de escrivã despida derruba corregedora da Polícia Civil de SP

  1. Anonimo

    A lei é clara, o artigo 249 do CPP diz: “Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência.” Assim, se considerarmos friamente a letra da lei pode haver busca em mulher se importar em retardamento ou prejuízo da diligência, mas entendo que neste caso em específico não havia o item: “prejuízo da diligência”, pelo simples fato de existirem policiais femininas no local e pela concordância da funcionária infratora, assim, a busca estaria concretizada da mesma forma. Houve erro portanto. (vamos comentar e deixar nossa opinião contra os excessos, só assim teremos uma sociedade justa!)

  2. Marcos

    Sou Policial Civil em minha cidade (em Minas Gerais), e queria ver aquele delegado (o de camisa vernelha) fazer isso com colega da minha delegacia… Esse cara foi muito homem pois infelizmente encontrou um monte de bananas (pra não usar expressão pior e que merecem os “colegas”) e deixaram uma barbaridade dessas acontecer. Me solidarizo com a Escrivã, e lamento q isso não tenha acontecido na minha delegacia, pois CERTAMENTE, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS, faria o delegadozinho engolir o distintivo e a machesa dele. ORDEM ILEGAL NÃO SE CUMPRE. Um FDP desses nunca deveria ter passado no concurso da valoroza Polícia Civil, que busca defender os interesses da sociedade e NUNCA se julga acima da Lei. Estou com vergonha do que ocorreu. Quero ver esse merda (desculpem a expressão) ser expulso da Polícia e andar na rua… o “machão” não vai durar um dia! Em nome dos Policiais Civis que agem nos ditames legais, peço desculpas a todos os que tomaram conhecimento do vídeo, e tomo a liberdade de parabenizar, lamentavelmente, a todos os que criticarem a atitude do “delegado machão”, que não duraria uma hora nas ruas. Peço desculpas também pelos policiais que coadunaram com a atitude ARBITRÁRIA, IRRACIONAL E BÁRBARA do incompetente, pois se faziam presentes e foram, no mínimo, omissos. Estou ENVERGONHADO! Sugiro à Sra ou Srta Escrivã Vanessa, que ingresse com ação cível de indenização contra o estado, apesar de que, a meu ver, mesmo sendo homem, a humilhação e o abandono (dos colegas) do que ela foi vítima, dinheiro nenhum vai pagar. Vanessa, independente da sua conduta, criminosa ou não, nada justificaria a atitude covarde daquele vagabundo com carteira de delegado.

  3. gabriel

    o governador e a autoridade maxima do estado e eu votei nele espero que ele tenha carater suficiente nao para mudar de funçao mas para expulsar estes delegados e policiais
    bandidos da policia, eles devia estar revoltados porque os 200 reais nao foi para o bolso deles e por falta pulso firme dos governadores e secretarios de segurança
    e por isso que as delegacias do estado de sao paulo estao cheias de delegados e policiais civis corruptos

  4. JEFERSON

    Isso é o Brasil… Retrato da impunidade. O delegado afastado, responde em liberdade, recebendo do estado de SP seu bom salario, ou melhor um bom salario + quem sabe bicos. Impunidade, Brasil pais da ilegalidade.

    QUE VERGONHA DE SER BRASILEIRO