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87% dos autores de ataques a escolas no mundo sofreram bullying, diz estudo

bullyO psiquiatra americano Timothy Brewerton, que tratou alguns dos estudantes sobreviventes ao massacre de 13 alunos na escola da cidade de Columbine em 1999, apresentou nesta sexta-feira, 15, no Rio, um estudo realizado pelo Serviço Secreto americano cujo resultado apontou que, nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo, de 1966 até 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying e foram movidos pelo desejo de vingança. A mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que matou 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio.

“O Bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas”, afirmou.

A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. “Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, alteração de humor, isolamento e indiferença”, disse Brewerton.

70% dos ataques aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que, por dia, naquele país, 160 mil alunos faltam ao colégio com medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais. O americano acredita que é possível prevenir os ataques e defendeu que cabe aos educadores identificar na escola as crianças com problemas mentais, que podem resultar em comportamentos violentos deste tipo. Ele afirmou que muitas vezes um transtorno mental não identificado pelos pais causa a falta de comunicação com os colegas, o isolamento social e, algumas vezes, o bullying. “Os problemas psicológicos associados com violência, como a esquizofrenia e o distúrbio bipolar, se manifestam pela primeira vez na infância. Este é o momento de interferir e tratar. Mais adiante esta atitude vai fazer uma imensa diferença no processo de crescimento desta pessoa”, disse.

Ele deu uma palestras para psiquiatras da Santa Casa do Rio e alertou que as crianças são mais vulneráveis aos traumas psicológicos e podem desenvolver o transtorno de estresse pós-traumático, depois de presenciar eventos violentos, como o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio. “Elas passam a generalizar e pensar que o mundo é apenas um lugar perigoso e que a escola não é segura”, afirmou. Segundo ele, o transtorno aparece dois meses depois do trauma sofrido pelo paciente e os sintomas vão do isolamento social até o desenvolvimento de distúrbios físicos e mentais.

Brewerton recomendou paciência aos pais. “Se as crianças querem dormir com a luz acessa, os pais devem deixar até que elas não necessitem mais. Nos primeiros dias de escola, os pais devem acompanhar as crianças e, se possível, até ficar com elas durante a aula. Apenas se o medo persistir, os pais devem procurar ajuda profissional”, recomendou. O psiquiatra disse que a boa notícia é que geralmente as crianças são mais fáceis de tratar do que os adultos, pois não possuem outros traumas no passado.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Adolescente vítima de bullying mata colega a facadas no Piauí

Um adolescente que se disse vítima de bullying matou um colega com golpes de faca no interior do Piauí. O caso ocorreu na quarta-feira (13) na zona rural da cidade de Corrente, no extremo sul do Estado.

Segundo o delegado Fabrício Gois, o adolescente de 14 anos que cometeu o assassinato disse à polícia que era “agredido quase todos os dias física e verbalmente”. O menino era mais baixo e mais fraco do que o que morreu, que tinha 15 anos.

De acordo com Gois, o ataque ocorreu no pátio da escola, quando os alunos esperavam pelo ônibus. Ao ser hostilizado, o adolescente partiu para cima do colega, desferindo um golpe na virilha e outro no pescoço. O corte atingiu a veia jugular e a vítima morreu praticamente na hora.

O adolescente, que está apreendido em Carreira até o fim das investigações, disse à polícia que sua intenção não era matar o colega, mas “só dar um susto para ver se ele parava com aquilo”.

O delegado contou que o jovem disse portar a faca para poder apontar seu lápis. Gois disse que a arma foi modificada e aparenta ser um punhal.

Fonte: Folha Online

Justiça britânica dá R$ 231 mil a brasileira chamada por colegas de Bob Esponja

titlephotoUma brasileira ridicularizada no trabalho e apelidada pelos colegas de Bob Esponja por causa de seu sotaque ganhou na Justiça britânica uma indenização de quase 142 mil libras (cerca de R$ 231 mil). Lícia Faithful, de 31 anos, disse ter sofrido com depressão e estresse pós-traumático após 18 meses sofrendo discriminação racial na empresa de seguros médicos onde trabalhava, na cidade de Royal Tunbridge Wells, no sul da Grã-Bretanha.

Segundo seu relato à Justiça trabalhista, colegas gravavam sua voz e tocavam as gravações para ela, debochando de seu sotaque.

Eles se referiam a ela como Bob Esponja, personagem de desenho animado conhecido pela voz aguda e anasalada.

Segundo Faithful, um colega chegou a perguntar a ela se ela cheirava cocaína, por causa de sua origem sul-americana.

Em uma viagem de ônibus da empresa, na qual ela era a única não-britânica, um colega teria feito uma referência aos “malditos estrangeiros”.

A brasileira reclamou ainda que os colegas tiravam e escondiam as bandeiras brasileiras que mantinha em sua mesa e pediram a ela que não usasse uma blusa com a bandeira brasileira.

Bônus

Faithful, que ganhava um salário anual de 17.765 libras (R$ 28.870), também disse ter sido discriminada pelos chefes na distribuição de bônus na empresa.

Ela acabou deixando a empresa em 2008, sofrendo com depressão, estresse pós-traumático e agorafobia (medo de espaços abertos ou situações sociais fora de controle).

Segundo a juíza Gill Sage, do Tribunal do Trabalho de Ashford, no condado de Kent, a brasileira sofreu “o mais sério caso de discriminação” e foi tratada “menos favoravelmente por uma questão racial”.

Para a juíza, Faithful enfrentou um ambiente de trabalho “hostil e degradante” numa empresa que não a apoiava. Segundo Sage, havia “evidências substanciais” de que colegas a ridicularizavam.

Um comunicado da empresa Axa PPP Healthcare, divulgado após a decisão da Justiça, afirma que a companhia lamentava o desfecho do caso e estava estudando maneiras de melhorar o tratamento de seus empregados.

“O tratamento de nossos empregados com justiça é muito importante para nós e estamos trabalhando duro para criar uma cultura de trabalho positiva e apoiadora, na qual os empregados desfrutem de seu ambiente de trabalho e sintam que podem dar o seu melhor em servir nossos clientes”, afirma o comunicado da empresa.

Fonte: BBC Brasil

Bullying, o mal que pode levar a morte

bullyDiversos fatores podem levar uma criança ou adolescente à depressão, um deles é o bullying, caracterizado por provocações e humilhações freqüentes por parte de um ou mais alunos direcionadas para um único aluno, geralmente o estudante mais vulnerável da classe, escolhido como o “joão bobo” de todos. O bullying tem tido destaque nas manchetes dos jornais de todo o mundo, em casos de jovens que se matam por causa das provações e humilhações ou até mesmo aqueles que antes de suicidarem matam quem os humilhou.

As brincadeiras de mau gosto fazem parte do dia-a-dia da maioria das escolas brasileiras, inclusive das de Salgueiro. Geralmente acontecem na hora do recreio ou mesmo dentro da sala de aula quando professor sai para entrar outro. Os provocadores utilizam como pretexto para tirar sarro dos mais fracos, o simples fato do colega de classe ser magrinho, gordinho, alto, baixo negro ou branco demais. Para os que humilham aquilo só significa uma brincadeira passageira, mas para os humilhados as marcas podem durar eternamente e resultar em suicídios.

Está na hora do bullying ser tratado pelas autoridades como um crime, com penas comunitárias para os menores de idade e detenção para os maiores de idade. Se isto persistir sendo ignorado, sem uma atitude eficaz, a sociedade pode ficar repleta de pessoas com medo de sair nas ruas ou com desejo incontido de se matar. Bullying não é brincadeira, denuncie. (Artigo de cunho editorial)

Assista ao filme Bullying – Provocações sem limites

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Escolas devem incluir no projeto pedagógico medidas de prevenção ao Bullying

veraEste ano, professores e alunos terão que ficar atentos à nova lei, assinada pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos no fim do mês passado. As escolas públicas e particulares da Educação Básica do Estado deverão incluir, no projeto pedagógico, medidas de prevenção, conscientização, diagnóstico e combate ao Bullying, ou seja, a qualquer agressão física, verbal ou psicológica praticada repetidas vezes por um ou mais alunos contra colegas.

As escolas serão orientadas quanto aos procedimentos a serem tomados em relação a esse tipo de agressão. “As instituições da Rede Pública já vem tendo um trabalho de orientação. Para 2010, está prevista uma pauta de orientação pedagógica no inicio de fevereiro”, explica a assessora da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, Vera Capucho.

De acordo com a assessora, o Bullying pode acarretar à vítima uma diminuição do rendimento escolar, causando transtorno psicológico, além de sequelas em outras etapas da vida. “É importante promover o diálogo entre estudante, professores e família. É preciso trabalhar na ampliação da escuta do aluno como uma das maneiras de combate a esse fenômeno”, avalia Vera Capucho.

Fonte: PE 360

Estudantes querem punição para os praticantes de bullying, revela pesquisa

agressaoNesta segunda-feira (28), o jornal Diario de Pernambuco divulgou pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, em parceria com a Confraria da Educação, sobre a prática do bulliyng, termo inglês usado para caracterizar agressões físicas e psicológicas entre alunos.

Intitulada “Bullying: prática disseminada e conhecida”, a pesquisa foi realizada com 1.198 estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os dados mostram que 50% informaram saber o que é bullying. Desses, 45,1% conhecem alguém que já foi vítima do abuso. Daqueles que conheciam vítimas de bullying, a maioria apontou a agressão psicológica como a mais comum, ocorrendo em 63,6% dos casos. Já a agressão física, foi lembrada em 27,1% do total e ficou em segundo lugar seguida por furto, com 6,7% dos casos citados. 89,2% dos entrevistados afirmaram que o agressor deve sofrer alguma pena. Clique aqui para ter acesso a pesquisa completa.

Fonte: Instituto Maurício de Nassau