Ministério Público pede interdição do Matadouro Público de Arcoverde

Argumentando risco para a vida das pessoas, com base em relatório da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), o Ministério Público recomendou que a Secretaria Municipal de Saúde e a Vigilância Sanitária interditem emergencialmente o Matadouro Público de Arcoverde.

Para o órgão fiscalizador, as irregularidades constatadas pela Adagro violam a legislação vigente, comprometendo qualquer tentativa de colocar em funcionamento o abatedouro público. Dessa forma, o abate deve ser transferido para um local mais adequado.

A Secretaria de Saúde e a Vigilância Sanitária também devem explicar aos proprietários de animais, comerciantes e à população em geral os motivos da proibição de funcionamento do local, além de fazer fiscalização contínua e eficaz, visando prevenir e reprimir a comercialização de carne imprópria para o consumo.

O Ministério Público deu prazo de 15 dias úteis para o encaminhamento de um relatório com todas as providências tomadas pelos órgãos envolvidos. Medidas judiciais e legais podem ser adotadas em caso de descumprimento.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

MEC lança Base Comum de Formação de Professores da Educação Básica

A formação de professores deverá ser mais voltada para a prática e orientada por competências, conforme propostas incluídas na Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica, apresentada ontem (13) pelo Ministério da Educação (MEC). A base deverá orientar a formação de professores em licenciaturas e cursos de pedagogia em todas as faculdades, universidades e instituições públicas e particulares de ensino do país.

O documento inclui ainda propostas para ingresso na carreira docente; o estágio probatório; a formação continuada e a progressão ao longo da carreira.

De acordo com a base, desde o primeiro semestre, os futuros professores deverão ter atividades práticas em uma escola pelo menos uma vez por semana. Cada faculdade ou instituição de ensino deverá ser associada a uma ou mais escolas de educação básica.

O modelo é inspirado na residência médica e na de outros profissionais da saúde. A residência pedagógica inclui supervisão por um professor do curso superior de formação e apoio permanente de profissionais experientes da escola ou do ambiente de aprendizagem no qual se realiza a residência.

Além de atividades práticas, os residentes terão que observar, analisar e propor intervenções na escola. A residência deverá ainda ser regulamentada por normas próprias.

Competências

A base sugere também que o aprendizado dos professores seja orientado por competências. Segundo o MEC, uma competência é um conjunto de domínios. “Não basta que o professor tenha o saber conceitual ou a capacidade transmissiva, ele precisa desenvolver o domínio relacional, a habilidade de conviver na diversidade das situações de sala de aula e estar comprometido com o seu fazer profissional”, diz o texto.

Os futuros professores deverão ser formados com base em 10 competências gerais, entre as quais, “compreender e utilizar conhecimento historicamente construídos para poder ensinar a realidade com engajamento na aprendizagem do aluno e na sua própria aprendizagem, colaborando para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva” e “pesquisar, investigar, refletir, realizar análise crítica, usar a criatividade e soluções tecnológicas para selecionar, organizar com clareza e planejar práticas pedagógicas desafiadoras, coerentes e significativas”.  

Além das competências gerais, o documento menciona quatro competências específicas para serem desenvolvidas em cada uma das seguintes imensões: conhecimento profissional, prática profissional e engajamento profissional.

Fonte: Agência Brasil

AI-5 completa 50 anos à véspera de outro presidente militar tomar posse

O AI-5 (Ato Institucional nº5) completou 50 anos nesta 5ª feira (13.dez.2018). Em 1968, o Conselho de Segurança Nacional aprovou a norma que deu início ao período mais duro da ditadura militar brasileira –considerado 1 “golpe dentro do golpe”. Apenas 3 integrantes do conselho se opuseram.

A partir da divulgação e edição do ato pelo então presidente, Costa e Silva, o Congresso Nacional ficou fechado por 10 meses, mandatos de políticos foram cassados e direitos políticos foram suspensos por 10 anos. Houve o fim do direito de habeas corpus por ilicitudes políticas. Estados e municípios poderiam, a partir daquele momento, sofrer intervenções militares diretas.

O governo decidiu anunciar, em cadeia nacional, a promulgação do ato via rádio 1 dia antes de sua instituição –em 13 de dezembro de 1968.

Ao todo, 98 deputados e 5 senadores foram cassados. Na véspera da aprovação do ato, o Congresso negou pedido das Forças Armadas para abrir processo contra o deputado Márcio Moreira Alves, que havia feito críticas diretas aos militares –o que desagradou o alto escalão do governo.

O discurso do então congressista é apontado como motivo para o endurecimento do regime.

Importantes nomes como Pedro Aleixo (então vice-presidente), Delfim Netto (Fazenda), Jarbas Passarinho (Trabalho), Magalhães Pinto (Relações Exteriores) e Orlando Geisel (chefe do Estado Maior das Forças Armadas) foram alguns dos 24 integrantes presentes na reunião que decidiu instituir o ato.

Participantes do conselho disseram que a aprovação do ato era a prova viva de que se iniciara uma ditadura. O presidente Costa e Silva e 16 ministros assinaram a ata.

O ato também marcou 1 dos momentos em que jovens e estudantes mais se movimentaram para exigir direitos. Os protestos eram, na maior parte das vezes, organizados por movimentos estudantis.

Ao mesmo tempo em que a oposição à ditadura aumentava, o governo planejava meios mais avançados e punições mais severas àqueles que participassem de atos contra a gestão militar.

Para figuras políticas, o AI-5 também não abria brechas.

O ato, que vigorou por 10 anos, proibia qualquer tipo de reunião para discussão de assuntos políticos. Era necessário ter autorização prévia da polícia caso houvesse interesse em realizar encontros com esse fim. 

O então presidente da República, Costa e Silva, tinha o direito, a partir da instituição do ato, de destituir qualquer funcionário público.

Fiscais e censores foram inseridos na rotina da imprensa, principalmente de grandes veículos, como Última Hora, Tribuna da Imprensa Correio da Manhã.

A presença dos censores causava demora na liberação das reportagens. Com isso, jornais perdiam leitores, empresas anunciantes e campanhas publicitárias. Foi 1 reflexo da mudança –forçada– do que era o jornalismo.

O ato veio em 1 momento em que ocorriam greves operárias e sindicais, organização de grupos armados –em sua maioria, clandestinos– e a união de estudantes contra a situação.

Alunos da USP (Universidade de São Paulo) e do Mackenzie decretaram greve. Mais de 700 estudantes ligados à UNE (União Nacional dos Estudantes) foram presos por agentes do Dops (Departamento de Ordem Política e Social).

Com o AI-5, o governo intensificou o uso do Dops como 1 local de repressão. O CIE (Centro de Informações do Exército) foi criado para recolher a maior quantidade de dados possíveis sobre pessoas que se opunham ao governo.

Teve início a a Operação Bandeirantes, centro de informações criado pelo 2º Exército em São Paulo com o apoio de empresários. Reunia militares e policiais na busca por informações sobre grupos opositores ao regime. Notabilizou-se por ações violentas, interrogatórios e torturas, às vezes com mortes dos suspeitos.

Em 1970, começaram a funcionar os Codi (Centros de Operação e Defesa Interna) e os DOIs (Destacamentos de Operação Interna). A partir da criação desses órgãos, foi registrada a maioria dos desaparecimentos de opositores da ditadura. Os locais são conhecidos como “máquina de matar”.

Um dos nomes de destaque entre os torturadores à época é o de Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou a unidade de São Paulo. Estima-se que de setembro de 1970 a janeiro de 1974 mais de 2 mil presos tenham passado pelo DOI do militar.

Ustra foi condenado em 2008 pelo crime de tortura e morreu em 2015, aos 83 anos. Em 2016, foi exaltado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (à época no PP) durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT).

O AI-5 teve fim em outubro 1978.

A estimativa é de que cerca de 20 mil brasileiros tenham sido vítimas de tortura durante todo o regime militar (1964-1985).

Fonte: Poder 360

Polícia Civil intercepta plano de milicianos para executar o deputado Marcelo Freixo

Um policial militar e dois comerciantes foram citados num relatório confidencial da Polícia Civil como suspeitos de envolvimento num novo plano para executar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Os três homens são ligados a um grupo de milicianos da Zona Oeste, investigado pela Divisão de Homicídios (DH) pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.

O assassinato de Freixo, segundo o documento, aconteceria durante uma agenda programada pelo parlamentar para o próximo sábado em Campo Grande. Freixo encontraria com militantes e professores da rede particular de ensino, no sindicato da categoria. Os detalhes da atividade do parlamentar foram divulgados nas redes sociais e eram públicos.

Segundo o documento da Inteligência da polícia do Rio, ao qual O GLOBO teve acesso, os três nomes citados já eram investigados por um suposto vínculo em grupos paramilitares da Zona Oeste há pelo menos cinco anos. Também aparecem no controle de operações ilegais da máfia dos caça-níqueis e do jogo do bicho.

Um dos citados chegou a trabalhar como assessor e cabo eleitoral de um político investigado sob a suspeita de chefiar uma milícia naquela região.  Uma das linhas investigadas pela DH para chegar aos responsáveis pela morte de Marielle e Anderson, aponta o envolvimento de políticos e grupos paramilitares da região nos crimes. 

O relatório foi elaborado nesta quarta-feira e difundido para vários outros setores de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio. Receberam cópias policiais civis, militares e agentes da contrainteligência da Subsecretaria de Inteligência da pasta. O documento identificou os envolvidos e anexou fotografias de todos eles.

Promotores do Ministério Público estadual, que acompanham as investigações do caso Marielle,  também tiveram acesso ao relatório.

Marcelo Freixo revelou que cancelou sua agenda marcada para sábado assim que tomou conhecimento do relatório e das ameaças. A bancada nacional do Psol disse que irá procurar Rodrigo Maia e Sérgio Moro para garantir segurança de Freixo em Brasília.

Fonte: O Globo

Mulher que acusava João de Deus de estupro comete suicídio

Sabrina Bittencourt, ativista social pelos direitos humanos, afirmou que uma das mulheres que relatou abuso de João de Deus se matou na quarta-feira, 12. A mulher se desesperou quando viu o médium retornar às funções na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

“A família da vítima nunca acreditou nos relatos de abuso”, disse Sabrina para a coluna de Mônica Bergamo, “São todos seguidores do médium”.

Sabrina Bittencourt, ativista social pelos direitos humanos, afirmou que uma das mulheres que relatou abuso de João de Deus se matou na quarta-feira, 12. A mulher se desesperou quando viu o médium retornar às funções na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

“A família da vítima nunca acreditou nos relatos de abuso”, disse Sabrina para a coluna de Mônica Bergamo, “São todos seguidores do médium”.

Fonte: Catraca Livre

Fux manda prender Cesare Battisti e abre caminho para extradição do italiano

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (13) a prisão de Cesare Battistipara que ele possa ser extraditado para a Itália.

Na decisão, o ministro Luiz Fux autoriza que Cesare Battisti seja preso pela Interpol imediatamente, ou seja, pela Polícia Federal, que representa a Interpol no Brasil.

O italiano foi condenado por quatro homicídios na Itália na década de 1970. Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, em 2010, o STF julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o então presidente Lula negou a extradição em seu último dia de mandato.

No ano passado, a Itália pediu que o governo Michel Temer revisasse a decisão que vetou a extradição.

Diante do risco de uma reviravolta, a defesa de Battisti solicitou ao Supremo um habeas corpus preventivo para que ele não fosse extraditado. Atualmente, Battisti vive numa cidade no litoral paulista.

O relator, ministro Luiz Fux, concedeu a liminar, ou seja, uma decisão provisória, em outubro do ano passado. Essa medida garantia que Battisti não fosse expulso, extraditado ou deportado até um novo posicionamento do STF.

Nesta quinta-feira, Fux revogou essa liminar. Disse que cabe ao presidente extraditar ou não porque as decisões políticas não competem ao Judiciário.

Além disso, segudo Fux, a Interpol pediu a prisão de Battisti pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, o que permitirá o “reexame da conveniência e oportunidade de sua permanência no país”.

Fonte: G1