A Comissão de Ética Pública da Presidência informou nesta segunda-feira (26) que o ministro da Educação, Mendonça Filho, terá dez dias para prestar esclarecimentos em processo que apura se ele cometeu abuso de autoridade no exercício do poder.
A TV Globo procurou a assessoria de imprensa do ministro e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
O processo foi aberto após denúncia do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) José Geraldo de Sousa Junior. Ele alega que o ministro teve conduta irregular ao ameaçar “o livre exercício da docência pelo professor titular do Instituto de Ciência da Universidade de Brasília, Luis Felipe Miguel”.
O professor é o orientador da disciplina sobre “o golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, que a UnB oferecerá a partir de março.
Após a divulgação de que a universidade ofereceria a disciplina, na semana passada, o ministro Mendonça Filho informou em seu perfil no Twitter que solicitou à Advocacia-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal apuração de improbidade administrativa por parte dos responsáveis pela criação da disciplina na UNB.
“Por fazer proselitismo político e ideológico de uma corrente política usando uma instituição pública de ensino”, escreveu o ministro na ocasião.
Ele lamentou que “uma instituição respeitada e importante como a UNB faça uso do espaço público para promoção de militância político-partidária ao criar este curso”.
Fonte: G1