Padre do Santuário de Aparecida alfineta Temer por ausência em celebração

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no município de Aparecida (SP), recebeu cerca de 200 mil visitantes para as celebrações em nome da padroeira do Brasil neste feriado (12). O número supera em 30 mil a estimativa inicial de público. E isso mesmo com o flagrante de uma importante ausência: a do presidente Michel Temer.

“Nós o convidamos, mas não é tradição. Se eu fosse presidente do Brasil, viria. De repente, a assessoria [do presidente] não se atentou”, alfinetou o padre João Batista de Almeida, reitor do Santuário Nacional de Aparecida , em conversa com jornalistas durante a cerimônia desta quinta-feira.

“A igreja está sempre de portas abertas a todos, são sempre bem-vindos. Mas não é tradição a presença de autoridades, a não ser Alckmin, que já vinha desde antes”, disse o padre, destacando a presença do governador de São Paulo e possível candidato a presidente em 2018.

Geraldo Alckmin (PSDB) disse que rezou pelos doentes, pelos que sofrem e pelo seu filho Thomaz Rodrigues Alckmin, que morreu em abril de 2015 em uma queda de helicóptero. “É sempre uma emoção renovada, nossa senhora, padroeira do nosso país, a mãe nunca abandona, é amor, sempre está presente. É uma grande alegria”.

O governador falou ainda que a sua presença na festa da santa padroeira do país não tem ligação com a política. “Não misturo política e religião. Se amanhã eu não for candidato a nada e não tiver nenhum cargo, continuarei vindo aqui na basílica, como faço há décadas.”

A celebração do feriado neste ano comemora os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Milhares de romeiros foram de cidades próximas caminhando pelo acostamento da Rodovia Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, mesmo sob forte calor. A temperatura média registrada na cidade é  32ºC. Dentro do santuário, foram feitos 388 atendimentos médicos até as 14h, nenhum caso grave.

Fonte: Último Segundo

Dirigente da ONU lamenta saída dos Estados Unidos da Unesco

Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (12), a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, lamentou a retirada dos Estados Unidos da entidade.

Ela reafirmou a missão universal da Unesco e manifestou pesar pela saída do país, lembrando que é também uma perda para o multilateralismo. Os EUA suspenderam as contribuições para a Unesco em 2011.

Leia a nota:

“Após receber notificação oficial do secretário de Estado dos Estados Unidos, sr. Rex Tillerson, como diretora-geral, gostaria de expressar meu profundo pesar com a decisão dos Estados Unidos da América de se retirar da UNESCO.

A universalidade é crucial para a missão da UNESCO de fortalecer a paz e a segurança internacional, diante do ódio e da violência, para defender os direitos humanos e a dignidade.

Em 2011, quando o pagamento das contribuições do Estado-membro foi suspenso na 36ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, eu disse que estava convencida de que a UNESCO nunca foi tão importante para os Estados Unidos, ou os Estados Unidos para UNESCO.

Isso é ainda mais verdadeiro hoje, quando o aumento da violência extremista e do terrorismo pede novas respostas de longo prazo para a paz e a segurança, para combater o racismo e o antissemitismo, e lutar contra a ignorância e a discriinação.

Eu acredito que o trabalho da UNESCO para fazer avançar a alfabetização e a educação de qualidade é compartilhado pelo povo norte-americano.

Eu acredito que as ações da UNESCO para utilizar as novas tecnologias em favor da melhoria da aprendizagem são compartilhadas pelo povo norte-americano.

Eu acredito que as ações da UNESCO para aprimorar a cooperação científica, para a sustentabilidade dos oceanos, são compartilhadas pelo povo norte-americano.

Eu acredito que as ações da UNESCO para promover a liberdade de expressão e defender a segurança de jornalistas são compartilhadas pelo povo norte-americano.

Eu acredito que as ações da UNESCO para empoderar meninas e mulheres como realizadoras de mudanças e construtoras da paz são compartilhadas pelo povo norte-americano.

Eu acredito que as ações da UNESCO para reforçar sociedades que enfrentam emergências, desastres e conflitos são compartilhadas pelo povo norte-americano.

Apesar da retenção de fundos, desde 2011, nós aprofundamos a parceria entre os Estados Unidos e a UNESCO, a qual nunca foi tão significativa.

Juntos, nós trabalhamos para proteger o patrimônio cultural da humanidade compartilhado, que enfrentou ataques terroristas, e para prevenir a violência extremista, por meio da educação e da alfabetização midiática. (clique aqui para ler na íntegra)