Prisão após condenação em segunda instância recebe elogios

A decisão de quarta-feira (5) do Supremo Tribunal Federal que determinou que condenados em segunda instância passem a cumprir a pena mesmo que recorram foi elogiada por juízes e procuradores.

A decisão do Supremo pode levar para a cadeia mais de três mil condenados, de acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas.

O Supremo confirmou o entendimento de fevereiro, quando permitiu pela primeira vez que uma pena comece a ser cumprida logo depois da condenação em segunda instância.

“Era frustrante nós sentenciarmos, condenarmos e a nossa sentença não ser efetivada. Havia uma sensação de impotência diante da criminalidade, principalmente da criminalidade organizada no Brasil”, disse Roberto Veloso, Associação de Juízes Federais do Brasil.

Foi o que aconteceu com o ex-senador Luís Estevão, que acabou sendo preso depois de recorrer 35 vezes durante 16 anos.

A condenação de segunda instância acontece quando um Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal confirma a sentença de um juiz de primeira instância. 

A decisão de quarta-feira (5) vale para qualquer pessoa que tenha condenação confirmada em segunda instância. Pode atingir tanto quem cometeu um crime de roubo ou homicídio quanto os condenados em grandes investigações, como a operação Lava Jato.

A partir de agora, todos os juízes devem seguir a decisão do Supremo.

“Tem eficácia vinculante para todos os tribunais do país, é essa a lógica do sistema e é assim que deve ser. Na vida civilizada, as pessoas às vezes renunciam um pouco as próprias convicções e ao próprio individualismo para se curvarem a vontade majoritária que institucional e legitimamente se formou. Eu acho que é o que deve acontecer aqui”, disse o ministro do STF Luís Roberto Barroso.

Apesar da decisão do Supremo ter efeito vinculante, os juízes têm autonomia para analisar os detalhes do processo. Podem entender que a situação é diferente, por exemplo, em crimes sem gravidade.

A OAB disse em nota que a decisão do Supremo impõe aos tribunais superiores a devida celeridade processual e a prioridade absoluta no julgamento de habeas corpus e recursos, a fim de evitar o prolongamento de prisões injustas.

A Associação dos Delegados da Polícia Federal disse que a decisão vai dar mais força a investigações, como a Lava Jato.

“Fortalece a operação Lava Jato, fortalece todas as operações policiais, fortalece a promoção da justiça e fortalece o fim da sensação da impunidade”, disse Carlos Sobral, presidente da Associação de Delegados da PF.

Em Curitiba, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, disse, em nota, que o Supremo decidiu “com respeito à minoria vencida, que não somos uma sociedade de castas e que mesmo crimes cometidos por poderosos encontrarão uma resposta na justiça criminal. Somos uma democracia, afinal”.

O procurador da Lava Jato, Carlos Fernando Lima, considerou a decisão uma das mais importantes dos últimos anos.

“Ela auxilia de sobremaneira porque torna o crime uma atividade de risco. Antigamente no Brasil o crime não era uma atividade de risco. Você podia cometer o crime, depois você receberia algum benefício e, no final, não seria preso”, comentou o procurador Carlos Fernando Lima.

Na Câmara, o relator da comissão que discute as medidas contra a corrupção também elogiou a decisão.

“Muitas pessoas fugiram, muitos crimes prescreveram, a impunidade se fixou no Brasil. E esse é o grande problema nosso como sociedade. Agora não”, disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Com. contra a corrupção – Câmara.

Fonte: Jornal Nacional

FMI alerta para crescimento da dívida pública do Brasil e prevê superávit apenas em 2020

A dívida pública brasileira deve continuar a crescer, alerta o relatório Monitor Fiscal divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). No documento, que apresenta projeções sobre as contas públicas dos países, a estimativa para o Brasil não é animadora, já que há previsão de que o endividamento público do país avance e chegue a 93% do produto interno bruto (PIB) em 2021. Antes disso, em 2020, o fundo prevê que pela primeira vez desde 2013 as contas do Governo fecharão positivamente, com superávit primário de 0,3% do PIB.

Previdência
De acordo com o relatório, além da Recessão no Brasil, um dos principais responsáveis pelo crescimento da dívida pública é o sistema previdenciário, já que o envelhecimento da população acarreta um aumento na concessão de aposentadorias e benefícios pelo governo. Ciente dessa questão, o Planalto já vem estudando maneiras de colocar em prática sua reforma da Previdência, medida referendada pelo FMI, que não apenas reconhece a necessidade da pauta como também recomendou ao governo que incluísse no projeto a desvinculação das aposentadorias ao salário mínimo. No modelo atual, o governo é obrigado a repassar o aumento do salário mínimo aos aposentados, correção que é feita anualmente.

Fonte: Blasting News

TCU define processos de pedaladas e deve condenar Dilma e Mantega

dilmaroussefO Tribunal de Contas da União (TCU) reprovou na quarta-feira (5) as contas do governo de Dilma Rousseff no ano de 2015.

Múcio argumentou também que o Banco Central foi omisso em não registrar os passivos da União nas estatísticas fiscais. O parecerrelativo ao ano anterior ainda não foi apreciado pelos congressistas, assim como os referentes aos governos de outros ex-presidentes.

Sobre a defesa apresentada pela ex-presidente Dilma, o relator José Múcio Monteiro afirmou que o problema estava na frequência do endividamento.

A manobra consistiu em represamentos de repasses do Tesouro aos bancos oficiais. O TCU entendeu que em 2015 essas manobras ocorreram não só no Banco do Brasil, mas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Múcio também é o relator do processo sobre as contas de 2015. Mas nesse processo original das pedaladas, Dilma não era investigada. O voto do ministro doTCU foi antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 28 de setembro. Entre os investigados está o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy.

Fonte: Central Box

Segundo turno: Datafolha aponta Crivella com 44% e Freixo com 27% no Rio

O candidato Marcelo Crivella (PRB) lidera a corrida para a prefeitura do Rio, segundo a primeira pesquisa do Instituto Datafolha para o segundo turno. Levantamento realizado na quarta-feira, 5, apontou que Crivella tem 44% das intenções de voto. Marcelo Freixo (PSOL) está com 27%.

A margem de erro é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança da pesquisa é de 95%. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o Datafolha, 18% dos entrevistados declararam que irão votar em branco ou nulo no segundo turno. Outros 10% não souberam ou não quiseram responder. Se forem considerados apenas os votos válidos, Marcelo Crivella tem 62% das intenções de voto, enquanto Marcelo Freixo está com 38%. O Datafolha ouviu 1.151 eleitores. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo RJ-03497/2016. 

Crivella foi para o segundo turno com a maior votação entre os candidatos. Ele recebeu 842.201 votos (27,78% dos votos válidos). Freixo, por sua vez, obteve 553.424 (18,26%). O candidato do PSOL já obteve apoios do PCdoB, do PT, do PSTU e da Rede para a o segundo turno. Já o representante do PRB tenta conquistar o apoio do PSD. O PMDB e o PSDB anunciaram que ficarão neutros.

Fonte: Agência Estado

Em sessão tumultuada, comissão aprova a PEC do teto de gastos

A comissão especial criada na Câmara para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos aprovou na noite desta quinta-feira (6) o projeto e rejeitou as propostas de alterações ao texto apresentados pela oposição.

A PEC agora será submetida à votação no plenário principal da Casa, provavelmente, na próxima segunda-feira (10).

Para virar lei, a proposta do governo federal terá de ser aprovada em dois turnos na Câmara e no Senado e receber, no mínimo, 308 votos de deputados e 49 de senadores.

Tratada pelo Palácio do Planalto como prioridade para reequilibrar as contas públicas, a PEC do teto de gastos limita pelas próximas duas décadas o aumento das despesas do governo federal à inflação do ano anterior.

No entanto, o projeto estabelece que, a partir do décimo ano, o governo poderá apresentar outra base de cálculo, podendo desvincular o crescimento das despesas da inflação.

A sessão que aprovou a PEC foi marcada por tumultos com manifestantes que foram ao Legislativo protestar contra a proposta do governo Michel Temer. Além disso, houve troca de ofensas entre deputados governistas e manifestantes.

Fonte: G1