Bancos terão de substituir na hora notas falsas sacadas por clientes

A partir das próximas semanas, os bancos terão de substituir imediatamente notas falsas eventualmente sacadas nos caixas eletrônicos ou convencionais. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a obrigatoriedade para a troca de cédulas, desde que o cliente comprove a retirada na instituição financeira.

Até agora, os bancos costumavam substituir as cédulas, mas o prazo de troca dependia da relação da instituição com o cliente e não era regulamentado pelo governo. De acordo com Marcelo Cota, técnico do Banco Central (BC), a possibilidade de falsários que queiram aproveitar-se da brecha para trocar cédulas é reduzida porque os bancos têm meios para verificar se o cliente está cometendo fraudes.

A exigência vale apenas para notas sacadas nos caixas eletrônicos ou presenciais. No caso de notas falsas recebidas no comércio, o técnico do BC esclareceu que o cliente não tem direito ao ressarcimento e é obrigado, pela legislação, a levar a cédula a qualquer agência para que o banco retenha a nota e a envie ao Banco Central.

Fonte: EBC

PF indicia presidente do Bradesco e mais 9 na Operação Zelotes

A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas em um inquérito na Operação Zelotes pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em nota, a assessoria de imprensa do Bradesco informou que o banco e seus executivos não participaram e não contrataram os serviços do grupo investigado na Zelotes e que irá “apresentar seus argumentos juridicamente por meio do seu corpo de advogados”.

No início da noite, o Bradesco divulgou um comunicado ao mercado financeiro no qual afirma que o indiciamento “toma de surpresa” o banco, pois os executivos foram ouvidos no inquérito como testemunhas.

O inquérito foi concluído na última semana e enviado para análise do Ministério Público Federal no Distrito Federal. A Procuradoria da República no Distrito Federal confirmou que recebeu o relatório e que, a partir de agora, vai analisar os elementos apontados no documento para decidir se apresentará denúncia à Justiça Federal denúncia contra os indiciados.

O inquérito que apurou a participação de executivos do banco em fraudes nas decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), da Receita Federal, foi concluído na última semana.

O Bradesco é investigado na Zelotes desde o ano passado por ter contratado o grupo que, segundo as investigações, pagava propina em troca de decisões favoráveis no Carf – onde são julgadas as multas da Receita a empresas e contribuintes. O Carf é uma espécie de tribunal administrativo responsável por julgar os recursos contra essas multas.

Fonte: G1

Waldir Maranhão faz consulta para beneficiar Eduardo Cunha

O presidente interino da Câmara fez nesta terça-feira (31) uma consulta à Comissão de Constituição e Justiça que pode acabar beneficiando Eduardo Cunha no julgamento sobre quebra de decoro.

No Conselho de Ética, o relator do processo mais longo da história da Câmara concluiu o trabalho.

Na hora marcada para receber o relatório final do processo contra Eduardo Cunha , o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo, foi notificado sobre cinco pedidosde investigação contra ele próprio. Araújo afirmou que era mais uma manobra de Cunha.

“Não vamos ficar intimidados pelas manobras do senhor Eduardo Cunha”, disse o presidente do Conselho de Ética.

Só depois, Araújo recebeu o relatório de 84 páginas do deputado Marcos Rogério, do Democratas. O relator disse que respeitou a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão , e concentrou seu parecer na análise da denúncia de que Eduardo Cunha mentiu na CPI da Petrobras, quando negou ter contas no exterior.

Marcos Rogério não antecipou a conclusão do parecer, mas tudo indica que ele pedirá a cassação de Cunha.

Marcos Rogério não antecipou a conclusão do parecer, mas tudo indica que ele pedirá a cassação de Cunha.

“A denúncia foi feita considerando duas acusações principais: recebimento devantagens indevidas, inciso 2 do artigo 4º, e omitir intencionalmente informação relevante, que é o inciso 5 do artigo 4º também. As duas acusações têm como consequência a perda de mandato. Portanto, eu faço um parecer considerando o conjunto dos fatos, mas o enquadramento final eu restrinjo ao inciso 5”, declarou Rogério.

Enquanto o Conselho preparava a sessão para ler o relatório nesta quarta-feira (1º), o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, mandava uma consulta de autoria do deputado Wellington Roberto, do PR, à Comissão de Constituição e Justiça.

Maranhão mandou quatro perguntas sobre processos disciplinares que deixaram em alerta o comando do Conselho, que enxergou na consulta mais uma manobra de Eduardo Cunha, Depois, Maranhão viajou para o Chile, onde vai debater “transparência”.

Fonte: Jornal Floripa

Como a internet influencia secretamente nossas escolhas

Em uma época na qual softwares nos dizem no que devemos pensar, uma prática um pouco mais antiquada tem ganhado destaque no noticiário: o trabalho de um seleto grupo de enigmáticos indivíduos que decidem o que é e o que não é notícia.

Recentemente foi divulgado que o Facebook usa pessoas para selecionar quais assuntos são ou não vistos por seus usuários. Ironicamente, o problema da rede social é a falta de um algorítmo específico.

A argumentação mais polêmica que surgiu com a notícia foi a de que a seleção de “trending topics” do site teria um viés anticonservador. Ou seja, o Facebook esconderia notícias e opiniões mais conservadoras de maneira desproporcional, algo que a empresa negou veementemente.

Mas, segundo o site de tecnologia Gizmodo, o primeiro a noticiar o fato, o Facebook teria dois motivos para se envergonhar.

O primeiro é a presença de funcionários de carne e osso, o que prejudicaria a “ilusão de um processo de seleção de notícias mais isento”; o segundo é o fato de esses “curadores de notícias” aparentemente serem tratados como se fossem um software, operando fora de qualquer parâmetro editorial mais rigoroso e trabalhando para atingir metas quantitativas.

O ‘empurrãozinho’

Questão ética à parte, a verdade é que a plataforma de compartilhamento de informações mais poderosa do mundo ainda não é capaz de selecionar, sem humanos, o que é visto por seus usuários.

Meios como o Facebook estão selecionando as notícias e as informações que consumimos sob títulos chamativos como “trending topics” ou critérios como “relevância”. Mas nós praticamente não sabemos como isso tudo é filtrado.

Isso é importante porque mudanças sutis nas informações às quais somos expostos podem transformar nosso comportamento.

Para entender isso, pense nesse insight vindo da ciência comportamental e que tem sido amplamente adotado por governos e outras autoridades em todo o mundo: o “empurrãozinho”.

Isso consiste em usar táticas discretas para nos incentivar a adotar um certo comportamento. Um exemplo conhecido é fazer da doação de órgãos algo obrigatório, a não ser que o indivíduo se manifeste contrariamente. O resultado é que mais pessoas acabam doando.

Críticos dessa abordagem argumentam que esse “empurrãozinho” está acabando com a decisão informada.

“Em vez de explicar a questão e ajustar a política para o desejo da população, o ‘empurrão’ ajusta a vontade da população à política que se quer implantar”, explica o escritor britânico Nick Harkaway em um artigo para o Instituto de Arte e Ideias.

“A escolha é uma habilidade, um hábito que precisa ser praticado para funcionar melhor.”

O fim da ‘decisão informada’?

E como esses “empurrõezinhos” se aplicam no mundo digital?

Quando navegamos na internet, enfrentamos escolhas continuamente – do que comprar ao que acreditar – e engenheiros e designers também podem sutilmente manejar nossas decisões nesse ponto.

Afinal, não é só o Facebook que está no jogo das seleções de informações. Sistemas de recomendação cada vez mais afiados estão na dianteira do atual boom da inteligência artificial, da tecnologia “vestível”e da chamada internet das coisas.

Do Google à Apple e à Amazon, o truque está em entregar ao usuário informações perfeitamente personalizadas. No entanto, o que está em jogo não é tanto a questão “homem X máquina”, mas sim a disputa “decisão informada X obediência influenciada”.

Quanto mais informações relevantes tivermos nas pontas dos dedos, melhor equipados estamos para tomar decisões. Isso é um dos princípios fundamentais da tecnologia da informação quando vista como uma força positiva.

O filósofo especializado em tecnologia Luciano Floridi, autor do livro The Fourth Revolution (“A Quarta Revolução”), usa a expressão “design pró-ético” para descrever esse processo: uma apresentação equilibrada de informações claras que nos impele a abordar conscientemente uma decisão importante, e nos responsabilizarmos por ela.

Para Floridi, os sistemas de informação deveriam expandir – e não contrair – nosso engajamento ético, tentando resistir à tentação de nos influenciar.

Fonte: BBC Brasil

Senado aprova projeto que aumenta pena para crime de estupro coletivo

Uma semana após se tornar público o caso do estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro, ocorrido no sábado (21), o plenário do Senado aprovou ontem (31), por unanimidade, projeto de lei que tipifica os crimes de estupro coletivo e de divulgação de imagens desse tipo de crime.

Pela proposta, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a pena para o crime de estupro praticado por duas ou mais pessoas poderá ser aumentada de um a dois terços.

“Temos que a reprovabilidade da conduta nos estupros perpetrados por diversas pessoas, na mesma ocasião, é mais elevada que nos demais crimes contra a dignidade sexual, pois a pluralidade de agentes importa, além da covardia explícita e da compaixão inexistente, em ainda mais sofrimento físico e moral, medo e humilhação para a vítima”, argumentou a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), relatora da matéria.

Uma emenda da relatora transforma em crime, com pena de reclusão de dois a cinco anos, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, inclusive sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro.

“A divulgação do estupro e, a partir desse momento, sua virtual e eterna permanência na internet não gera apenas prejuízos morais à vitima, a exemplo de um xingamento ou de uma mera depreciação pessoal. A divulgação perturbará seu convívio familiar, desestabilizará suas relações sociais, deixará sequelas em futuros relacionamentos amorosos e na imagem que a vítima buscará construir a respeito de si mesma”, acrescentou Simone Tebet.

A matéria estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), propôs a apresentação de um requerimento assinado pelos líderes para que a votação fosse levada diretamente ao plenário.

Fonte: Agência Brasil