Manchetes dos jornais de 21/03/2016

O Globo
AGU recorre ao STF e pede a suspensão de decisões que impedem posse de Lula

O Dia
Policial civil é baleado em tentativa de assalto na Baixada Fluminense

Extra
Governo atua para controlar Polícia Federal e limitar ação de Sérgio Moro

Folha de São Paulo
É oportunidade histórica, afirma Obama durante visita a Cuba

O Estado de São Paulo
FHC defende impeachment e afirma que Lula é ‘irresponsável’

Correio Braziliense
Musical de Chico Buarque é suspenso após comentário Anti-Lula

Valor Econômico
Jornal sugere saída de Dilma por risco de intervenção militar

Estado de Minas
Acusados de racismo contra Taís Araújo são soltos no Rio de Janeiro

Jornal do Commercio
Nível de rejeição a Lula atinge recorde, diz pesquisa Datafolha

Diário do Nordeste
Senado não terá como barrar impeachment, diz presidente Renan Calheiros

Zero Hora
Aeronave que caiu em São Paulo e matou sete, não tinha caixa-preta

Brasil Econômico
McDonald’s paga indenização de R$ 2,2 milhões a 1,5 mil ex-funcionários em SC

A Tarde
Acusados de racismo contra Taís Araújo são soltos e respondem em liberdade

Correio da Bahia
Manifestantes pró-Dilma fazem ‘bandeiraço’ na orla de Salvador

Tribuna da Bahia
Jacques Wagner vai solicitar investigação sobre grampos

PMDB deixará governo e lançará nome em 2018, diz Eliseu Padilha

O ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha (PMDB) – braço direito do vice-presidente Michel Temer (PMDB) – defendeu a saída dos peemedebistas do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “O PMDB vai ter uma candidatura à presidência em 2018, e o PT já anunciou que vai ter outra, por isso não podemos mais continuar juntos”. Quanto ao processo de impeachment contra a presidente, acredita que o seu partido “não deve fazer nada” a respeito.

Padilha foi articulador político do governo federal no início do segundo mandato de Dilma. Ele foi o responsável por apagar os primeiros focos de incêndio na base aliada. Antes disso, fez campanha no Rio Grande do Sul para a chapa Dilma-Temer, quando o diretório estadual apoiou os adversários Marina Silva (na época PSB, hoje Rede), no primeiro turno; e Aécio Neves (PSDB), no segundo. Contudo, já naquela época, defendia uma candidatura própria do PMDB à presidência da República.

Fonte: Jornal do Comércio

Jornal britânico sugere renúncia de Dilma por risco de intervenção militar

O jornal britânico “The Observer”, edição dominical do “The Guardian”, defendeu a saída da presidente Dilma Rousseff e a convocação de novas eleições no país.

O editorial publicado neste domingo (20) cita que a preparação brasileira para a realização dos Jogos Olímpicos em agosto, no Rio, se dá em meio a uma crise econômica, o pânico com a epidemia do vírus da zika, protestos e um escândalo de corrupção -eis por que o jornal traça um paralelo com a “maratona” que será necessária para resolver a crise atual.

“Uma preocupação óbvia é que esses protestos [pró e contra o governo], se perderem o controle, possam degenerar em violência generalizada, levando ao risco de intervenção militar”, diz o texto.

Para o “Observer”, a democracia brasileira, restabelecida em 1985, “ainda não é uma planta tão robusta que não possa ser desenraizada de novo por uma combinação de fracasso político e emergência econômica generalizados”.

Por isso, finaliza o editorial, “o dever de Dilma é simples: se ela não pode restabelecer a calma, deve convocar novas eleições -ou sair”.

CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA
O jornal britânico lembra que os escândalos de corrupção atingem “Dilma, Lula, líderes da oposição e muito do establishment do país”, incluindo “cerca de um quarto dos membros do Congresso”, e vêm acompanhados de uma crise econômica.

“Como exportador líder de commodities como açúcar, carne, café, tabaco e soja, [a economia brasileira] foi desproporcionalmente atingida pela queda na demanda global hoje em curso”, diz o editorial, que ressalva, citando as políticas intervencionistas do primeiro mandato de Dilma, que o sofrimento brasileiro foi também autoinfligido.

O “Observer” também faz um paralelo da crise brasileira com o contexto da América Latina, de “recuo” da esquerda, lembrando a morte de Hugo Chávez -que pôs a “revolução bolivariana de joelhos” na Venezuela- e a guinada à direita da Argentina.

“O Brasil mostra que os líderes da esquerda cometeram muitos erros. Mas não é sua ideologia que é rejeitada -e, sim, sua incompetência e ilegalidades.”

Fonte: Folhapress

Ator fala ‘presidente ladra’, plateia diz ‘não vai ter golpe’ e peça é cancelada

A apresentação do espetáculo “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos” prevista para a noite deste domingo (20), em Belo Horizonte, foi cancelada por causa de um incidente ocorrido na estreia da peça na noite de sábado (19). A sessão de estreia foi interrompida e suspensa depois de um momento de improvisação em que ator e diretor Claudio Botelho referiu-se à prisão de “um ex-presidente ladrão” e citou “uma presidente ladra”.

Um vídeo na internet mostra o momento em que parte da plateia se manifesta contra as declarações do artista e começa a gritar: “Não vai ter golpe!”, “Não vai ter golpe!”. Havia 982 pessoas na plateia, de acordo com a assessoria de imprensa do Sesc Palladium.

A assessoria de imprensa da Pólobh, produtora local (a peça é do Rio de Janeiro), disse ao G1 que a confusão começou 60 minutos depois do início do espetáculo. A apresentação estava na metade.

Ao jornal ‘O Globo’, Botelho afirmou ter sido “censurado”, que demorou a entender a plateia e que sempre faz um “caquinho” (improviso) com o que está acontecendo no Brasil. 

Em nota, a Pólobh disse que a interrupção ocorreu “devido às reações políticas motivadas pela manifestação de um ator do espetáculo”. O texto ainda diz que “o Sesc em Minas, a Pólobh e demais instituições envolvidas são apartidárias mas, compreendendo o momento pelo qual o País passa atualmente e primando pela segurança de todos, optaram pelo cancelamento da sessão prevista para este domingo, 20/03”. (leia a íntegra da nota no fim deste texto)

Por meio de nota, o Sesc Palladium informou que “em decorrência da manifestação espontânea do diretor e ator do espetáculo ‘Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos’ e em função dos desdobramentos ocasionados por tal atitude, a apresentação de sábado (19/3) foi interrompida e a de ontem (20/3) cancelada.”

O comunicado ainda afirma “que o Sesc em Minas não corrobora com as manifestações políticas de cunho pessoal e respeita as diversas opiniões de seu público, sempre priorizando a segurança de todos” e que “lamentamos o ocorrido e os transtornos gerados”.

 O dinheiro gasto para comprar os ingressos para o espetáculo será devolvido, segundo a assessoria. Para quem comprou o ingresso por meio de cartão, o valor será estornado.

Fonte: G1

Em visita histórica, Barack Obama chega a Havana, na ilha de Cuba

O avião com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua família aterrissou em Havana, Cuba, na tarde desse domingo (20), por volta das 17h20, horário de Brasília. É a primeira visita de um líder norte-americano em 88 anos.

Barack Obama viajou ao país com sua mulher, Michele Obama e suas duas filhas Malia e Sasha, e deve passar três dias na ilha cubana.

Programação

A viagem de Obama a Cuba – a primeira de um presidente norte-americano no cargo desde Calvin Coolidge em 1928 – ocorre 15 meses depois que ele e o presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciaram um acordo para retomar relações diplomáticas.

A sua primeira parada será um encontro casual com funcionários da embaixada dos EUA em Havana, seguido de um passeio a pé por Havana Velha. Durante o passeio, Obama planeja visitar a catedral católica romana da cidade. Ele será saudado pelo cardeal Jaime Ortega, que, juntamente com o Papa Francisco, ajudou a facilitar a distensão entre os EUA e Cuba, que levou à histórica visita de Obama.

O presidente Obama terá um encontro nesta segunda-feira (21) com o presidente Raúl Castro. Entre os temas a serem discutidos estão os direitos humanos, o estímulo ao comércio entre Cuba e Estados Unidos e o desenvolvimento da iniciativa privada em solo cubano.

Fonte: Último Segundo

AGU pede suspensão de processos contra nomeação de Lula para a Casa Civil

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou eletronicamente neste domingo (20), no Supremo Tribunal Federal (STF), manifestações em que pede que a Corte conceda medida cautelar para suspender o andamento de todos os processos e decisões judicias que tenham relação com duas ações que tramitam no STF contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil da Presidência da República. No documento, enviado ao ministro Teori Zavaski, a AGU fala pela presidenta da República, Dilma Rousseff.

Para a AGU os processos devem ser suspensos até que o STF decida sobre as duas ações. “Ante o exposto, a fim de se evitar decisões contraditórias acerca de tema tão relevante, primando-se pela segurança jurídica e defesa da ordem jurídico objetiva, a Advocacia-Geral da União pugna pela excepcional concessão de medida cautelar, suspendendo-se o andamento de todos os processos e de decisões judiciais que apresentem relação com a matéria objeto da arguição de descumprimento de preceito fundamental, até seu julgamento final pelo douto colegiado”, dizem os pedidos.

As duas ações, uma do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e outra do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), têm o ministro Zavaski como relator. Segundo a manifestação da AGU, os partidos sustentam que a nomeação de Lula “estaria a ofender os preceitos fundamentais do juiz natural, da separação de Poderes e do devido processo legal, na medida em que revelaria ‘utilização da prerrogativa da presidente da República de nomear ministro de Estado com intuito de burlar o sistema de repartição constitucional de competências’”.

A AGU diz ainda que os partidos pediram que a eficácia do decreto que nomeou Lula fosse suspensa, impedindo a posse do novo ministro, e que caso a posse ocorresse, que a os efeitos dela também fossem suspensos. As legendas pedem também que apesar da nomeação de Lula, as investigações referentes ao ex-presidente permaneçam em Curitiba e que o decreto de nomeação seja considerado inconstitucional.

Fonte: Agência Brasil