Calça justa demais causa doença nas pernas e pés

Uma das principais preferências na moda feminina, a calça ‘skinny’ (justíssima) pode danificar as fibras nervosas das pernas e dos pés, caso esteja muito apertada. Este transtorno ocorreu com uma australiana de 35 anos, segundo estudo publicado na revista ‘Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry’. A mulher, que não teve identidade revelada, ficou dias sem conseguir andar, após sofrer de ‘síndrome compartimental’. A patologia danifica um dos nervos que passam pela região da tíbia (osso da perna).

Antes de se sentir mal, ela estava usando a calça e havia ficado agachada durante horas para ajudar um parente numa mudança. Depois de um tempo, a australiana sentiu a roupa cada vez mais apertada e desconfortável. À noite, com o pé dormente, ela teve dificuldades de andar e caiu na rua, sem conseguir levantar sozinha.

Ao chegar no hospital, os médicos precisaram cortar o jeans da calça, para aliviar os tornozelos, que estavam muito inchados. Os especialistas detectaram uma fraqueza dos tornozelos e nos movimentos dos dedos dos pés. Após o diagnóstico, a paciente precisou fazer uma terapia de gotejamento intravenoso e só voltou a andar novamente depois de quatro dias internada.

Além da dormência, outro sintoma da doença é a intensa dor na área afetada,afirma o neurologista André Lima. Ele explica que, por estar apertada, a calça comprimiu os nervos e prejudicou a circulação sanguínea. “Este problema foi intensificado por ela ter ficado tantas horas abaixada, na mesma posição”, ressalta.

Segundo o angiologista Ricardo Brizzi, o ideal é que as pessoas coloquem roupas confortáveis para evitar outros transtornos de saúde, como trombose. “Sei que as mulheres gostam dessa calça, então optem por utilizar o número correto, para evitar que aperte ainda mais a perna”, acrescenta. “Caso sintam as pernas doendo e inchadas, é preciso movimentá-las e massageá-las, para ajudar na circulação”, sugere o especialista.

Fonte: O Dia

Juiz Sérgio Moro manda soltar três presos na 14ª fase da Lava Jato

size_810_16_9_FRP_Juiz-Sergio-MoroO juiz Sérgio Moro decidiu manter na cadeia um ex-diretor da Odebrecht por pelo menos mais um dia. Ele é acusado por Paulo Roberto Costa de participar de uma reunião para combinar pagamento de propina.

Paulo Roberto Costa foi ouvido nesta terça-feira (23) de manhã pela Polícia Federal por mais de três horas. Ele deu detalhes de uma reunião em São Paulo. Paulo Roberto não disse quando a reunião ocorreu. Segundo ele, o ex-deputado do Partido Progressista José Janene, que morreu em 2010, e Alexandrino Ramos de Alencar, então executivo da Braskem, discutiram claramente sobre o pagamento de vantagens ilícitas em troca de contratos da Braskem com a Petrobras.

Na reunião, de acordo com Paulo Roberto, ficou acertado o pagamento do que ele chamou de contraprestação financeira no valor de US$ 3 milhões a US$ 5 milhões por ano entre 2006 e 2012.

A Polícia Federal acredita que isso que Paulo Roberto chama de contraprestação financeira é na verdade propina que o ex-diretor da Petrobras recebeu da Braskem e repassou a José Janene.

Alexandrino Sales foi preso na sexta-feira (19) na última fase da Lava Jato. Na segunda-feira (22), em depoimento, ele admitiu que conheceu Paulo Roberto Costa por intermédio do então deputado José Janene, e que participou de dois ou três encontros com os dois, mas deu uma versão diferente para as reuniões. Ele negou qualquer pagamento de vantagens ilícitas e disse que procurou Janene porque, na época, o deputado era presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal, e queria simplesmente sensibilizá-lo sobre a importância do setor.

Nos últimos anos, Alexandrino Ramos de Alencar era diretor da Odebrecht. Segundo seu advogado, pediu demissão na segunda-feira (22) para poder se dedicar à sua defesa.

Nesta terça-feira o juiz Sérgio Moro decidiu prorrogar a prisão dele por, pelo menos, mais um dia. Outros três presos ligados à 14ª fase da Operação Lava Jato deixaram a carceragem da Polícia Federal.

A Braskem negou pagamento de propina e declarou que todos os contratos com a Petrobras seguem preceitos legais e foram aprovados de forma transparente. Nesta terça-feira (23), a defesa de Alexandrino de Alencar voltou a negar as acusações de Paulo Roberto Costa.

Fonte: Jornal Nacional

USP vai adotar Enem para preencher 13,5% das vagas

O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP), instância máxima da instituição, definiu na tarde desta terça-feira, 23, a inclusão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso para 13,5% das vagas. Parte dessas, que representa 10% do total, serão reservadas para alunos de escola pública. Pretos pardos e indígenas terão 2% das vagas.

A maioria das vagas (86,5%) continuarão tendo ingresso pelo vestibular da Fuvest, cujo sistema de bonificação para alunos de escola pública e negros e indígenas continua valendo. Dez das 42 unidades não terão acesso pelo Enem, entre elas a Faculdade de Medicina, a Escola Politécnica e Escola de Comunicação e Artes.

Na votação, 91 membros do conselho votaram favoravelmente à proposta, 10 contra e um se absteve. Representantes dos alunos tentaram adiar a votação para maior discussão, mas foram voto vencido.

Das 11.057 vagas, 1.499 estarão no sistema de seleção unificada (Sisu), que sistematiza vagas para quem fez o Enem. Dentro do Sisu, 1.159 serão para alunos de escola pública, sendo que 225 dessas para negros e indígenas. O restante, 340, serão de ampla concorrência.

Fonte: Estadão