A Seleção Brasileira vai passar a última noite na concentração de Teresópolis, porque, neste sábado, tem viagem pra Brasília, onde decide o terceiro lugar com a Holanda, no sábado.
Com relação ao clima, frio e chuva como o de quarta-feira (9). Em relação, ao ambiente, tudo diferente nesta quinta-feira, teve treino físico e público. Apenas Maicon, Fred e Julio César não foram ao campo, ficaram na academia.
Felipão não deu dicas sobre a escalação do time de sábado. Há uma curiosidade maior até que em relação a escalação do time, é sobre a permanecia de Felipão no comando. Nesta quinta, ele teve uma longa conversa com o presidente da CBF, José Maria Marin, que esteve na Granja Comary, mas até esse momento não há nada oficial sobre ele sair ou ficar.
Neymar apareceu na Granja Comary e acabou sendo o entrevistado do dia.
Durante o encontro com os repórteres, na Granja Comary, o Neymar se emocionou ao falar sobre o lance que o tirou da Copa.
Na volta ao campo na Granja Comary, algumas dezenas de torcedores aplaudiram a Seleção. O capitão retribuiu.
Felipão recomeçou o trabalho com os jogadores reservas. Os titulares deram apenas algumas voltas no campo. Uma tarde escura, chuvosa, uma lembrança traumática tão recente, mas tem jogo de Copa do Mundo daqui a dois dias e a partida contra a Holanda é a chance que a Seleção tem de dar o primeiro passo em busca da dignidade perdida.
Se eles não tinham motivo para se alegrar, ganharam um alento. Durante o treino, Neymar chegou, reviu os companheiros, e ajudou a descontrair um pouco a atmosfera carregada.
Neymar ainda caminha com dificuldade, mas a simples presença dele movimentou a Granja Comary.
Na longa entrevista que deu, a goleada alemã foi o tema principal.
“É doloroso, vai doer por muito tempo, mas vai passar. Dias melhores virão e espero que a gente possa sorrir o mais rápido possível”.
Até hoje, não encontrou explicação para o que viu.
“Foi uma coisa inacreditável, inexplicável. Não consigo explicar, não tem o que explicar”.
Na avaliação de Neymar, não foi só a derrota para a Alemanha, o Brasil não fez uma grande Copa.
“Falhamos, erramos, deixamos a desejar. Sabemos que não fizemos uma campanha boa, não demostramos nosso melhor futebol”.
Sobre a final de domingo, não disse que vai torcer pela Argentina, mas pelos companheiros de Barcelona, Messi e Mascherano.
“Um brasileiro torcendo pra a Argentina. Não estou torcendo pela Argentina, estou torcendo para dois companheiros”.
Ao lembrar a entrada do colombiano Zuñiga, que o tirou da Copa, se emocionou.
“Se fosse dois centímetros para dentro, eu hoje, poderia estar de cadeira de rodas. É complicado falar de um lance num momento tão importante da minha carreira e acaba sofrendo. Faz parte, aconteceu e vida que segue”.
Fonte: Jornal Nacional