Por Machado Freire
A nação brasileira – em sua grande maioria, sendo esta “reforçada” pelos beneficiários do “Bolsa Família”, não tem a reforma política como sua maior preocupação. “O buraco é mais embaixo !”. Claro que não pode continuar como se encontra, favorável aos exploradores da bondade dos incautos.
Precisamos, sim, de algo mais importante e urgente: melhoria na saúde, educação, mobilidade urbana, mais segurança e, no caso dos nordestinos, um programa específico que defina de uma vez por todas uma solução para a seca!
Já estou cansado de dizer – pro mundo inteiro, desde que me entendo de gente, que nós nordestinos somos maltratados durante séculos, apesar dos principais estados da nossa região terem sido “invadidos” por portugueses, franceses e holandeses, com origens milenares. Países do primeiro mundo. Se os invasores tivessem continuado aqui talvez ninguém falasse mais em seca.
Nós os expulsamos por uma questão de soberania nacional, para “não entregar o ouro de Moscou”. Tudo bem… Mas, apesar disso e da evolução que conquistamos através dos tempos, ainda vem um rapaz dirigente da Fifa “ditar regras” e aparecer como o “dono da cocada preta”, ai, sim, “ferindo a nossa soberania nacional”.
E mais, solapando a nossa sofrida economia, com um rombo de mais de 30 bilhões. É pelo menos o que se diz sobre os gastos para implementar essa tal de Copa das Confederações.
Pernambuco, por exemplo, precisa de mais médicos.A Faculdade de Medicina de Serra Talhada (que ainda é projeto), precisa de cinco milhões para instalar a sua sede, o IML além de profissionais. Pelo projeto, apenas 20 profissionais serão formados na primeira turma.
E por falar em seca, existe uma comunidade em Salgueiro (o chamado KM 16 ) que é abastecida -de inverno a verão, há algumas décadas, por caminhão-pipa, enquanto as obras da Transposição se arrastam bem devagarinho, quase parando…
Então, diante desses casos nós não podemos admitir, nem de longe, que o ideal é que façamos um plebiscito (pense numa coisa complicada) para ouvir a população sobre uma tal reforma política. A reforma deve ser feita pelos congressistas (Senado e Câmara Federal), da forma como a nossa Constituição e leis específicas definem, tudo sendo acompanhado bem direitinho com o povo na rua.
Vamos pra rua continuar exigindo que o carro não ande na frente dos bois. Continuemos com o facebook e com todos os instrumentos legais que dispomos para exigir mais . Mais tudo: respeito, transparência, seriedade ,habilidade e agilidade, pois não aguentamos mais esperar . Deixar tudo para as próximas gerações (daqui a cem anos) para vermos nossos direitos atendidos, em todos os níveis? Ah, isso não, viu ?!
Vamos reduzir o número de vereadores, de deputados, senadores e acabar com essa coisa de reeleição. Vamos também reduzir essa insuportável carga (pesada) de impostos, taxas e tributos em geral.
Não podemos nem falar mais no “feijão e o sonho”, pois o feijão continua chegando bem pouquinho nas mesas dos trabalhadores do nosso pais. E o sonho é quase um pesadelo.