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Ex-deputado diz que recebeu do PSDB 6,5 milhões de euros na Suíça

O empresário e ex-deputado pelo PSDB Ronaldo Cezar Coelho prestou depoimento à Polícia Federal. Ele disse que recebeu do partido 6,5 milhões de euros na Suíça como pagamento pelo uso de um avião particular dele na campanha tucana de 2010. O dinheiro teria saído da Odebrecht.

O empresário e ex-deputado Ronaldo Cezar Coelho, que era do PSDB e hoje é do PSD, prestou depoimento no dia 7 de fevereiro. Ele foi ouvido na sede da Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que investiga repasses suspeitos da Odebrecht para políticos do PSDB, entre eles, o senador José Serra.

O jornal “O Estado de S.Paulo” revelou neste sábado (28) que o empresário disse que foi pago pelo PSDB na Suíça.

A TV Globo também teve acesso ao depoimento. Ronaldo Cezar Coelho admitiu em 2009 que colocou à disposição seu avião para o PSDB, e que foi usado no transporte de dirigentes de vários partidos aliados.

O empresário disse que o então presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, usou o avião em viagens políticas para fortalecer a candidatura do partido à presidência, em 2010, ano em que José Serra foi candidato.

Ronaldo Cezar Coelho contou que pagou com recursos próprios os voos realizados com sua aeronave em 2009 e 2010 e que ficou acordado com Sérgio Guerra que o partido iria reembolsá-lo.

O ex-deputado relatou que pediu que os pagamentos fossem feitos a uma operadora de táxi-aéreo, responsável pela manutenção e operação do avião, mas que Sérgio Guerra disse que não poderia pagar a essa empresa. Segundo Ronaldo, Sérgio Guerra não explicou por que não podia.

Ainda segundo o depoimento dele, o então presidente do PSDB informou que somente poderia efetuar os pagamentos no exterior.

Sérgio Guerra presidiu o PSDB de 2007 a 2013, e morreu em março de 2014.

Ronaldo disse que aceitou a proposta e recebeu, então, em uma conta que ele, Ronaldo, já tinha na Suíça. Os pagamentos feitos em 2009 e 2010 totalizaram 6,5 milhões de euros. O ex-deputado disse que desconhecia que os depósitos em sua conta na Suíça tinham sido feitos pela Odebrecht.

Fonte: Jornal Nacional