Delegado da Polícia Civil morre após ser baleado por PMs na Bahia

Um delegado da Polícia Civil morreu após ser baleado por policiais militares, durante ação policial realizada na madrugada deste domingo (28), na cidade de Itabuna, sul da Bahia.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP), os PMs, que integram o 15° Batalhão de Polícia Militar (BPM), estariam apurando uma denúncia de roubo, na Avenida Mário Padre, quando ocorreu o caso.

O órgão não detalhou quantos policiais militares participavam da ação e nem como ocorreu o disparo contra a vítima. Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) informou, entretanto, que o delegado José Carlos Mastique de Castro Filho teria sido baleado no peito ao tentar entregar a arma dele para os PMs, durante a abordagem.

Segundo o Sindicato, a vítima estava com uma namorada, em um posto de combustíveis da cidade, quando ocorreu a ação.

A SSP informou que o delegado chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Itabuna. Não há detalhes sobre o sepultamento.

O caso está sob investigação da 6ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin). Em nota, a SSP-BA informou que Corregedoria Geral da SSP acompanha o caso. O órgão não detalhou se os PMs envolvidos na ação foram afastados.

Fonte: G1 BA

Bolsonaro se encontra com Maia e diz que trataram de vários assuntos

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo (28), que o encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no início da manhã de ontem foi “excelente” e durou cerca de uma hora.

Questionado sobre se conversaram sobre a tramitação da Reforma da Previdência no Congresso, Bolsonaro respondeu apenas que trataram de “um montão de assuntos”.

Maia confirmou mais cedo que a tramitação da reforma foi assunto da conversa. Ele também afirmou que o governo ainda está discutindo a possível transferência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Há uma movimentação no Congresso para que o órgão saia da competência do Ministério da Justiça e retorne à estrutura do Ministério da Economia. O ministro Sérgio Moro (Justiça) é contrário à mudança e tem feito apelos públicos para que a sua pasta não seja desidratada.

No sábado, Maia negou que tenha feito críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) quando falou da atuação deles em relação ao pai, o presidente Jair Bolsonaro, em entrevista publicada pelo site Buzzfeed Brasil. Em nota, afirmou que “as informações estão totalmente fora de contexto e que a entrevista aparenta uma agressão verbal que não ocorreu”.

Ao Buzzfeed, Maia disse que Eduardo teria saído do “baixíssimo clero” para comandar uma política externa que “é essa loucura aí” e que estaria vivendo um “momento de deslumbramento”. Carlos por sua vez, seria “doido à vontade” mas com estratégia definida por Bolsonaro nas redes sociais.

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada perto da hora do almoço neste domingo e foi visitar o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que mora em apartamento em um bairro de classe média alta de Brasília. Ao chegar ao local, disse que é a primeira vez que visita a casa do seu primogênito. Ele chegou acompanhado por seu filho mais novo, Jair Renan.

Fonte: R7

Socialistas vencem na Espanha, e extrema direita entra no Parlamento

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) voltou a vencer as eleições gerais da Espanha neste domingo após 11 anos sem chegar ao poder pelo voto. A vitória, porém, não será suficiente para que governe sozinho e o partido pode ter que depender dos independentistas catalães. O cenário contraria o líder da sigla, Pedro Sánchez, que convocou eleições no início deste ano justamente porque não quis ceder à chantagem política dos diversos grupos independentistas. Na Espanha, o presidente do Governo deve ser apoiado pela maioria simples do Parlamento (176 cadeiras). Para chegar a isso será necessário uma soma de alianças porque mesmo com os postos obtidos pelo aliado Unidas Podemos a esquerda não conseguiu chegar a este número. Após uma eleição repleta de incertezas, e movida por uma participação histórica—o voto no país não é obrigatório—, a extrema direita também conseguiu entrar pela primeira vez no Parlamento, mas obteve menos cadeiras do que esperado.

O pleito deste domingo é o terceiro em menos de três anos e meio no país. Em fevereiro, Sánchez se viu se obrigado a convocar eleições após ver sua proposta de Orçamento para 2019 reprovada no Congresso. Uma derrota precipitada pelo rechaço dos independentistas da Catalunha (Esquerda Republicana da Catalunha e o Partido Democrata Europeu Catalão), cujos votos, por outro lado, haviam sido necessários para que ele se pudesse se tornar presidente em 2018. A aliança com os catalães durou pouco, pois o preço cobrado pelo o apoio foi considerado muito alto: em troca do “sim” ao Orçamento, eles queriam planos para avançar na autodeterminação da região autônoma, algo que o Governo, apesar de se oferecer aberto ao diálogo, não estava disposto a abraçar.

Com 98,23% das urnas apuradas, o PSOE obteve 123 cadeiras e o Unidas Podemos, 42, totalizando 165. Caso Sanchez não consiga alcançar os 176 postos necessários nas últimas negociações, a possibilidade de um bloqueio político o colocaria nas mãos do líder da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Oriol Junqueras, cujo partido obteve 15 cadeiras. Seria o suficiente, entretanto, para que Sánchez conseguisse formar maioria sem ter que depender do grupo de outro dos líderes do movimento independentistas, Carles Puigdemont, o Junts por Catalunya, que obteve sete deputados —a legenda se radicalizou nos últimos tempos, enquanto o ERC é visto como mais moderado, o que facilitaria os acordos com Sánchez.

A direita, fracionada pela primeira vez em três siglas, obteve neste domingo um resultado demolidor. O tradicional PP, que teve Mariano Rajoy destituído da presidência do Governo em junho de 2018, dando lugar à Sanchéz, obteve 66 assentos, um colapso absoluto dos 135 conseguidos na eleição de 2016. Quase foi ultrapassado pelo mais novato Ciudadanos, que obteve 58. 

O Vox, a extrema direita que amedrontou a esquerda em direção às urnas, entrou no Congresso com 24 lugares. A Espanha perdeu, assim, a excepcionalidade de ser o único grande país europeu sem a presença de um forte partido de direita no Parlamento, embora mais afastado do poder, ao contrário do que acontece na Itália. A legenda de Santiago Abascal, grande protagonista da campanha, entra vigorosamente no Parlamento, mas não será decisiva para formar Governo e ficou muito aquém das melhores previsões feitas por algumas pesquisas. Eles serão o quinto partido e terão pouca capacidade de influência.

Fonte: EL País