Ministério Público orienta Prefeitura de São José do Belmonte sobre eleição do Conselho Tutelar

No intuito de garantir e agilizar a eleição do Conselho Tutelar, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) orientou o prefeito de São José do Belmonte, Romonilson Mariano, a designar um servidor para acompanhar as providências necessárias à realização do processo eleitoral. O funcionário servirá de referência de contato por parte do MPPE e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

A recomendação destaca que a prefeitura precisa fornecer todo o suporte e recursos para a eleição, incluindo funcionários, veículos, assessoria técnica e jurídica, urnas eletrônicas, atribuição e qualificação de servidores para atuar na recepção e processamento das inscrições das candidaturas, além da captação e apuração dos votos. Ainda lembra que o CMDCA deve constituir Comissão Especial para organizar e conduzir do pleito.

Após receber a recomendação nesse fim de semana, a prefeitura divulgou em seu site oficial o Edital de Convocação para o processo de escolha dos cinco membros do Conselho Tutelar. A eleição será realizada em todos os municípios do Brasil no dia 6 de outubro deste ano.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Atos contra a prisão de Lula e a favor da Lava Jato têm confusão entre participantes na Av. Paulista

Dois grupos de manifestantes, um pedindo que o ex-presidente Lula seja solto e outro em apoio à Operação Lava Jato, fecharam a Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (7). Houve confusão entre os participantes quando os dois grupos se encontraram. Segundo a rádio CBN, integrantes do grupo que gritava “Lula livre” foram agredidos ao passar pela área do Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde estava um caminhão de som de manifestantes que faziam ato a favor da Lava Jato.

Imagens mostram o momento em que dois homens agrediram fisicamente uma apoiadora de Lula. Segundo o repórter Chico Prado, da CBN, a mulher, que estava com um grupo de umas dez pessoas, passou gritando palavras de ordem a favor de Lula e contra o presidente Jair Bolsonaro. Os manifestantes pró-Lava Jato que estavam no alto do caminhão de som, em frente ao Masp, começaram a chamar a PM, que foi aplaudida ao chegar. Os policiais liberaram os dois homens e retiraram a mulher do local.

Na sequência, um outro homem, que também se manifestava a favor de Lula, foi agredido com empurrões e também foi afastado pelos PMs. Parte do grupo também tentou impedir o trabalho de jornalistas que estavam no local.

Segundo a Polícia Militar, a Avenida Paulista teve quatro pontos de protestos, sendo que três eram atos em favor da Lava Jato – em frente ao Masp, na esquina com a rua Pamplona e próximo à av. Brigadeiro Luiz Antonio. A corporação informou que não vai divulgar estimativa de públicos das manifestações. As organizações dos eventos também não divulgaram estimativa de público.

Fonte: G1 SP

Brexit: Como uma eventual saída sem acordo do Reino Unido da UE poderia custar até 10 mil empregos ao Brasil

A possível saída do Reino Unido da União Europeia (UE) sem um acordo – o chamado hard Brexit – significaria “um caos” para a economia global, na visão de analistas, e o Brasil poderia sentir esse impacto, em um primeiro momento, “no bolso” e no mercado de trabalho.

Um estudo do Instituto Halle de Pesquisa Econômica (IWH), da Alemanha, que considera o cenário em 43 países, calcula que quase 10 mil trabalhadores em território brasileiro poderiam ser afetados em dezenas de setores ligados às exportações, mas principalmente na agricultura, atividade em que o país se destaca como maior fornecedor da UE.

Internacionalmente, há previsão de que o hard Brexit afete 600 mil empregos, com um baque maior na Alemanha. Sozinho, o país teria aproximadamente 100 mil vagas “em risco”, a maioria em funções ligadas à produção e comércio na indústria automotiva. Países como China, França, Polônia e Itália, seriam, nessa ordem, os outros quatro da lista mais afetados.

No caso do Brasil, os efeitos seriam indiretos.

“Mais de 5 mil dos 10 mil empregos estariam em risco na agricultura brasileira. Outras atividades sentiriam menos”, diz em entrevista à BBC News Brasil Oliver Holtemöller, chefe do departamento de macroeconomia e vice-presidente do instituto, um think tank, membro da Associação Leibniz, que reúne institutos de pesquisa alemães de diversos ramos de estudo.

No entanto, especialistas ressalvam que também poderiam haver oportunidades para o Brasil em possíveis negociações individuais com o Reino Unido.

O Halle foi fundado em 1992 por um acordo entre o governo da Alemanha e o Estado federal da Saxônia-Anhalt para a realização de pesquisas econômicas empíricas, institucionais e para terceiros, nas áreas de dinâmica e estabilidade macroeconômica, instituições e normas sociais, produtividade, inovação, estabilidade financeira e regulação.

Holtemöller, um dos autores do estudo sobre os potenciais efeitos de um hard Brexit no mercado de trabalho internacional, explica que o cenário turbulento é previsto diante da perspectiva de o Brexit reduzir exportações de países da União Europeia para o Reino Unido em um percentual que estima em 25%. A queda ocorreria caso a saída seja efetivada sem o chamado “acordo de retirada” – que o governo britânico negociou com os líderes da União Europeia, mas que já foi rejeitado três vezes pelo Parlamento.

Para estimar os impactos, por país e indústria, o instituto construiu coeficientes que indicam quantas pessoas empregadas são necessárias para produzir nas unidades de produção, baseando seus cálculos em informações extraídas do Banco de Dados Mundial de Insumo-Produto (WIOD, da sigla em inglês).

Fonte: BBC Brasil

“Não é tanta notícia ruim”, diz Bolsonaro ao comentar cem dias de governo

Questionado sobre os seus cem primeiros dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste domingo (7) que não há “tanta notícia ruim” quanto, na sua opinião, a imprensa tem publicado.

— Cada ministro vai falar da sua pasta e da sua área. Vocês estão acompanhando, vocês são da imprensa. Eu acho que não é tanta notícia ruim quanto vocês têm publicado — disse Bolsonaro, ao deixar uma casa na região do Lago Sul em Brasília, onde um amigo de escola militar o recebeu para um churrasco.

Bolsonaro chegou na casa de seu colega de turma pouco antes do meio-dia e deixou o local por volta de 14h30min. Perguntado ainda sobre a situação do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, que pode ser demitido nos próximos dias, Bolsonaro disse que o tema será definido nesta segunda-feira (8). 

— Amanhã a gente resolve.

Vélez Rodríguez é o pivô de uma crise no ministério da Educação e a possibilidade da sua saída foi indicada pelo próprio presidente, em café da manhã com jornalistas na última sexta-feira (5). Na ocasião, Bolsonaro disse que esta segunda seria o dia do “fico ou não fico” para o ministro.

Mais cedo neste domingo (7), ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente disse que não comentaria os resultados da pesquisa Datafolha, que registraram a pior avaliação após três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.

— Datafolha? Não vou perder tempo para comentar pesquisa do Datafolha, que diz que eu ia perder para todo mundo no segundo turno — afirmou Bolsonaro, ao ser questionado pela reportagem da Folha de S.Paulo na saída do Palácio do Alvorada.

No Twitter, o presidente debochou de uma questão da pesquisa cujo resultado mostra que sua inteligência foi avaliada como inferior à dos ex-mandatários Lula e Dilma Rousseff. 

Fonte: Folhapress

Vice Hamilton Mourão diz que ‘conta’ irá para as Forças Armadas se governo ‘errar demais’

O vice-presidente Hamilton Mourão disse neste domingo (7) em evento nos Estados Unidos que, se o governo Jair Bolsonaro “errar demais”, a “conta” irá para as Forças Armadas.

Ele fez a afirmação em resposta a uma pergunta sobre a presença de militares no governo durante um painel da Brazil Conference, em Boston, evento organizado por estudantes da Universidade de Harvard e do Massachussetts Institute of Technology (MIT).

Neste domingo, foi divulgada pesquisa do instituto Datafolha, segundo a qual a avaliação do governo é a pior de um presidente em início de mandato desde 1990.

Questionado por um estudante sobre a possibilidade de a presença de vários militares em cargos e funções de governo “corroer” a “unidade” e a “legitimidade” das Forças Armadas, Mourão afirmou que o governo não pode errar demais.

“Se o nosso governo falhar, errar demais – porque todo mundo erra –, mas se errar demais, não entregar o que está prometendo, essa conta irá para as Forças Armadas. Daí a nossa extrema preocupação”, declarou o vice.

Ele também se referiu a uma conversa com Bolsonaro no dia do segundo turno da eleição, depois de confirmada a vitória nas urnas.

“E as palavras que o presidente falou no domingo à noite, no dia 28 de outubro, quando fomos eleitos. Ele olhou pra mim e disse assim: ‘Nós não podemos errar’”, afirmou Mourão.

Fonte: G1