Patricia Pillar desmente ter sido agredida por Ciro e alfineta Bolsonaro

Patricia Pillar voltou a sair em defesa do ex-marido Ciro Gomes (PDT) e reafirmou seu voto no presidenciável. A mensagem de apoio foi motivada após um meme com uma foto da atriz circular na internet com a frase: “Gente, eu nunca fui casada com o Bolsonaro, quem me batia era o Ciro Gomes”. A atriz negou que tenha sofrido agressão do ex e aproveitou para alfinetar o candidato do PSL.

“Estou aqui para dizer que estão usando a minha imagem para divulgar notícias falsas, favorecendo um candidato que jamais seria o meu. Eu nunca sofri nenhum tipo de violência por parte de ninguém. Isso é totalmente falso”, diz. “Quero dizer também que independente de quem é o seu candidato o que a gente precisa agora é de paz e de respeito. Eu desejo uma excelente eleição para todos nós, porque é o que o Brasil precisa.”

Em um segundo vídeo, ela afirma que gosta de política como possibilidade de diálogo e troca de ideias para melhorar a vida da população. Em seguida, aproveitou para explicar por que vota em Ciro. “O meu candidato é o Ciro Gomes, porque eu acredito no projeto que ele tem para o Brasil. Eu conheço o Ciro e voto no Ciro Gomes. Boas eleições para todos nós e não deixe de votar. O seu voto é muito importante.”

Fonte: VEJA

Em carta, FHC pede união de presidenciáveis contra candidatos radicais

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou no início da noite desta quinta-feira, 20, uma “carta aos eleitores e eleitoras” na qual prega a união de candidatos que “não apostam em soluções extremas” em torno do presidenciável que “melhores condições de êxito eleitoral tiver”. O tucano escreveu o texto em meio aos prognósticos de pesquisas eleitorais de que o segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto seria entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), candidatos com os discursos mais extremados.

“Os maiores interessados nesse encontro e nessa convergência devem ser os próprios candidatos que não se aliam às visões radicais que opõem ‘eles’ contra ‘nós’”, diz FHC na missiva. O ex-presidente classifica o quadro atual como “dramático” e afirma que “em poucas ocasiões” viu condições políticas e sociais “tão desafiadoras quanto as atuais”, mas pondera que “ainda há tempo para deter a marcha da insensatez”.

Na carta, FHC diz que, caso não haja unidade entre os mais moderados, o novo presidente será ou “um salvador da pátria” ou um “demagogo”, “remendo eleitoral” que, na sua avaliação, agravaria a “crise econômica, social e política” no país”.

“É hora de juntar forças e escolher bem, antes que os acontecimentos nos levem para uma perigosa radicalização. Pensemos no país e não apenas nos partidos, neste ou naquele candidato. Caso contrário, será impossível mudar para melhor a vida do povo. É isto o que está em jogo: o povo e o país. A Nação é o que importa neste momento decisivo”, escreveu.

Para Fernando Henrique, o candidato a ser apoiado contra a polarização deve ser “uma liderança serena que saiba ouvir, que seja honesto, que tenha experiência e capacidade política para pacificar e governar o país”. Ele não citou diretamente o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, no texto. Em uma postagem em sua conta no Twitter depois da divulgação da carta, no entanto, FHC disse que Alckmin “veste o figurino” descrito por ele.

Ainda conforme o ex-presidente, caso Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad sejam eleitos, “o vencedor terá enormes dificuldades para obter a coesão nacional suficiente e necessária para adoção das medidas que levem à superação da crise”. “As demandas do povo se transformarão em insatisfação ainda maior, num quadro de violência crescente e expansão do crime organizado”, prevê o tucano.

Fonte: VEJA

STF decide que Caixa deve pagar diferença de plano econômico sobre saldo do FGTS

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, nesta quinta-feira (20), que a Caixa Econômica Federal (CEF) terá de pagar, a um grupo de trabalhadores, as diferenças de correção monetária sobre saldos de contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em relação ao Plano Collor 2, de 1991.

O processo tramitava na Supremo desde 2010, tendo como relator o ministro Teori Zavascki, que faleceu em um acidente aéreo no começo de 2017.  A decisão que obriga a Caixa a pagar esses valores pode abrir precedente para processos similares, mas irá depender de análise de caso a caso.

A análise do processo girou em torno de questões processuais sobre o prazo para a União recorrer de uma decisão judicial e não propriamente sobre a obrigação de pagamento por parte do banco público. A Caixa estava buscando derrubar determinação de 2007 do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que obrigou o pagamento dos índices de atualização a este grupo de trabalhadores. O órgão alegava que tais indicadores foram reconhecidos como indevidos pelo STF. 

“A tese fixada pelos ministros em torno dos prazos e possibilidade de reabertura de um caso na Justiça tem repercussão geral, e irá impactar a análise de 900 processos que estavam aguardando a palavra do STF. O entendimentos dos ministros segue a mesma linha de uma decisão de 2016 da Corte, quando considerou legal o prazo de 30 dias para a Fazenda recorrer de decisões. Os ministros entenderam que não poderiam aceitar o recurso da Caixa e reabrir o caso porque a sentença do TRF-3 não foi fundada em norma inconstitucional.

O julgamento havia sido interrompido em 2016 por um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski.

Pedi vista dos autos para melhor meditar sobre a matéria que apresenta potencial de considerável impacto nas contas do FGTS. Após a devida reflexão, entendi assistir total razão ao relator, o qual acompanho para negar provimento ao recurso”, afirma Lewandowski em seu voto.

Fonte: Gazeta do Povo

Dor crônica afeta pelo menos 37% dos brasileiros

Pelo menos 37% da população brasileira, ou 60 milhões de pessoas, relatam sentir dor de forma crônica, aquela que persiste por mais de três meses, de acordo com estudo feito pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), a Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Medicina do ABC e uma clínica de tratamento da dor. A Região Sul é a mais afetada (42%), seguida do Sudeste (38%), Norte (36%), Centro-Oeste (24%) e do Nordeste (28%). Foram entrevistadas 919 pessoas em todas as regiões.

Por causa da importância e do impacto da dor na vida dos indivíduos, o tema é discutido no Congresso Singular-Sobramid (Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor), em Campinas (SP). O encontro, que começou quarta-feira (19) e vai até amanhã (22), é o maior sobre o tema no país este ano. Serão mais de 180 atividades, com a presença de 20 conferencistas internacionais. Entre os destaques estão Menno Sluijter, o primeiro a descrever a radiofrequência pulsada para o tratamento da dor, e Gabor Racz, responsável pelo desenvolvimento da adesiólise percutânea. Ambos farão procedimentos cervicais, torácicos, lombares e sacrais durante o congresso.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor (Sobramid), Paulo Renato Fonseca, a dor crônica é tão nociva que pode prejudicar a rotina do indivíduo e estar ligada à depressão, a transtornos de ansiedade e até ao suicídio. “A dor, de modo geral, talvez seja umas das situações humanas que mais causam sofrimento. Não só a dor causa um sintoma desagradável em quem está doente, mas traz repercussões biológicas, psicológicas, sociais, espirituais, isolamento, sentimento negativo e problemas de ordem familiar”.

De acordo com o médico, é preciso tratar a dor com vários profissionais da saúde e médicos intervencionistas que fazem procedimentos para melhorar o sintoma, que interfere diretamente na capacidade de trabalho do indivíduo. “Imagine uma pessoa que tem dor todo dia, o dia inteiro, durante meses. Certamente vai sofrer impacto. Existe um custo para o sistema de seguridade social que tem de arcar com a invalidez temporária, parcial ou definitiva desses pacientes severamente doentes”.

Entre as dores mais comuns estão a lombar, nas articulações, face, boca, pescoço, dores de cabeça, enxaquecas, neuropatia. Para prevenir as dores, os médicos indicam a prática de exercícios, correção postural, alimentação adequada, vacinação (em especial contra herpes zoster), controle do peso e de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Ao mesmo tempo em que as dores sinalizam doenças, podem agravar condições crônicas e gerar quadros de sedentarismo e obesidade.

Segundo Fonseca, todos os tratamentos para dor crônica estão disponíveis tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto nos planos de saúde. “Muitas pessoas acham que são procedimentos de alta tecnologia, caros e não são. São relativamente baratos. Alguns são caros, mas a maioria não é”. Ele ressaltou que as técnicas intervencionistas ajudam a reduzir o consumo de analgésicos.

“Uma das novidades a serem tratadas no congresso é a chegada da medicina regenerativa, que utiliza células-tronco, plasma rico em plaquetas, que são substâncias retiradas do próprio corpo da pessoa que podem ser utilizadas para dor. Teremos também a presença de 15 estrangeiros que mostrarão novas tecnologias”.  

Fonte: Agência Brasil

Bolsonaro vira capa da ‘Economist’: ‘A última ameaça da América Latina’

A “The Economist”, tradicional revista inglesa, endereçou críticas ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em sua capa desta semana. Sob o título “a última ameaça da América Latina”, a publicação coloca Bolsonaro no rol de governantes que considera populistas, como Donald Trump, presidente dos Estados Unidos; Rodrigo Duterte, líder das Filipinas, e o esquerdista López Obrador, eleito presidente do México em julho. De acordo com o texto, a vitória de Bolsonaro seria uma “adição particularmente desagradável ao clube (populistas)”.

Em agosto, Bolsonaro já havia sido criticado em editorial da “Economist”, que avaliou um possível governo do capitão da reserva como “desastroso” para o Brasil. Desta vez, a revista afirma que Bolsonaro é uma “ameaça” para toda a América Latina e diz que o presidenciável tem “uma preocupante admiração por ditaduras”.

Em sua análise, a “Economist” lembra o elogio de Bolsonaro ao coronel Brilhante Ustra – ex-chefe do DOI-Codi na ditadura militar e acusado de envolvimento com tortura – em seu voto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A publicação também faz referência ao general Hamilton Mourão, vice na chapa de Bolsonaro, e o acusa de mostrar simpatia à ideia de uma intervenção militar.

“Os brasileiros têm um fatalismo para se referir à corrupção, resumido na frase ‘rouba, mas faz’. Eles não devem se render a Bolsonaro, cujo ditado poderia ser ‘eles torturaram, mas fizeram’. A América Latina tem toda sorte de opressores, a maioria deles horríveis. Para ter uma evidência recente, olhem para os desastres na Venezuela e na Nicarágua”, diz a revista.

A “Economist” pondera que Bolsonaro teria dificuldades para “converter seu populismo numa ditadura ao estilo Pinochet”, em referência ao governo militar que comandou o Chile nas décadas de 70 e 80. Mas a revista argumenta que a vitória de Bolsonaro pode “degradar ainda mais” o sistema político brasileiro, “pavimentando o caminho para alguém ainda pior”.

“A democracia brasileira ainda é jovem. Até um flerte com o autoritarismo é preocupante. (…) Os brasileiros deveriam perceber que a tarefa de curar sua democracia e reformar sua economia não será fácil nem rápida”, alerta a “Economist”.

Fonte: O Globo