Valete de Paus do Baralho do Crime faturava cerca de R$ 1 milhão por mês

Foi apresentado nesta segunda-feira, 5, João Cleidson Mota Carvalho, conhecido como ‘Didi’ – o Valete de Paus do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segundo a polícia, ele fingia ser empresário e chegava a movimentar cerca de R$ 1 milhão por mês. 

“Ele vinha residindo em Alagoas, onde se passava por empresário, comprando e vendendo imóveis, terrenos e carros de luxo para lavar o dinheiro do tráfico”, informou o diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Flávio Gois.

Procurado desde 2017, quando fugiu do Complexo Penitenciário da Mata Escura, na Bahia, o suspeito foi preso no último sábado, 3, em Alagoas. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão por crimes como homicídio, tráfico de drogas e roubo.

Após ser detido, Didi foi transferido para Salvador com o apoio de um helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) e encaminhado para a Unidade Especial Disciplinar (UED), na Mata Escura.

Fonte: A Tarde

MPF pede à Justiça rejeição de recurso e prisão imediata de Lula

O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou nesta segunda-feira, 5, contra o último recurso protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, que pedia a revisão da condenação a doze anos e um mês na ação penal que envolve o tríplex no Guarujá (SP). Além de defender a rejeição do recurso, o MPF pediu a prisão do petista após o julgamento para cumprimento da pena.

No parecer, o procurador responsável pelo caso se manifestou a favor da defesa de Lula para dar parcial provimento aos embargos de declaração e corrigir somente alguns termos do acórdão proferido em janeiro. Apesar de pedir a correção das palavras Grupo OAS, empresa OAS Empreendimentos e funcionamento ou não do Instituto Lula, a Procuradoria entende que as correções não alteram a essência da condenação.

“O acórdão entende haver provas suficientes de que a unidade tríplex do Condomínio Solaris estava destinada a Luiz Inácio Lula da Silva como vantagem, apesar de não formalmente transferida porque sobreveio a Operação Lava Jato e a prisão de empreiteiros envolvidos, dentre eles, José Adelmário Pinheiro Filho [conhecido como Leo Pinheiro, ex-executivo da OAS]”, sustenta o MPF.

No dia 24 de janeiro, o TRF4 confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex e aumentou a pena do ex-presidente para doze anos e um mês de prisão. Na decisão, seguindo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda instância da Justiça Federal.

Com o placar unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão — dessa forma, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso. A previsão é de que o recurso seja julgado até o fim de abril.

Fonte: VEJA

PF instaura inquérito para apurar roubo de US$ 5 mi em Viracopos

A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar o roubo de cerca de 5 milhões de dólares em espécie do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, na noite de domingo, informou a PF em nota nesta segunda-feira.

Os assaltantes utilizaram uma caminhonete com adesivos da empresa que faz a segurança da pista de Aeroporto de Viracopos, pouco antes das 22h de domingo, para roubar o valor, que estava sendo transportado pela companhia aérea alemã Lufthansa, segundo informações da Polícia Federal.

A carga, que havia saído do Aeroporto de Guarulhos com destino a Zurique, na Suíça, fez uma parada em Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.

Questionada, a Receita Federal disse que o transporte de uma quantia como essa é legal e que a movimentação de tal valor é normal.

A identidade da pessoa ou empresa que estaria transportando a quantia é protegida pela Justiça, e a Receita só poderá passar essa informação para a Polícia Federal mediante uma decisão judicial, segundo a Receita Federal.

Por meio de sua assessoria, o Aeroporto de Viracopos disse que está colaborando com a investigação, disponibilizando imagens das câmeras de segurança do local.

A Lufthansa não estava imediatamente disponível para comentar.

A Brinks, empresa de transporte de valores que também participou da operação em Viracopos, informou que está à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos. A companhia reforçou ainda que não houve feridos durante o ocorrido.

Fonte: EXAME

Fraude na BRF era em todo o processo de vistoria e visitas, diz ex-funcionária

Em depoimento prestado à Polícia Federal nesta segunda-feira, 5, a ex-funcionária da BRF – gigante do setor de carnes, dona da Sadia e Perdigão – Adriana Marques Carvalho afirmou que as “fraudes não eram apenas nos laudos, mas em todo o processo de vistoria e visitas técnicas”. Ela foi demitida da empresa e é denunciante do esquema alvo da Operação Trapaça, terceira fase da Carne Fraca, que levou para a cadeia o ex-presidente do grupo, Pedro de Andrade Faria, e outras 10 pessoas.

“Tomou conhecimento das fraudes desde sua contratação até sua demissão”, afirmou a ex-funcionária, que ajudou a PF e o Ministério Público Federal a aprofundar as investigações da Carne Fraca e deflagrar a Trapaça.

Em e-mail de 18 de junho de 2014, a então supervisora Adriana Carvalho relata a uma funcionária que “as duas primeiras rastreabilidades já tinham sido modificadas de acordo com a solicitação da Mariele (César Salce), e os laudos desses já foram enviados dia 05 e 06 de junho de 2014”. O e-mail era uma resposta à funcionária que havia pedido alteração “para gerar laudos” em análises de coxa e sobrecoxas de frango.

“No mesmo e-mail (identificado com o assunto ‘laudo Rússia’), Adriana Marques diz que já havia cedido ao pedido de Cesar Henrique de Oliveira Salce, gerente de qualidade de produtos do Grupo BRF, e solicita, de maneira ostensiva, que diminuam os pedidos de alteração de resultados das análises laboratoriais”, registra a PF.

Adriana foi alvo de condução coercitiva na quinta, na Trapaça. No depoimento de hoje ela confirmou o que denunciou em sua ação trabalhista e que mostram os e-mails trocados na época das fraudes. Disse que recebia as amostras do Serviço de Inspeção Federal (SIF), “ocasião em que eram submetidas a processo de rastreabilidade das análises”.

“Nesse processo de rastreabilidade havia a realização da prova bioquímica para constatação de salmonela. Havendo a constatação de samonela, o laboratório determinava a alteração dos resultado para negativo.”

Adriana contou ainda que para que o novo resultado fosse negativo ele fazia “um novo processo de rastreabilidade para constar como negativo”.

Fonte: Agência Estado