Eleitores de várias cidades brasileiras voltam às urnas, no próximo domingo (30), para escolher o prefeito, no segundo turno das eleições. Mas pelo menos 700 mil eleitores vão ter que trocar os locais de votações porque as escolas estão ocupadas por estudantes.
Depois de 20 anos votando no mesmo lugar, um colégio estadual, o cabeleireiro Nilson Ferreira vai ter que votar em outro endereço. Ele recebeu uma carta do Tribunal Regional Eleitoral: “Você vai para um local que você não conhece, até você achar a tua sessão, o deslocamento que você vai ter até lá. Isso tudo causa um transtorno para nós”.
Por causa das ocupações nas escolas estaduais, o TRE do Paraná precisou transferir 206 locais de votação. São 700 mil eleitores em três cidades onde haverá segundo turno: Curitiba, Ponta Grossa e Maringá.
Em Curitiba, até o estacionamento de um supermercado vai abrigar seções eleitorais. Segundo o TRE, as mudanças vão custar mais R$ 3 milhões aos cofres públicos. Para garantir a segurança, a Força Nacional vai acompanhar o segundo turno no estado.
“A Justiça Eleitoral procurou tomar todas as providências para garantir ao eleitor o seu direito de voto nesse domingo e convoca todos eles a comparecerem aos seus locais, seja o novo ou o antigo, e escolher o novo prefeito dessas três cidades”, afirma Marden Machado, assessor de comunicação do TRE-PR.
O centro politécnico da Universidade Federal foi requisitado pela Justiça Eleitoral e se transformou em um dos maiores locais de votação do país, onde votaram no primeiro turno 5.200 eleitores. No próximo domingo, serão quase 30 mil.
Os quatro mil eleitores do prédio da reitoria, que foi ocupado nesta semana, agora vão para uma escola de inglês.
As seções eleitorais mudaram de lugar em, pelo menos, oito cidades, em quatro estados: além do Paraná, Espírito Santo, Pernambuco e Goiás.
Fonte: Jornal Hoje
