Essa semana, os deputados federais aprovaram 14 projetos que preveem aumentos que vão gerar um gasto extra de 58 bilhões de reais, no orçamento nos próximos quatro anos.
Além disso, um dos projetos prevê a criação de mais de 14 mil cargos federais. Porém, segundo informações da Agência Estado, os deputados “passaram batido” com essa pauta. Isso quer dizer que eles não prestaram atenção no que estava sendo votado.
Sabendo disso, o presidente em exercício Michel Temer já avisou que o projeto deve ser revisto no Senado ou ele será vetado na íntegra. O deputado Baleia Rossi, do PMDB-SP, disse que não existe justificativa para a criação dessa quantidade de cargos.
Pelo projeto, serão criados 14.419 cargos federais. Isso significa quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Temer prometeu cortar neste ano, para melhorar o índice do déficit fiscal de 170 bilhões de reais.
A criação desses cargos estava embutida num projeto de lei que prevê aumento salarial para os servidores da Suframa – Superintendência da Zona Franca de Manaus. A assessoria parlamentar da Câmara dos Deputados não percebeu e tudo passou sem maiores questionamentos.
O deputado Rossi, que é líder do PMDB na Câmara, disse que é a favor do aumento ao funcionalismo que também estava entre os projetos que estiveram na pauta dos deputados federais, na madrugada de terça para quarta-feira (1/6). Foi autorizado um aumento de 21,6% para os servidores federais. Rossi acredita que esse é um grande passo para valorizar os profissionais que estão com salários defasados. O aumento foi em referência às perdas da inflação no período.
O governo foi duramente criticado por conta da aprovação dessa pauta-bomba que vai impactar em 58 bilhões de reais a mais no orçamento federal. O aumento e a criação das vagas vão na contra mão da economia que deve ser feita para que a meta fiscal não ultrapasse ainda mais os 170 bilhões de reais em déficit, como foi divulgado pelo Ministério do Planejamento. Por outro lado, o mesmo Ministério disse que os projetos estavam emperrados na pauta da Câmara, desde o governo afastado e que os aumentos foram discutidos e negociados anteriormente.
Fonte: Blasting News