Barragens em risco deixam famílias desalojadas por tempo indeterminado

Famílias que viviam em áreas evacuadas devido ao risco de ruptura de quatro barragens da Vale ainda não têm prazo para retornarem a suas casas. Em alguns casos, pode levar anos. Segundo informou a mineradora, a reocupação de algumas regiões só deverá ocorrer após as estruturas, que se encontram no nível de alerta 3, forem rebaixadas para nível de alerta 1.

Isso pode ocorrer durante a descaracterização da barragem, processo que levará entre três e cinco anos, dependendo de cada caso. “O objetivo da Vale é que todas as barragens e diques com método de alteamento a montante estejam descaracterizadas ou com fator de segurança adequado, em um prazo de pelo menos três anos, de forma a não oferecer nenhum risco às pessoas e ao meio ambiente e atendendo aos requisitos legais. As comunidades localizadas na zona de autossalvamento permanecerão evacuadas de suas casas enquanto o nível de alerta da estrutura estiver em 2 ou 3”, informou a mineradora.

O método de alteamento a montante é o mesmo associado às duas recentes tragédias da mineração brasileira. Na ruptura de uma estrutura em Mariana (MG) pertencente à Samarco, joint-venture da Vale e da BHP Billiton, 19 pessoas morreram em novembro de 2015. Em janeiro deste ano, um novo rompimento levou mais de 250 pessoas à morte, dessa vez ocorrido em Brumadinho (MG) em uma mina da Vale.

Quatro dias após esse segundo episódio, a Vale prometeu descaracterizar nove barragens construídas pelo método de alteamento a montante, incluindo quatro que estão no nível de alerta 3. Mais cinco foram incluídas no pacote e uma delas já teve sua descaracterização concluída , isto é, foram feitas obras para garantir sua estabilização e intervenções para reincorporar a área ao relevo e ao meio ambiente.

As quatro barragens que estão no nível de alerta 3 são: B3/B4, no distrito de Macacos em Nova Lima (MG); Sul Superior, em Barão de Cocais (MG); e Forquilha I e Forquilha III, ambas em Ouro Preto (MG), próximo ao limite com Itabirito (MG). O nível 3 é o alerta máximo, acionado quando há risco iminente de ruptura. Por esta razão, foram evacuadas áreas situadas na chamada zona de autossalvamento, que seriam alagadas em caso de ruptura.

Fonte: Correio do Povo

Índios vinham sendo ameaçados, diz coordenador da Funai

Os índios da etnia Guajajara vinham sofrendo ameaças constantes, segundo o coordenador da Funai em Imperatriz (MA), Guaraci Mendes.

Sábado, dois índios foram assassinados em um atentado cometido na BR-226, entre as aldeias Boa Vista e El Betel, na cidade de Jenipapo dos Vieiras (a 506 quilômetros de São Luís).

De acordo com o coordenador da Funai, a incidência de assaltos na região muitas vezes é associada por algumas pessoas aos índios que vivem ali.

“Pessoas mal intencionadas se aproveitam da má preservação da BR dentro do território [indígena] para cometer ilícitos. Aproveitam também a falta de policiamento. Então, isso [assaltos] acaba se associando à imagem dos indígenas e, por conta disso, eles vinham recebendo ameaças”, disse Mendes ao G1.

Além dos dois índios mortos — Firmino Silvino Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara –, outros dois ficaram feridos e foram levados ao hospital sob proteção policial.

Nico Alfredo, da aldeia Mussun, está com suspeita de hemorragia interna, e Neucy Cabral Vieira, da aldeia Nova Vitoriano, ferido em uma das pernas, teve alta neste domingo.

Fonte: O Antagonista

Datafolha: 36% reprovam e 30% aprovam o governo Bolsonaro

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (8) pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL):

Ótimo/bom: 30%
Regular: 32%
Ruim/péssimo: 36%
Não sabe/não respondeu: 1%

A nota média (de 0 a 10) atribuída pelos entrevistados ao presidente foi 5,1, a mesma de agosto.

A pesquisa foi realizada nos dias 5 e 6 de dezembro com 2.948 pessoas, em 176 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95% – isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro.

Fonte: G1