‘Houve movimentação incomum’ de recursos no final da gestão Temer, diz Onyx

Além de um levantamento sobre nomeações nos últimos 30 dias do governo Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira, 3, que o presidente Jair Bolsonaro determinou a revisão nas contas do governo nos últimos dias de 2018. Onyx informou que foi detectada uma “movimentação incomum” no final da gestão anterior. O ministro anunciou ainda que as primeiras medidas do novo governo vão ser anunciadas na semana que vem.  

“Houve movimentação incomum de recursos destinados a ministérios nos últimos dias do ano passado. Foi solicitado que todos os ministros fizessem a revisão pasta por pasta sobre as exonerações ou transferências de pessoal, e também sobre a movimentação financeira dos últimos 30 dias”, afirmou, após a primeira reunião ministerial do novo governo.

Quarta-feira, a ministra das Mulheres e dos Direitos Humanos, Damares Alves, suspendeu contrato de R$ 44,9 milhões com a Universidade Federal Fluminense (UFF). O acordo para elaborar um projeto de “apoio institucional ao desenvolvimento do projeto ‘Fortalecimento Institucional da Funai’” não foi firmado por meio de um processo licitatório tradicional e de concorrência, mas sim por uma contratação direta entre os dois órgãos federais. 

Lorenzoni afirmou, ainda, que a ideia do novo governo é estender a exoneração dos cargos de confiança feitos em sua pasta para todo o Executivo e administração indireta. Além de critérios técnicos, serão consideradas questões políticas, como quem foi responsável pela indicação do servidor e qual sua visão ideológica.

“O primeiro critério é técnico, de competência, e depois a avaliação de como chegou, quem é que indicou, para tentar tirar essas pessoas da atual Casa Civil, e isso pode perpassar demais ministérios também. Não tem sentido termos pessoas que defendem outra lógica, outro sistema político”, justificou.

Onyx afirmou, ainda, que a Casa Civil foi usada como exemplo e que Bolsonaro deixou os demais ministros “autorizados a proceder de maneira semelhante ou ajustada”. O objetivo, de acordo com ele, é reproduzir o critério de escolhas técnicas nos cargos de segundo e terceiro escalão e depois na esfera regional, mas “respeitando a afinação com o projeto que foi vencedor na eleição”.

Fonte: Estadão

General Theophilo oferece intervenção federal após ataques no Ceará: “Está na mão do governador”

O secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, ofereceu ajuda ao secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, após série de ataques na madrugada desta quinta-feira (3). Em entrevista à TV Jangadeiro/SBT, Theophilo disse que está à disposição do Governo do Estado para interceder junto ao Ministério da Defesa.

“Ofereci ajuda ao secretário (André Costa), o que precisar. Já estou com 11 policiais civis da área judiciária (no Ceará) desde a morte do Gegê do Mangue. Agora ofereci Força (Nacional), ofereci para conversar sobre intervenção federal. Está na mão dele. O governador (Camilo Santana) quem solicita. Posso interceder junto ao Ministério da Defesa. Estou esperando ação do governador”, afirmou o general.

Segurança Pública

Fortaleza e Região Metropolitana vivem série de ataques desde a madrugada. Criminosos tentaram derrubar viaduto em Caucaia, destruíram veículos em prédio da Prefeitura de Horizonte e incendiaram ônibus e fotossensores.

As ações criminosas acontecem após fala do novo secretário da Administração Penitenciária do Ceará, Luís Mauro Albuquerque, de que não reconhece facção criminosa e não adotará divisão de presídios por facção.

Albuquerque é policial civil, fundador da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE) do Distrito Federal e idealizador e coordenador da Força de Intervenção Penitenciária Integrada (Fipi) que atuou no Ceará nas rebeliões de 2016.

Diante das declarações do novo secretário, a futura presidente do Conselho Penitenciário do Ceará (Copen), Ruth Leite, em entrevista ao Tribuna do Ceará, disse que, nas condições em que o sistema está atualmente, haverá matança nos presídios caso não haja separação de presos por facções dentro das unidades.

Fonte: Tribuna do Ceará

Fora da Globo, Alexandre Garcia diz que não trabalhará com Bolsonaro

Uma semana depois de anunciar sua saída da Globo, o jornalista Alexandre Garcia afirmou na quarta-feira (2) que não vai trabalhar no governo de Jair Bolsonaro, como alguns especulavam. Ele descartou a possibilidade de trabalhar novamente em cargo público, lembrando que foi porta-voz de João Figueiredo durante a ditadura militar.

Pelo Twitter, Garcia publicou um texto dizendo que continuará trabalhando como jornalista, fazendo comentários políticos que são transmitidos por 15 jornais e 280 emissoras de rádio. 

O jornalista foi um dos convidados para a posse de Bolsonaro, na terça. Ele tirou fotos ao lado do presidente, do vice, Hamilton Mourão, e do ministro da Justiça, Sergio Moro, entre outros. A presença dele aumentou os rumores de que ele seria o novo porta-voz do governo.

Leia o texto:

“Devo explicações aos milhares de amigos que, nas redes sociais, apelam para que eu seja porta-voz do novo presidente da República. Muitos chegaram a lançar campanhas para me convencer ou para pressionar o governo. Pois devo explicar que há 40 anos aceitei com entusiasmo o convite do presidente Figueiredo para integrar sua equipe de comunicação social, com uma missão. Uma tarefa sem descanso. Entrava-se às oito da manhã no palácio e saía-se lá pelas dez, depois de esclarecer tudo o que os noticiários da noite haviam deixado no ar. Viagens, hotéis, pistas rudimentares, andanças pelo país e um presidente informal que gostava de improvisar, dando tiro na própria cuca. Não havia hora nem lugar que não fossem o do dever.

Certa vez, em casa, eu tirava o suor no chuveiro, minha mulher irrompeu ao banheiro com um ultimato: ‘Ou eu ou o Figueiredo’. E optei por Figueiredo. Tive a honra de anunciar em 17 de agosto de 1980 que a sucessão de Figueiredo seria civil. A campanha Diretas-Já começou quase três anos depois. Por isso estranho quando ouço de alguns: ‘Derrubamos a ditadura’. Fui intermediário de encontros do presidente com líderes da oposição, como Brizola, Alceu Collares e Freitas Nobre, costurando a transição. Também intermediei a aproximação da família de JK, no que resultou o Memorial JK. Mas já se passaram 40 anos e não tenho a mesma vontade de acordar cedo e dormir tarde e passar a vida viajando em correria –e isso que eu era um subsecretário. Acima de mim, havia o secretário de imprensa e o ministro.

Mesmo sem Globo, hoje não posso deixar na mão os 15 jornais que recebem meu artigo semanal e as 280 emissoras de rádio que amealhei ao longo de 30 anos, e que recebem meu comentário diário, por contrato. Minha origem é o microfone, em que eu falo desde os sete anos, como ator infantil de radionovela, em tempos em que tudo era ao vivo. As rádios me permitem chegar aos capilares do país, todos os dias pela manhã.”

Fonte: Correio

Declaração polêmica de Ministra Damares causa revolta entre famosas da Globo e SBT

Nossa nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, escolhida por Jair Bolsonaro, fez uma declaração que andou repercutindo em alta nas redes sociais: “menino veste azul e menina veste rosa“, comentou ela sobre o futuro do Brasil. Isso causou a maior polêmica. Muitas famosas da Globo, SBT e Band criticaram a postura de Damares.

A atriz Fernanda Paes Leme, publicou em seu Instagram, uma foto onde está vestida de azul e assim legendou: “Meninas e Meninos se vestem como querem!”, garantiu. Por outro lado, a jovem atriz da Globo Alice Wegmann, se manifestou tanto no Twitter como Instagram: “meninas usam azul meninos usam rosa e a mistura de azul e rosa é roxo que significa #ELENÃO! “quase 6 milhões de crianças sem pai no registro, quinta maior taxa de feminicídio do mundo, mais de 20 milhões de mulheres criando seus filhos sozinhas, violência doméstica, adultério, pai sem pagar pensão, criança morando na rua, e a ministra preocupada que menino tem que vestir azul e menina tem que vestir rosa.”, relatou. Mônica Iozzi também fez uma publicação no Insta vestindo a cor azul: “Vesti azul… Minha sorte então mudou…”, relatou.

A chef de cozinha e jurada do Masterchef, da Band, Paola Carosella, relatou: Meninos azul e meninas rosa. Que bonito. Era tão fácil de resolver meu. Como não reparamos antes ! Era só comprar a roupa da cor certa!!!! – ja vou trocando a foto de perfil desculpa”. A cantora Maria Rita comentou: “a quem interessar possa: eu visto a cor que eu bem entender, ta? e sou mulher pacas!”. Já Gaby Amarantos ironizou: “‘Eu vou vestir rosa, Vou vestir azul, Se você não gosta, Vá tomá no c*’ Já tem hino pro carnaval”, muitos de seus fãs já estão pedindo uma música com o tema. Vanessa Da Mata até postou um vídeo sobre a frase de Damares: “Meus filhos vão se vestir da cor que eles quiserem. Tenho caráter boa índole, bondade, respeito ao outro e amor. Não importa a cor!”

Fonte: TV Foco

Previdência: Bolsonaro propõe idade mínima de 62 anos para homens e 57 para mulheres

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (3) que a “ideia inicial” do governo para aprovar uma reforma da Previdência é estabelecer de forma gradativa idade mínima para aposentadoria de 62 anos para homens e 57 para mulheres.

Segundo o presidente, o objetivo é aumentar em um ano a idade mínima atual (60 anos para homens e 55 para mulheres) assim que a reforma for aprovada e em mais um ano em 2022.

O projeto de reforma da Previdência enviado à Câmara pelo governo Michel Temer previa idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, proposta esta alterada posteriormente pela comissão especial que analisou o projeto: 65 anos para homens e 62 para mulheres.

“Todos vão ter que contribuir um pouco para ela [reforma] ser aprovada. O que pretendemos é, ao você botar no plano a reforma, passar um corte até 2022, essa é a ideia inicial. Aí seria aumentar para 62 anos homens, e 57, mulheres, não de uma vez vez só, um ano a partir da promulgação e um ano a partir de de 2022”, afirmou o presidente nesta quinta-feira.

Sistema em ‘colapso’

Segundo Bolsonaro, o sistema previdenciário entrará em “colapso” em dois ou três anos se não houver a reforma. Pela previsão do governo, as contas da Previdência Social registrarão déficit de R$ 308 bilhões neste ano, por exemplo.

Sobre quando pretende enviar ao Congresso a proposta de reforma, o presidente disse defender que a Câmara analise o projeto já aprovado pela comissão especial, em maio de 2017, mas que não avançou desde então por falta de acordo entre os partidos.

“O que nós queremos é aproveitar a reforma que já está na Câmara e começou com o senhor Michel Temer, mas vamos rever alguma coisa porque a boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado, não a que está na minha cabeça ou na da equipe econômica”, afirmou.

Fonte: G1