Parentes de mortos em acidente da TAM fecham acordo de R$ 30 milhões com Airbus

Dez anos após o acidente que matou 199 pessoas, na queda do avião da TAM em São Paulo, parte dos parentes das vítimas fechou um acordo com a fabricante do avião Airbus, no valor de R$ 30 milhões. A notícia foi divulgada nesta segunda-feira (11) pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Rio e confirmada com representante das famílias e da fabricante de aviões.

De acordo com nota divulgada pelo TJ, a 14ª Vara Cível homologou os acordos de indenizações para 86 parentes de vítimas no acidente, ocorrido em 17 de julho de 2007, no aeroporto de Congonhas. O acordo foi homologado pela juíza Aline Gomes Espíndola e publicado no último dia 5.

“O processo tem mais de 15 volumes e os beneficiários foram divididos em grupos. Os valores a receber por beneficiário são variáveis, levando em conta fatores como a proximidade de parentesco com a vítima”, informou a nota do tribunal.

Procurada através de sua assessoria, a Airbus confirmou o acordo fechado com parte dos parentes, mas não quis detalhar o valor acertado nem outros dados. A empresa também se exime de qualquer culpa no acidente.

“A Airbus se solidariza com os familiares das vítimas do acidente com o voo JJ 3054. A companhia confirma que chegou a um acordo com as famílias, mas ressalta que o acidente não foi causado por nenhuma falha relacionada à aeronave. O acordo não implica de nenhuma maneira um reconhecimento de culpa por parte da Airbus. A Airbus não comentará os detalhes do acordo em respeito à privacidade das famílias das vítimas”, diz nota da empresa.

Valor da vida

Para o jornalista Ricardo Gomes, que perdeu o irmão Mário Gomes na tragédia, nenhuma indenização representa o valor da vida perdida. “Isso aí não é uma coisa importante para nós. Não é um dinheiro que vem com alegria. Qual é o indexador do preço da vida?”, questionou Ricardo.

Ricardo trabalha como assessor de imprensa informal do grupo e não entrou no processo contra a Airbus, mas para ele, apesar das indenizações, não foi feita justiça: “Tivemos 199 pessoas mortas e zero pessoa punida. Continuamos um bando de perdedores, pois o nosso desejo é que houvesse punição exemplar. O acidente foi causado pela ganância, pela negligência e pelo descaso”.

O acidente da TAM ocorreu quando o avião não conseguiu parar na pista de Congonhas e caiu sobre o prédio de cargas da própria companhia, do outro lado da Avenida Washington Luís, causando um grande incêndio, matando passageiros, tripulantes e pessoal em terra. O avião vinha de Porto Alegre.

De acordo com as investigações, por um erro no posicionamento dos manetes, que determinam a aceleração ou reduzem a potência do motor, a aeronave não parou. Um dos manetes estava na posição de ponto morto, mas o outro em posição de aceleração.

Fonte: Agência Brasil

Ex-assessor de Cabral diz que esquema de corrupção movimentou R$ 500 milhões

O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, ouviu ontem (11) cinco acusados de participar da suposta organização criminosa instalada durante os governos de Sérgio Cabral. Apontado como operador financeiro do grupo, o ex-assessor Carlos Miranda afirmou em depoimento que a propina era paga de acordo com o faturamento nas obras públicas e que o esquema de Cabral recebeu em torno de R$ 500 milhões, a maior parte encaminhada para o exterior.

Miranda admitiu controlar todas as contas do ex-governador, inclusive as pessoais, desde a década de 1990. Segundo ele, o dinheiro pago pelos empresários também entrava no financiamento de campanhas políticas de aliados de Cabral. Somente a Carioca Engenharia, de acordo com Miranda, repassou cerca de R$ 30 milhões para a organização.

Como operador do esquema, Miranda reconheceu receber R$ 150 mil por mês e disse que ex-secretários do governo Cabral Wilson Carlos e Régis Fichtner recebiam o mesmo valor.

Também ouvido nesta segunda, o sócio da construtora Carioca Engenharia Ricardo Pernambuco confirmou que a propina paga pela empresa para a organização liderada por Cabral aumentou de R$ 200 mil para R$ 500 mil por mês com a obra da Linha 4 do metrô.

Para o procurador da República Sérgio Pinel, os depoimentos desta segunda-feira confirmam o funcionamento da organização criminosa chefiada pelo ex-governador. “Funcionou por um longo período uma organização criminosa aqui no Rio de Janeiro. Uma das empreiteiras pagou propina, não só para o ex-governador mas também para outros agentes públicos. A realização dessas obras acabou sendo escolhida pelo governo do estado unicamente pelo interesse em receber propinas”.

O ex-subsecretário de Transportes Luis Carlos Velloso, o ex-diretor da Riotrilhos, Heitor Lopes de Souza Junior, e o operador financeiro Luiz Carlos Bezerra também detalharam o esquema de pagamento de propina por parte de empresários a agentes públicos ligados a Cabral. Além da Linha 4 do metrô, a Carioca Engenharia também foi responsável por obras no Maracanã, o Arco Metropolitano e o PAC das Favelas.

Fonte: Agência Brasil

Candidato no Corinthians, Andrés é denunciado por crime tributário

A Procuradora-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), ex-presidente do Corinthians, pelo crime de sonegação fiscal. Na denúncia, publicada nesta segunda-feira no site do Ministério Público Federal, Andrés e mais três pessoas são acusadas de terem utilizado “laranjas” para criar uma empresa para não fazer repasses tributários à Receita Federal.

Além de Andrés Sanchez, candidato a presidente do Corinthians na eleição de fevereiro do ano que vem, José Sanches Oller, Isabel Sanches Oller e Itaiara Pasotti são apontados como criadores da empresa Orion Embalagens, utilizada para omitir os valores. Segundo a investigação, a operação causou prejuízo de R$ 8,5 milhões aos cofres públicos. A relatoria do caso ficará a cargo de Celso de Mello, o decano (mais antigo) ministro do STF.

No texto em que está incluída a denúncia, Andrés e o trio são acusados de omitirem receitas para diminuir o valor de diversos impostos, como PIS e Cofins. Vale lembrar que, em 2014, o deputado também foi denunciado pelo Ministério Público Federal com outros quatros dirigentes do Corinthians pelo crime de sonegação fiscal enquanto estava à frente do Corinthians. Na época, a dívida foi renegociada.

Fonte: LANCE!

TRE decide que Eduardo Paes e Pedro Paulo estão inelegíveis

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) e o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (PMDB), que foi secretário municipal na gestão de Paes, foram condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) nesta segunda-feira (11) e estão inelegíveis por oito anos. Os dois já informaram que irão recorrer da decisão.

A informação foi antecipada na coluna Extra, Extra, de Berenice Seara, e confirmada ao G1 pelo tribunal.

A denúncia contra os dois políticos é referente à eleição municipal de 2016. Para o relator do processo, desembargador eleitoral Antônio Aurélio Abi-Ramia Duarte, houve “abuso de poder político-econômico” devido ao uso do “Plano Estratégico Visão Rio 500”, contratado e custeado pelo município, como plano de governo na campanha eleitoral.

A partir da decisão, ambos ficam inelegíveis por oito anos e deverão pagar, cada um, multa de 100 mil UFIRs (cerca de R$ 106,4 mil).

A defesa de Paes e Pedro Paulo afirma que os dois “receberam com respeito, mas com surpresa, a decisão do TRE, pois a sentença proferida pelo juiz eleitoral e os pareceres do Ministério Público foram a favor da absolvição de ambos”.

Fonte: G1

Explosivo é detonado em estação de metrô e ônibus de Nova York

Nova York voltou a ser alvo nesta segunda-feira (11) do terrorismo. Desta vez, no terminal de ônibus mais movimentado da cidade.

Eram 7h20. Muita gente estava indo para o trabalho e foi surpreendida pela explosão. Uma mulher estava lá na hora e contou que ouviu um estrondo e depois muita fumaça. E que daí as pessoas começaram a correr, em pânico. Tudo isso no coração de Nova York.

O trânsito ficou fechado em pelo menos dez quadras da região central de Nova York. Uma área foi toda interditada pela polícia, que ainda trabalha nas investigações. No local fica a rodoviária de Port Authority, por onde passam 175 mil pessoas por dia. Além dos ônibus, a estação mais movimentada do país é abastecida por 12 linhas de metrô.

A explosão foi na passagem subterrânea que liga a estação de metrô de Port Authority a Times Square, um dos principais pontos turísticos de Nova York.

A polícia encontrou caído no chão um homem que depois foi identificado como Akayed Ullah. Ele tinha queimaduras nas mãos e no abdômen e foi levado em estado grave para o hospital. Ele tem 27 anos e é natural de Bangladesh. Mora legalmente nos Estados Unidos há sete anos e não tem passagem pela polícia.

Ele usou uma bomba caseira, de baixa tecnologia, feita de cano e enrolada em plástico. Quatro pessoas ficaram levemente feridas com a explosão.

Logo depois o prefeito de Nova York convocou uma entrevista coletiva. Ele classificou o ato como uma tentativa de atentado terrorista.

Fonte: Jornal Nacional